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Amazon vai abrir centro de distribuição em Betim

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Foto: Christian Wiediger/Unsplash

Expandindo suas operações no Brasil, a multinacional norte-americana Amazon, que tem atuação em e-commerce e em inovação tecnológica, anunciou a instalação de três novos centros de distribuição no país, um deles em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com previsão de entrar em funcionamento nos próximos dias, o empreendimento vai receber cerca de R$ 120 milhões em investimentos e deve gerar, de início, 250 postos de trabalho em Minas Gerais, além das vagas de empregos indiretos, o que pode ser mais de 500 ao todo.

Os demais novos centros serão abertos em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal, e em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. No total, a estimativa é que, de imediato o investimento crie cerca de 1.500 vagas no país. Juntos, esses prédios somam aproximadamente 75 mil m², o que equivale a uma área de mais de dez campos de futebol – e há possibilidade de ampliação.

“A Amazon chega em um momento extremamente positivo para Betim e para Minas Gerais. Conseguimos, em três anos e meio de governo, ampliar o complexo viário da cidade, garantindo, com eficiência, as operações de logística dentro do município, e também suas conexões para outras cidades e outros Estados”, analisa o prefeito Vittorio Medioli (PSD). 

Para ele, a exemplo de inúmeras outras empresas que estão se instalando na cidade e retomando a economia local, com muita diversificação, a norte-americana “percebeu que a cidade agora oferece as melhores condições para seu negócio”.

As negociações entre o governo do Estado e a gigante do varejo para a instalação da estrutura na cidade mineira vinham ocorrendo desde 2019. “A empresa, nessa etapa, vai investir inicialmente R$ 120 milhões. Vale lembrar que por atrás desse empreendimento, cria-se muitas oportunidades na prestação de serviços logísticos, de tecnologia, de manutenção e etc”, informou o governador Romeu Zema (Novo).

O governador agradeceu à Secretaria da Fazenda e à Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), “que trabalharam arduamente no processo de desburocratização, (o que) tem sido fundamental para atrair novas empresas, criando um ambiente menos hostil ao investidor”.

Para o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Fernando Passalio, a instalação do centro de distribuição está alinhada ao projeto de “diversificação da economia” e mostra “o potencial do Estado em se tornar, cada vez mais, um grande hub logístico para o restante do país”. 

O presidente do Indi, Thiago Toscano, destaca que o setor de e-commerce está em franca expansão, mas pondera que a legislação tributária ainda é vista como um entrave à dinâmica do mercado. Toscano acredita que as negociações para trazer a estrutura para Minas Gerais foram bem-sucedidas porque a administração estadual soube “acompanhar as mudanças e se adaptar à nova realidade do segmento”.

Investimento da Amazon confirma vocação de Betim como polo logístico e industrial

Os distritos industriais de Betim têm obras de 87 novos empreendimentos. E a prefeitura já tem mais 111 pedidos em análise. Na avaliação da administração, o centro de distribuição da Amazon vem confirmar a vocação para polo logístico e industrial do município, que tem atraído empresas nacionais e internacionais. “Desde 2017, o e-commerce da Amazon vem revolucionando o mercado online brasileiro. Betim também está revolucionando a forma de fazer gestão e administrar uma cidade. Além de criar infraestrutura, melhorou a qualidade de vida da população, está diversificando sua economia, simplificando a atividade empresarial, garantindo o progresso e, em breve, concluirá as obras de um grande parque aeroviário que vai abrigar um grande aeródromo, mais focado no transporte de cargas, transformado ainda mais a realidade de todo o cinturão metropolitano, com geração de riquezas, mais empregos e qualificação profissional. Talvez por isso a cidade tenha sido escolhida por essa gigante da tecnologia”, analisa o prefeito Vittorio Medioli.

De janeiro a outubro deste ano, Minas recebeu R$ 22,5 bilhões de investimentos, marca que deve bater R$ 30 bilhões em dezembro. “Mesmo em meio à pandemia, houve aumento de 22% nos aportes em relação ao mesmo período de 2019 e geração de 15 mil empregos”, informou Romeu Zema, por meio de nota. 

Multinacional quer acelerar entregas no país

Com a inauguração de mais três centros, a Amazon passa a contar com oito estruturas de distribuição visando otimizar o atendimento aos clientes em todas as cidades brasileiras. “Como efeito direto dessa expansão, mais de 500 municípios têm entregas ainda mais rápidas para membros (do serviço de assinatura) Prime, a partir de dois dias para produtos elegíveis, com frete grátis e outros benefícios para quem faz parte do programa”, explica a multinacional. A empresa detalha que “o Brasil é o país com o crescimento mais rápido em assinaturas Amazon Prime a partir do lançamento”. 

“Estamos profundamente comprometidos com o país e com as comunidades onde atuamos, e temos orgulho de criar mais de 1.500 novas oportunidades de trabalho, que irão beneficiar as regiões onde os centros de distribuição foram instalados”, reforça Alex Szapiro, country manager da Amazon no Brasil.

Fonte: Jornal O Tempo

Por que a China é o maior risco de política externa que os EUA enfrentam

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Foto: Alejandro Luengo/Unsplash

A China continua sendo o maior risco de política externa que os EUA enfrentam, de acordo com Liz Economy, pesquisadora sênior da Instituição Hoover da Universidade de Stanford e do Conselho de Relações Exteriores.

O presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente Joe Biden reconhecem o risco que a China representa para os EUA – do ponto de vista econômico e de segurança nacional.

No entanto, os dois candidatos têm opiniões conflitantes sobre como enfrentar Pequim.

“Eu acho que se Trump ganhar mais quatro anos, ele vai dobrar o preço da China e isso vai significar mais recursos – militares, econômicos e políticos – dedicados a lutar contra a China em vários níveis. Será econômico, será militar e será político ”, disse Economy, autora de“ A Terceira Revolução: Xi Jinping e o Novo Estado Chinês ”, em entrevista à CNBC, no programa “Trading Nation”.

Como presidente, Trump travou uma guerra comercial com a China, aumentou o escrutínio das empresas chinesas que fazem negócios nos Estados Unidos e mirou em empresas como a TikTok. Essas ações contribuíram para uma maior dissociação entre as duas maiores economias do mundo.

Os fluxos de capital bidirecional entre os EUA e a China caíram para o mínimo de nove anos, de acordo com o Grupo Rhodium.

O número de IPOs chineses nos EUA diminuiu gradualmente nos últimos anos, de 33 em 2018 para 28 em 2019. Até agora, em 2020, 26 empresas chinesas abriram o capital nos EUA.

A Renaissance Capital vê esse número diminuir no próximo ano devido a rígidos requisitos contábeis.

“No final do próximo ano, as empresas chinesas que abrirem o capital aqui terão de cumprir a supervisão contábil dos EUA, assim como todas as empresas nacionais devem fazer. Acreditamos que isso resultará em menos listagens chinesas ”, disse Kathleen Smith, co-fundadora e diretora da Renaissance Capital, à CNBC por e-mail.

No caso de Biden vencer, o candidato democrata diz que também será duro com a China. O que não está claro, de acordo com especialistas em política externa, é se ele removerá as tarifas de Trump de quase US $ 400 bilhões sobre produtos chineses. Biden chamou o uso de tarifas de Trump de “autodestrutivo”.

Especialistas em comércio também querem saber se Biden trará de volta o acordo comercial da Parceria Transpacífico, que foi aprovado no governo Obama, mas foi rejeitado por Trump quando se tornou presidente em 2017.

O que está claro é a intenção de Biden de trabalhar com aliados para desafiar a China ao invés de ir sozinho.

“Acho que as mudanças políticas mais significativas relacionadas à China em um governo Biden podem ser um compromisso renovado com a liderança dos EUA em enfrentar os desafios globais de forma que a China não consiga capturar e contornar o sistema de governança global para atender a seus interesses estreitos; maior consulta com nossos aliados e parceiros para forjar uma estratégia consistente e coerente da China; e uma recalibragem da relação EUA-China, que poderia incluir o restabelecimento do diálogo bilateral e a exploração de áreas de propósito comum, a fim de evitar que o relacionamento se transformasse em uma guerra fria ”, disse Economy.

Uma política mais ampla para a China pode se tornar ainda mais premente à medida que Pequim se concentra em expandir sua pegada por meio de sua Iniciativa Belt and Road, ao mesmo tempo em que intensifica sua presença na fronteira Índia-China e no Mar do Sul da China.

“As ambições de Xi Jinping são muito claras, basta ouvir o que ele diz: aqui não há mistérios. Você sabe que ele quer que a China seja a potência predominante na Ásia. Ele quer que a China, você sabe, resolva suas questões de soberania. Isso significa Taiwan, Hong Kong e o Mar da China Meridional. E, além disso, vai significar as disputas de fronteira com Índia, Japão e Coréia do Sul que serão as próximas na fila para ele. É o Belt and Road espalhando a influência chinesa – política, militar, econômica – e se trata, você sabe, da China estabelecendo os padrões para o século 21 ”, disse Economy.

Apesar dos riscos geopolíticos, as empresas americanas Caterpillar , Starbucks e General Electric, entre outras, referiram o forte crescimento que estão observando na China nas chamadas de lucros do terceiro trimestre. Analistas afirmam que ele continua sendo um mercado-chave de crescimento para grandes multinacionais, dada a instável recuperação nos EUA e na Europa.


Liz Economy é pesquisadora sênior da Instituição Hoover da Universidade de Stanford e do Conselho de Relações Exteriores.

Fonte: CNBC

Produção de veículos aumenta 7,4% em outubro, diz Anfavea

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Foto: Carlos Aranda/Unsplash

A produção de veículos cresceu 7,4% em outubro ao atingir 236.468 unidades ante as 220.162 produzidas em setembro. Na comparação com outubro do ano passado houve queda de 18% e no acumulado do ano o recuo foi de 38,5%. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo o balanço mensal da entidade as vendas fecharam o mês com 215.044 unidades licenciadas, o que corresponde a uma elevação de 3,5% sobre o mês anterior e uma retração de 15,1% sobre outubro do ano passado. A queda acumulada no ano chega a 30,4%, em linha com os -31% previstos pela Anfavea.

Os dados mostram ainda que as exportações cresceram 14,3% sobre o setembro, com a comercialização de 34.882 veículos. Na comparação com outubro de 2019 o aumento foi 16,4%. Já no acumulado de 2020 houve queda de 34,2% nas vendas para o mercado externo.

“Os resultados de outubro revelam os esforços da indústria para atender ao crescimento da demanda em alguns segmentos do mercado. Temos muitos desafios para atingir uma recuperação mais vigorosa, como os novos protocolos das fábricas, a dificuldade de planejar o médio prazo, a alta dos custos e, recentemente, a falta de alguns insumos”, disse o ressaltou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Agência Brasil

Micro e pequenas empresas contratam 443 mil no terceiro trimestre

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Foto: Katie Smetherman/Unsplash

As micro e pequenas empresas mostram recuperação de fôlego após o pior período da crise econômica, entre os meses de março e junho. O segmento foi o que mais demitiu no pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil, fechando pouco mais de 1 milhão de postos de trabalho, contra aproximadamente 605 mil das médias e grandes empresas.

No entanto, as micro e pequenas empresas geraram 443 mil empregos nos meses de julho, agosto e setembro, enquanto as maiores criaram 245 mil vagas no mesmo período.

O levantamento, feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra a rápida capacidade de reação das micro e pequenas empresas diante de crises. Considerando o acumulado do ano (incluindo os meses anteriores à chegada da covid-19), os dados mostram que, entre demissões e contratações, as pequenas empresas tiveram saldo melhor, com cerca de 40 mil demissões a menos que as médias e grandes empresas.

“As micro e pequenas empresas são o motor da economia. Para sairmos mais rapidamente da crise, será fundamental continuar apoiando esses empresários. Isso passa por uma série de medidas, desde o apoio para que as empresas consigam digitalizar suas vendas até a ampliação da oferta de crédito, que é um oxigênio vital para mantê-las operando”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Agência Brasil

Pedidos de falência caem para o menor patamar em dez anos

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Foto: Thomas Le/Unsplash

Os pedidos de falência se reduziram ao menor patamar em dez anos, segundo balanço divulgado hoje (4) pela Serasa Experian. Segundo a consultoria, foram feitas 754 solicitações de falência de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período de 2019 foram registradas 1,1 mil pedidos. O número de falências em 2020 é ainda 50% menor do registrado nos nove primeiros meses de 2011.

Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, a redução do número de pedidos de falência está ligada a uma mudança de comportamento no mercado. “O pedido de falência está caindo em desuso. Antes, quando uma empresa atrasava os pagamentos era muito comum o pedido de falência. Hoje, existem diversas ferramentas que a ajudam a evitar essa medida.”

O período de isolamento social também é outro fato que, de acordo com o economista, faz com que as empresas busquem formas diferentes de resolver os seus problemas. “Estamos tendo um ano bem diferente em todos os sentidos. Com o isolamento social as empresas tiveram que se redescobrir e inovar, pensando em estratégias para sobreviverem num momento tão difícil”, acrescentou.

Agência Brasil

Indústria cresce 2,6% de agosto para setembro, diz IBGE

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Foto: Sol/Unsplash

A produção industrial brasileira cresceu 2,6% na passagem de agosto para setembro. É a quinta alta consecutiva do indicador, que teve taxas de crescimento de 8,7% em maio, 9,6% em junho, 8,6% em julho e 3,6% em agosto, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esses resultados, o setor conseguiu eliminar a perda de 27,1% acumulada nos meses de março e abril, ou seja, no início da pandemia da covid-19. A atividade industrial se situa 0,2% acima da registrada em fevereiro deste ano.

A produção industrial também registrou alta de 3,4% na comparação com setembro do ano passado e 4,8% na média móvel trimestral. Por outro lado, acumula quedas de 7,2% no ano e de 5,5% em 12 meses.

Na passagem de agosto para setembro, as quatro grandes categorias econômicas apresentaram alta, com destaque para os bens de consumo duráveis (10,7%). As demais categorias registraram as seguintes taxas de crescimento: bens de consumo semi e não duráveis (3,7%), os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (7%), e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (1,3%).

Das 26 atividades industriais pesquisadas, 22 tiveram alta, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 14,1%. O setor vem de cinco meses de alta, quando acumulou 1.042,6% de crescimento, impulsionado pela continuidade do retorno à produção após a paralisação decorrente da pandemia. Apesar disso, ainda se encontra 12,8% abaixo do patamar de fevereiro.

Outras atividades com altas relevantes foram máquinas e equipamentos (12,6%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (16,5%), couro, artigos para viagem e calçados (17,1%) e produtos alimentícios (1,2%).

A queda na produção ocorreu em quatro atividades, com destaque para as indústrias extrativas (3,7%), setor que havia apresentado três meses de resultados positivos consecutivos e que acumularam expansão de 18,2%.

Agência Brasil

Balança comercial registra superávit de US$ 6,16 bi em outubro

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Foto: Guillaume Bolduc/Unsplash

A queda nas importações acompanhada da estabilidade nas exportações fez a balança comercial registrar o segundo maior superávit para meses de outubro. No mês passado, o país exportou US$ 5,473 bilhões a mais do que importou, divulgou há pouco o Ministério da Economia.

O resultado só perde para outubro de 2018, quando a balança comercial tinha registrado superávit de US$ 5,792 bilhões. No mês passado, o país vendeu US$ 17,855 bilhões para o exterior, com leve alta de 0,3% pelo critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações, no entanto, caíram, somando US$ 12,383 bilhões, redução de 20% também pela média diária.

Com o resultado do mês passado, a balança comercial acumula superávit de US$ 47,662 bilhões de janeiro a outubro. Esse é o segundo melhor resultado da série histórica para o período, perdendo para janeiro a outubro de 2017 (superávit de US$ 58,451 bilhões).

No acumulado de 2020, as exportações somam US$ 174,379 bilhões, retração de 6,5% na comparação com o mesmo período de 2019 pela média diária. As importações totalizam US$ 126,717 bilhões, recuo de 14,7% pelo mesmo critério.

A maior parte da alta do saldo em outubro é explicada pela queda da importação da indústria de transformação, que recuou US$ 140,67 milhões pela média diária em relação ao mesmo mês do ano passado, e da indústria extrativa, cujas compras do exterior encolheram US$ 15,16 milhões.

Do lado das exportações, o fim da safra de grãos fez as exportações da agropecuária caírem US$ 36,93 milhões pela média diária em relação a outubro do ano passado. Em contrapartida, as vendas da indústria extrativa subiram US$ 14,89 milhões, e as exportações da indústria de transformação, que acumulavam uma longa sequência de quedas, subiram US$ 23,38 milhões na mesma comparação.

Categorias

Entre os produtos que puxaram a queda das exportações agropecuárias em outubro, os destaques foram a soja, cujo valor vendido recuou US$ 37,31 milhões no critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado, e o algodão bruto, com retração de US$ 2,91 milhões na mesma comparação. As vendas de café não torrado, porém, saltaram US$ 5,14 milhões pela média diária no último mês.

Na indústria extrativa, subiram as exportações de minério de ferro, com alta de US$ 43,52 milhões em relação a outubro do ano passado pela média diária, motivadas tanto pelo aumento de mais de 40% da demanda como pela alta no preço internacional.

As exportações de óleos brutos de petróleo, no entanto, continuam a cair e encerraram o mês passado com queda de US$ 29,6 milhões. Nesse caso, a queda deve-se tanto à queda do preço internacional como do volume de demanda por causa da pandemia da covid-19.

Na indústria de transformação, a alta decorreu de produtos considerados semimanufaturados até o fim do ano passado, mas que passaram a ser classificados como industrializados em respeito às normas internacionais. O aumento nas exportações foi puxado pelo açúcar e pelos melaços, com alta de US$ 35,36 milhões pela média diária, pelo ouro (+US$ 8,31 milhões).

O principal produto manufaturado que influenciou a alta foram as aeronaves e seus componentes, com aumento de US$ 4,93 milhões em relação a outubro do ano passado pela média diária. Depois de meses em queda por causa da crise econômica na Argentina, as exportações de veículos de passageiros subiram US$ 3,21 milhões na mesma comparação.

Meta anual

Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2019 em US$ 48,035 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima menor volume de comércio em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a retração das importações em ritmo maior que a das exportações elevou as projeções de saldo.

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 58,7 bilhões para este ano. O Ministério da Economia atualizou a estimativa de saldo positivo para US$ 55 bilhões, com leve queda em relação à estimativa de US$ 55,4 bilhões divulgada em julho.

Agência Brasil

Pix abrirá possibilidade de redução de custos para empresas

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Foto: Markus Winkler/Unsplash

O Pix, novo sistema de transferências instantâneas criado e gerido pelo Banco Central (BC), entrará em funcionamento este mês. A nova forma de pagar e receber deverá abrir uma oportunidade de redução de custos tanto para pessoas físicas quanto para as jurídicas. 

O sistema é um meio de pagamento, assim como boleto bancário, o TED, o DOC e as transferências entre contas de uma mesma instituição e os cartões de pagamento. A diferença, segundo o Banco Central, é que o Pix permite que qualquer tipo de transferência e de pagamento ocorra em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora. 

Se para as pessoas físicas seu uso será gratuito para enviar ou receber transferências e realizar compras, para as pessoas jurídicas o Pix deverá baratear os custos envolvidos na comercialização de produtos, já que o processo não dependerá mais de intermediários, como o que ocorre com o uso das maquininhas de crédito ou débito. 

Condições e preços

Para aceitar o Pix no seu estabelecimento, o comerciante deverá primeiramente avaliar as condições e preços do serviço em sua instituição financeira. É necessário ter uma conta-corrente, uma conta de poupança ou uma conta de pagamento pré-paga. O sistema não está restrito a bancos. Outras instituições financeiras e também instituições de pagamento (como algumas fintechs) podem ofertar o Pix. No site do Banco Central é possível consultar toda a lista de instituições que poderão oferecer o Pix.

Para receber um pagamento via Pix, o comerciante poderá gerar um QR Code, por meio de sua instituição financeira, e apresentá-lo ao pagador; ou informar ao pagador sua chave Pix, que pode ser seu CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), e-mail, telefone celular ou uma chave aleatória.

Segundo o BC, o QR Code pode ser gerado uma única vez ou pode ser gerado a cada nova transação, a depender da escolha do recebedor. caso não queira gerar o QR Code ou informar a chave, há a opção de informar os dados completos de sua conta ao pagador, que terá que inserir os dados manualmente.

Uma vez concluída a transação, o recurso será imediatamente encaminhado para a conta e o comerciante receberá em tempo real uma mensagem confirmando o crédito na conta. As transações do Pix, inclusive os recebimentos, estarão disponíveis no extrato da conta habilitada para fazer o serviço, de forma facilmente diferenciada das demais transações.

Agência Brasil

Cientistas da UFRJ dizem que reabertura de escolas é imprescindível

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Foto: Kyo Azuma/Unsplash

Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) defenderam hoje (30) a reabertura das escolas no estado. Em nota técnica emitida nesta sexta-feira, os participantes do Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 afirmam que a volta às aulas presenciais é necessária e imprescindível.

No comunicado, eles reforçam, porém, que o retorno às aulas deve ocorer de forma a minimizar os riscos de exposição, tanto das crianças e adolescentes quanto dos professores e funcionários, aos riscos de contágio do novo coronavírus. A informação foi divulgada pela assessoria da universidade, em nota publicada na página da instituição na internet.

“Precisamos agir para que o retorno às aulas aconteça o mais breve e da maneira mais segura possível para alunos e profissionais envolvidos. Conclamamos as autoridades federal, estadual e municipais a efetuar os procedimentos necessários para o retorno presencial no menor prazo possível, asseguradas as condições de segurança à saúde necessárias a todos os envolvidos. A dinâmica do dia a dia da comunidade escolar precisa ser resgatada, sob pena de termos efeitos mais danosos e irreversíveis sobre as perspectivas de vida de toda uma geração, principalmente os mais vulneráveis”, destacou o grupo de pesquisadores.

Na defesa do retorno às aulas, após examinar dados existentes até o momento, os cientistas da UFRJ avaliaram que as escolas não parecem desempenhar importante papel na transmissão do novo coronavírus.

“Estudos realizados em fevereiro e março, ainda antes das medidas de isolamento social serem implementadas (portanto sem isolamento) já sinalizavam algumas lições: existem poucos relatos de transmissão a partir de crianças, levando a grandes surtos, especialmente no cenário escolar, e a transmissão na comunidade de crianças mais velhas é maior”, afirmam.

Transmissão

Os participantes do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 destacaram ainda estudos segundo os quais o papel do adulto na cadeia de transmissão na escola é significativamente mais expressivo, como em Singapura, onde foram avaliados três casos que se apresentaram sintomáticos dentro da escola: duas crianças de 5 e 8 anos adoeceram sem transmissão secundária, enquanto um adulto adoeceu, transmitindo para mais 16 adultos dentro da escola, que levaram o vírus, em seguida, para 11 familiares.

“A experiência internacional nos ensina que existe um caminho para a reabertura de escolas, através da implementação de medidas para minimizar o risco de transmissão viral. Embora a faixa etária pediátrica seja menos suscetível às formas graves da covid-19, existe risco de a criança ser infectada em qualquer idade, por isso, as medidas de mitigação não podem ser negligenciadas sob nenhuma hipótese”, salientaram os integrantes do GT.

Segundo os pesquisadores, após sete meses com as escolas fechadas, é preciso reavaliar os benefícios e os efeitos colaterais da medida, como o fato de que a evasão escolar corre o risco de aumentar de forma irreversível.

Coordenado pelo pesquisador Roberto Medronho, o GT destacou que cabe aos professores, pais e responsáveis dar o exemplo sobre o uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento, além de enfatizar que “ninguém deve ir à escola ao menor sinal de doença”.

De acordo com a nota técnica, existem três níveis de proteção da comunidade escolar contra a entrada e disseminação do vírus que precisam ser considerados: minimizar a importação do vírus para dentro da escola; minimizar a transmissão do vírus dentro da escola, e minimizar o número de contactantes de um caso positivo dentro da escola.

A íntegra da nota técnica pode ser consultada na página da UFRJ na internet.

Agência Brasil

Criação de empregos mostra recuperação em V da economia

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Foto: Ramy Mans/Unsplash

A criação recorde de empregos em setembro confirma a recuperação em V (forte queda, seguida de forte alta) da economia brasileira, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele participou da divulgação dos dados de setembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou criação recorde de postos de trabalho no mês.

Guedes agradeceu ao Congresso Nacional a aprovação das medidas emergenciais que permitiram sustentar o emprego durante a pandemia de covid-19 e ressaltou que o país recuperou cerca de metade dos empregos perdidos durante a pandemia. “Uma excelente notícia, confirmando a volta da economia brasileira em V. É o maior ritmo de criação de empregos já registrado em qualquer setembro”, declarou.

O ministro ressaltou que a criação de empregos formais foi ampla, com todos os setores da economia aumentando o número de vagas em todas as regiões do Brasil. “Tivemos aumento de criação de empregos generalizada. Não é um bolsão”, disse. Guedes reiterou que o Brasil surpreenderá o mundo. “Mesmo os serviços, que estavam com dificuldades, criaram 80 mil empregos [em setembro]”, ressaltou.

Revogações

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco Leal, afirmou que a secretaria apresentará, nos próximos dias, novas medidas de revogação de diversos decretos e normas trabalhistas. Segundo ele, as medidas ajudarão a reduzir a insegurança jurídica no mercado de trabalho e a estimular a criação de empregos.

Bianco negou que o governo pretenda estender o programa de redução de jornada com redução de salários e de suspensão de contratos para 2021. Ele explicou que a prorrogação do programa para o próximo ano é impossível porque todas as medidas relativas ao enfrentamento da pandemia de covid-19 se valeram do orçamento de guerra, que acaba no fim do ano.

Sobre o cálculo do décimo terceiro salário para os trabalhadores que se beneficiaram do programa de preservação do emprego, Bianco disse que a definição se o salário extra será pago integralmente ou proporcionalmente à jornada diminuída ou ao contrato suspenso ainda está sendo analisada pela área jurídica do Ministério da Economia. Ele informou que, nos próximos dias, o governo soltará uma definição.

Por fim, o secretario especial disse que o governo tem estudado medidas para a “modernização” dos contratos de trabalho depois da pandemia. “Temos de pensar em medidas pós-pandemia. São muitas e estão sobre a mesa. Estamos buscando criar oportunidades, não necessariamente com as mesmas medidas da pandemia”, explicou.

Agência Brasil