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Atividade econômica tem crescimento de 9,47% no terceiro trimestre

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Foto: Daria Shevtsova/Unsplash

A economia brasileira voltou a registrar crescimento no terceiro trimestre deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período), divulgado hoje (13), apresentou expansão de 9,47% na comparação com o segundo trimestre. Em setembro, comparado a agosto, houve expansão de 1,29%.

Em relação ao terceiro trimestre de 2019, foi registrada queda de 3%. No ano, o IBC-Br registra queda de 4,93% e, em 12 meses encerrados em setembro, retração de 3,32%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajudar o Banco Central a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Devido aos efeitos da pandemia de covid-19 na economia, o mercado financeiro projeta queda do PIB em 4,8%, neste ano. O Banco Central prevê retração de 5% e a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, de 4,7%.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que “economia brasileira está voltando com força” e prevê queda de 4%, em 2020.

Agência Brasil

Satélites ajudarão a fazer mapeamento completo da soja no Brasil

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Foto: Thomas Kinto/Unsplash

Após desenvolver trabalhos com base em imagens de satélites para mapeamento da produção agrícola de culturas como cana, café e arroz irrigado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretendem, ainda este ano, mapear toda a safra de soja no país.

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, o uso dessa tecnologia ajuda o país de obter dados e informações sobre o principal produto agrícola produzido no Brasil. “A soja é plantada em localidades muito distantes, em nosso país. Isso dá a dimensão do nosso desafio [em fazer esse mapeamento]”, disse Bastos hoje (12) durante um seminário virtual promovido pela companhia, sobre o uso de satélites no mapeamento agrícola.

“Esperamos, em 2021, já estar com força total para dar continuidade a esse mapeamento”, acrescentou ao lembrar que, desde 2010, a Conab já vem fazendo uso de imagens de satélites para ajudar o agronegócio brasileiro.

Entre os mapeamentos já feitos estão os das culturas de cana (100% da área, em 2013/14), café (98,4%, em 2019) e do arroz irrigado (97,5%, em 2019/20). De acordo com o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana, “a expectativa é a de focar inicialmente todos esforços no mapeamento da soja para, na sequência, levar a outras culturas, como a do milho – especialmente na segunda safra”.

Informações fidedignas

Ainda de acordo com Santana, esses trabalhos têm, entre seus objetivos, o de produzir, a partir da coleta de dados gerada por redes de profissionais, informações agrícolas que possam subsidiar a ação governamental.

“Vamos produzir informações diárias fidedignas. É uma ferramenta que ajuda na avaliação dos diversos tipos de impactos que podem ocorrer na produção agrícola, apontando inclusive possíveis problemas climáticos e possíveis perdas”, disse ao destacar que a geolocalização beneficia não só produção, mas logística, armazenagem e indústrias ligadas ao agronegócio”, acrescentou.

Desafios

Entre os desafios apontados pela pesquisadora do Inpe Ieda Sanches durante o seminário está o de desenvolver tecnologias que possibilitem a observação de áreas quando cobertas de nuvens. Ela se diz otimista com os constantes avanços tecnológicos.

“É crescente a disponibilidade de imagens de satélites. Há atualmente uma constelação de satélites, que possibilita aumento da resolução temporal (satélites passando com mais frequência nas regiões a serem analisadas). Há inclusive imagens de radar de abertura sintética que são gratuitas, além da disponibilidade de dados prontos para consumo”, disse a pesquisadora.

AB

BNDES tem lucro de R$ 8,73 bilhões no terceiro trimestre

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Foto: Moja Msanii/Unsplash

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro contábil de R$ 8,73 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que elevou o lucro acumulado de janeiro a setembro para R$ 13,7 bilhões. O relatório com os resultados financeiros da instituição no período foi apresentado nesta quinta-feira (12).

O desempenho positivo foi influenciado pela negociação de participações societárias, que resultaram em ganho líquido de R$ 4,4 bilhões. Somente a alienação de ações da Vale gerou lucro de R$ 4 bilhões. Também contribuíram para os resultados a equivalência patrimonial de empresas coligadas, no total de R$ 1,2 bilhão, e a receita com dividendos e juros sobre capital próprio, que somou R$ 938 milhões.

O patrimônio líquido do BNDES manteve-se, e a instituição fechou o terceiro trimestre em R$ 104,5 bilhões. “Foi um trimestre em que o BNDES performou bem. O banco atuou de forma efetiva e contracíclica, apoiando as pequenas e médias empresas”, afirmou o presidente da instituição, Gustavo Montezano. 

A venda de ações da Vale ocorreu dentro de um programa que o BNDES vem implementando desde o ano passado. O desinvestimento em participações societárias visa reforçar o caixa para investimentos e reduzir a exposição aos riscos do mercado, explicou a instituição. No primeiro trimestre, também foram negociados R$ 7,6 bilhões em ações da Petrobras. Já no mês passado, a alienação integral dos papeis da Suzano em posse do banco movimentou R$ 6,9 bilhões, valor que terá impacto no balanço do quarto trimestre.

“Até o momento, temos um total de R$ 40,7 bilhões de contribuição dessas operações, com a venda através de diferentes modalidades. Fizemos oferta pública, venda em bloco e operação de M&A [fusões e aquisições]”, informou a diretora de Finanças do BNDES, Bianca Nasser. O BNDES ainda tem mais de R$ 50 bilhões em papeis de empresas listadas na Bolsa de Valores, sendo a maioria da Petrobras e da Vale.

A captação de R$ 1 bilhão com a emissão de Letras Financeiras Verdes (LFV) também contribuirá para os resultados do último trimestre do ano. Segundo o BNDES, os recursos levantados com esses papeis vão financiar projetos de geração de energia eólica ou solar que promovam impacto positivo para a sociedade.

Comparações

O BNDES também teve melhora no resultado recorrente, que exclui a volatilidade trazida pela carteira de renda variável e pelos ajustes na provisão para risco de crédito. O período de julho a setembro registrou R$ 2,43 bilhões, 84% acima do valor de R$ 1,32 bilhão do segundo trimestre de 2020 e 5% inferior aos R$ 2,55 bilhões do terceiro trimestre do ano passado.

Em 2019, no acumulado entre janeiro e setembro, o BNDES teve lucro de R$ 16,5 bilhões. Dessa forma, na comparação com o mesmo período do ano passado, o desempenho da instituição de janeiro a setembro registra queda de 16,9%. 

Também hoje foram apresentados os dados referentes ao Plano de Estímulo à Aposentadoria (PEA) no BNDES. Implantado no segundo semestre deste ano, o plano teve adesão de 137 empregados, o que significa redução de 5,2% no quadro de pessoal e queda de 6,8% na folha de pagamentos. Estima-se que a economia anual será de aproximadamente R$ 100 milhões.

Ações emergenciais

A instituição divulgou ainda o resultado das ações emergenciais realizadas neste ano em decorrência da pandemia de covid-19. Segundo o BNDES, as medidas somaram R$ 136,6 bilhões e envolveram o apoio a 267 mil empresas, que empregam cerca de 8,8 milhões de pessoas.

As iniciativas buscaram preservar atividades econômicas importantes e viabilizar investimentos no setor de saúde. Uma dessas ações foi o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, lançado em conjunto com o Ministério da Economia. Foram oferecidas garantias a operações de crédito para 96 mil pequenas e médias empresas, totalizando R$ 81 bilhões de financiamentos contratados até 9 de novembro.

“Essa linha é uma baita inovação no mercado financeiro brasileiro. Ela atua como uma espécie de seguro para as empresas e fornece garantias para que os bancos possam efetivar seus empréstimos”, afirmou Montezano. Dados do BNDES mostram que o crédito às micro, pequenas e médias empresas aumentou 20% de junho a setembro.

Agência Brasil

Desempenho das pequenas indústrias bate recorde no terceiro trimestre

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A reabertura da economia trouxe reflexos positivos para as indústrias de menor porte. Segundo pesquisa divulgada hoje (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho da pequena indústria encerrou o terceiro trimestre no melhor nível desde a criação, em 2012. O indicador fechou o trimestre passado em 52,3 pontos, com alta expressiva em relação aos 41,3 pontos registrados no fim de julho.

O índice de desempenho serve como aproximação para medir a produção das pequenas indústrias. Em abril, no mês seguinte ao início da pandemia de covid-19, o indicador tinha chegado ao nível mais baixo da série histórica, atingindo 27,1 pontos.

A pesquisa também constatou melhora na contabilidade das indústrias de menor porte, depois de um início de ano com impacto da crise gerada pelo novo coronavírus. O índice de situação financeira alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre, alta de 8,7 pontos em relação ao fim do segundo trimestre. O indicador está no melhor nível desde o último trimestre de 2013.

Problemas

A pesquisa também mediu os principais problemas das pequenas indústrias. O encarecimento do dólar, que se refletiu em maiores preços no atacado, e a escassez de várias matérias-primas provocaram uma mudança nas principais reclamações dos empresários.

A falta ou o alto custo de insumos foi citada como a principal preocupação no terceiro trimestre por 60,1% das indústrias de transformação e por 40,5% das indústrias ligadas à construção. Nas indústrias extrativas, a maior dificuldade relatada foi a falta ou o alto custo da energia, por 33,3% dos empresários do setor. No segundo trimestre, a alta carga tributária era considerada o maior problema em todos os segmentos.

Confiança

Os indicadores de confiança e de perspectivas das pequenas empresas industriais oscilaram levemente para baixo em outubro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) fechou o mês passado em 59,5 pontos, com recuo de 0,2 ponto. Essa foi a primeira queda observada em cinco meses. O valor ainda está abaixo dos 63 pontos registrados nos primeiros meses do ano, antes do início da pandemia. Índices acima de 50 pontos indicam confiança para os próximos meses.

O índice de perspectiva fechou outubro em 52,4 pontos, com recuo de 0,6 ponto. Apesar da oscilação negativa, o otimismo se mantém entre os empresários da pequena indústria. Diferentemente do Icei, que mede a intenção do empresário em aumentar ou diminuir a produção, o índice de perspectivas mede as expectativas em relação à economia.

Agência Brasil

Bolsa supera 105 mil pontos e fecha no maior nível desde julho

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Foto: Nicholas Cappello/Unsplash

Num dia de contrastes no mercado financeiro, a bolsa voltou a superar a marca de 105 mil pontos e fechou no nível mais alto desde o fim de julho. O dólar alternou altas e baixas, mas terminou próximo da estabilidade, com pequena valorização.

O índice Ibovespa, da B3, fechou esta terça-feira (10) aos 105.067 pontos, com alta de 1,5%. Com ganhos pela sexta sessão seguida, o indicador está no maior nível desde 29 de julho. Somente nos últimos seis pregões, o índice subiu 12,15%. Na máxima da sessão, bateu 105.758 pontos, o que corresponde ao maior nível intradia (dentro de uma sessão) desde 5 de março, antes do início da pandemia de covid-19.

No mercado de câmbio, a moeda norte-americana iniciou o dia em alta, caiu durante a tarde, mas zerou a queda perto do fim das negociações. O dólar comercial encerrou a terça vendido a R$ 5,391, com alta de R$ 0,005 (+0,11%).

Em relação à bolsa, o Ibovespa seguiu as bolsas internacionais, que continuam influenciadas pela eleição de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos e pelas perspectivas mais positivas em relação a uma vacina contra a covid-19.

Quanto ao dólar, a cotação está se estabilizando em torno dos R$ 5,40. O tom no mercado de câmbio foi misto, com alguns investidores esperando sinais mais concretos sobre as vacinas. As moedas emergentes de forma geral perdiam ante o dólar na sessão, depois de valorizações nos últimos dias.

Mesmo próximo de R$ 5,40, o dólar continua bem abaixo das máximas de quase R$ 5,80 alcançadas no começo do mês. Desde a eleição norte-americana, em 3 de novembro, a moeda acumula queda de 6,42%, o que confere ao real um dos melhores desempenhos no período entre as moedas de países emergentes.

Agência Brasil

É preciso remodelar o país para uma ordem democrática, descentralizada

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Foto: Niu Niu/Unsplash

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (10) que está bastante frustrado por ainda não ter feito privatizações. Ele participou da abertura do evento Boas práticas e desafios para a implementação da política de desestatização do Governo Federal, na Controladoria-Geral da União (CGU), em Brasília.

“Estou bastante frustrado com o fato de a gente estar aqui há dois anos e não ter conseguido vender uma estatal. Até por isso um dos nossos secretários foi embora. Entrou outro com muita determinação e mais juventude. Quem sabe ele aguenta o tranco e vai conseguir entregar mais. Isso é lamentável”, disse, referindo a Salim Mattar que deixou a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado em agosto e deu lugar a Diogo Mac Cord de Faria.

Guedes disse que a estrutura atual do Estado foi moldada na época do regime militar, com investimentos em infraestrutura, e agora é preciso remodelar o país para uma “ordem democrática, com ação descentralizada”. 

“A estrutura do estado foi montada durante um regime politicamente fechado, o regime militar, que desenhou um plano de aprofundamento da infraestrutura. Foi um legado que o regime militar deixou”, disse.

Foto: Marcelo Camargo/AB

Para o ministro, o Estado não está conseguindo atender a sociedade em suas demandas por segurança pública, saúde e saneamento. “As empresas estatais, ao longo do tempo, alguns avançaram e outras se perderam. Temos o caso típico de água e saneamento, que agora nós fizemos o marco regulatório, que é um avanço, vai trazer muito recursos para a área”, disse.

Guedes acrescentou que “não é razoável” que o Brasil tenha 100 milhões de pessoas sem esgoto e 35 milhões sem água corrente em casa. “Enquanto isso, as tarifas de água e esgoto subiram, os salários do funcionalismo nessas empresas subiu também. A única coisa que caiu foram os investimentos em água e esgoto”, argumentou.

“Evidentemente quando há uma situação dessas de esgotamento, tem que ir rapidamente em outra direção e nós não temos essa velocidade e isso inclui o nosso governo”, disse.

Entretanto, o ministro disse que esse processo de mudança na estrutura do Estado é irreversível. “Uma sociedade aberta não quer um Estado com a estrutura atual. O Estado está aparelhado, não está eficiente, não consegue fazer as metas universais de fraternidade pela ineficiência e politização dessas ferramentas”, disse.

Guedes afirmou ainda que acordos políticos têm impedido as privatizações. “Tem acordo político na Câmara, no Senado, que não deixa privatizar. Precisamos recompor o nosso eixo político para conseguir fazer as privatizações prometidas durante a campanha [da eleição para presidente]”, disse.

Prioridades

Em outro evento hoje, Guedes afirmou que sua prioridade para 2021 é fazer quatro grandes privatizações: Correios, Eletrobras, Porto de Santos e Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural (PPSA, empresa estatal do pré-sal).

Sobre os programas de transferência de renda durante a pandemia de covid-19, o ministro afirmou que são “insustentáveis” se mantidos por muito tempo e serão reduzidos com o recuo da doença. “Estamos determinados a voltar para nossos programas de ajuste fiscal”, afirmou no evento virtual Emerging & Frontier Forum 2020, promovido pela agência Bloomberg.

Guedes disse ainda que se houver segunda onda de contaminações pelo novo coronavírus, o governo manterá programas emergenciais, mas sem excessos. “Não usaremos a pandemia como desculpa para fazer um movimento político financeiramente irresponsável”, afirmou.

Para o ministro, a doença está em colapso no Brasil, com redução das contaminações, e a economia está em forte processo de recuperação.

Agência Brasil

Produção industrial cresce em 11 locais em setembro

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Foto: Kyle Levesque/Unsplash

A produção industrial teve alta em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de agosto para setembro deste ano. O principal destaque foi o Paraná, que cresceu 7,7% no período. Com essa, que foi a quinta alta consecutiva, o estado acumulou ganho de 46,2% em cinco meses.

Também tiveram altas acima da média nacional (2,6%), os estados do Amazonas (5,8%), São Paulo (5,0%), Espírito Santo (5,0%), Rio Grande do Sul (4,5%), Santa Catarina (4,5%) e Bahia (4,0%).

Completam a lista dos estados com alta na produção em setembro: Minas Gerais (1,9%), Ceará (1,3%) e Goiás (0,4%). A Região Nordeste, única das cinco regiões analisada em seu conjunto, também cresceu (1,1%).

Por outro lado, quatro estados tiveram queda na passagem de agosto para setembro: Mato Grosso (-3,7%), Rio de Janeiro (-3,1%), Pará (-2,8%) e Pernambuco (-1,3%).

Outras comparações

Na comparação com setembro de 2020, a produção industrial cresceu em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaques para Amazonas (14,2%), Ceará (8,5%) e Pará (8,1%). Por outro lado, três estados tiveram recuo na produção: Espírito Santo (-11%), Mato Grosso (-6,2%) e Bahia (-1,9%).

No acumulado do ano, no entanto, ocorreu o oposto: queda em 12 dos 15 locais pesquisados. Os maiores recuos foram observados no Espírito Santo (-18%), Ceará (-11,9%), Amazonas (-10,6%) e Rio Grande do Sul (-10,4%). Três estados tiveram alta: Goiás (2,5%), Rio de Janeiro (2,2%) e Pernambuco (1,8%).

No acumulado dos últimos 12 meses, também houve quedas em 12 dos 15 locais, com destaques para Espírito Santo (-19,3%), Rio Grande do Sul (-8,6%) e Ceará (-8,2%).

Agência Brasil

Amazon vai abrir centro de distribuição em Betim

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Foto: Christian Wiediger/Unsplash

Expandindo suas operações no Brasil, a multinacional norte-americana Amazon, que tem atuação em e-commerce e em inovação tecnológica, anunciou a instalação de três novos centros de distribuição no país, um deles em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com previsão de entrar em funcionamento nos próximos dias, o empreendimento vai receber cerca de R$ 120 milhões em investimentos e deve gerar, de início, 250 postos de trabalho em Minas Gerais, além das vagas de empregos indiretos, o que pode ser mais de 500 ao todo.

Os demais novos centros serão abertos em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal, e em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. No total, a estimativa é que, de imediato o investimento crie cerca de 1.500 vagas no país. Juntos, esses prédios somam aproximadamente 75 mil m², o que equivale a uma área de mais de dez campos de futebol – e há possibilidade de ampliação.

“A Amazon chega em um momento extremamente positivo para Betim e para Minas Gerais. Conseguimos, em três anos e meio de governo, ampliar o complexo viário da cidade, garantindo, com eficiência, as operações de logística dentro do município, e também suas conexões para outras cidades e outros Estados”, analisa o prefeito Vittorio Medioli (PSD). 

Para ele, a exemplo de inúmeras outras empresas que estão se instalando na cidade e retomando a economia local, com muita diversificação, a norte-americana “percebeu que a cidade agora oferece as melhores condições para seu negócio”.

As negociações entre o governo do Estado e a gigante do varejo para a instalação da estrutura na cidade mineira vinham ocorrendo desde 2019. “A empresa, nessa etapa, vai investir inicialmente R$ 120 milhões. Vale lembrar que por atrás desse empreendimento, cria-se muitas oportunidades na prestação de serviços logísticos, de tecnologia, de manutenção e etc”, informou o governador Romeu Zema (Novo).

O governador agradeceu à Secretaria da Fazenda e à Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), “que trabalharam arduamente no processo de desburocratização, (o que) tem sido fundamental para atrair novas empresas, criando um ambiente menos hostil ao investidor”.

Para o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Fernando Passalio, a instalação do centro de distribuição está alinhada ao projeto de “diversificação da economia” e mostra “o potencial do Estado em se tornar, cada vez mais, um grande hub logístico para o restante do país”. 

O presidente do Indi, Thiago Toscano, destaca que o setor de e-commerce está em franca expansão, mas pondera que a legislação tributária ainda é vista como um entrave à dinâmica do mercado. Toscano acredita que as negociações para trazer a estrutura para Minas Gerais foram bem-sucedidas porque a administração estadual soube “acompanhar as mudanças e se adaptar à nova realidade do segmento”.

Investimento da Amazon confirma vocação de Betim como polo logístico e industrial

Os distritos industriais de Betim têm obras de 87 novos empreendimentos. E a prefeitura já tem mais 111 pedidos em análise. Na avaliação da administração, o centro de distribuição da Amazon vem confirmar a vocação para polo logístico e industrial do município, que tem atraído empresas nacionais e internacionais. “Desde 2017, o e-commerce da Amazon vem revolucionando o mercado online brasileiro. Betim também está revolucionando a forma de fazer gestão e administrar uma cidade. Além de criar infraestrutura, melhorou a qualidade de vida da população, está diversificando sua economia, simplificando a atividade empresarial, garantindo o progresso e, em breve, concluirá as obras de um grande parque aeroviário que vai abrigar um grande aeródromo, mais focado no transporte de cargas, transformado ainda mais a realidade de todo o cinturão metropolitano, com geração de riquezas, mais empregos e qualificação profissional. Talvez por isso a cidade tenha sido escolhida por essa gigante da tecnologia”, analisa o prefeito Vittorio Medioli.

De janeiro a outubro deste ano, Minas recebeu R$ 22,5 bilhões de investimentos, marca que deve bater R$ 30 bilhões em dezembro. “Mesmo em meio à pandemia, houve aumento de 22% nos aportes em relação ao mesmo período de 2019 e geração de 15 mil empregos”, informou Romeu Zema, por meio de nota. 

Multinacional quer acelerar entregas no país

Com a inauguração de mais três centros, a Amazon passa a contar com oito estruturas de distribuição visando otimizar o atendimento aos clientes em todas as cidades brasileiras. “Como efeito direto dessa expansão, mais de 500 municípios têm entregas ainda mais rápidas para membros (do serviço de assinatura) Prime, a partir de dois dias para produtos elegíveis, com frete grátis e outros benefícios para quem faz parte do programa”, explica a multinacional. A empresa detalha que “o Brasil é o país com o crescimento mais rápido em assinaturas Amazon Prime a partir do lançamento”. 

“Estamos profundamente comprometidos com o país e com as comunidades onde atuamos, e temos orgulho de criar mais de 1.500 novas oportunidades de trabalho, que irão beneficiar as regiões onde os centros de distribuição foram instalados”, reforça Alex Szapiro, country manager da Amazon no Brasil.

Fonte: Jornal O Tempo

Por que a China é o maior risco de política externa que os EUA enfrentam

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Foto: Alejandro Luengo/Unsplash

A China continua sendo o maior risco de política externa que os EUA enfrentam, de acordo com Liz Economy, pesquisadora sênior da Instituição Hoover da Universidade de Stanford e do Conselho de Relações Exteriores.

O presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente Joe Biden reconhecem o risco que a China representa para os EUA – do ponto de vista econômico e de segurança nacional.

No entanto, os dois candidatos têm opiniões conflitantes sobre como enfrentar Pequim.

“Eu acho que se Trump ganhar mais quatro anos, ele vai dobrar o preço da China e isso vai significar mais recursos – militares, econômicos e políticos – dedicados a lutar contra a China em vários níveis. Será econômico, será militar e será político ”, disse Economy, autora de“ A Terceira Revolução: Xi Jinping e o Novo Estado Chinês ”, em entrevista à CNBC, no programa “Trading Nation”.

Como presidente, Trump travou uma guerra comercial com a China, aumentou o escrutínio das empresas chinesas que fazem negócios nos Estados Unidos e mirou em empresas como a TikTok. Essas ações contribuíram para uma maior dissociação entre as duas maiores economias do mundo.

Os fluxos de capital bidirecional entre os EUA e a China caíram para o mínimo de nove anos, de acordo com o Grupo Rhodium.

O número de IPOs chineses nos EUA diminuiu gradualmente nos últimos anos, de 33 em 2018 para 28 em 2019. Até agora, em 2020, 26 empresas chinesas abriram o capital nos EUA.

A Renaissance Capital vê esse número diminuir no próximo ano devido a rígidos requisitos contábeis.

“No final do próximo ano, as empresas chinesas que abrirem o capital aqui terão de cumprir a supervisão contábil dos EUA, assim como todas as empresas nacionais devem fazer. Acreditamos que isso resultará em menos listagens chinesas ”, disse Kathleen Smith, co-fundadora e diretora da Renaissance Capital, à CNBC por e-mail.

No caso de Biden vencer, o candidato democrata diz que também será duro com a China. O que não está claro, de acordo com especialistas em política externa, é se ele removerá as tarifas de Trump de quase US $ 400 bilhões sobre produtos chineses. Biden chamou o uso de tarifas de Trump de “autodestrutivo”.

Especialistas em comércio também querem saber se Biden trará de volta o acordo comercial da Parceria Transpacífico, que foi aprovado no governo Obama, mas foi rejeitado por Trump quando se tornou presidente em 2017.

O que está claro é a intenção de Biden de trabalhar com aliados para desafiar a China ao invés de ir sozinho.

“Acho que as mudanças políticas mais significativas relacionadas à China em um governo Biden podem ser um compromisso renovado com a liderança dos EUA em enfrentar os desafios globais de forma que a China não consiga capturar e contornar o sistema de governança global para atender a seus interesses estreitos; maior consulta com nossos aliados e parceiros para forjar uma estratégia consistente e coerente da China; e uma recalibragem da relação EUA-China, que poderia incluir o restabelecimento do diálogo bilateral e a exploração de áreas de propósito comum, a fim de evitar que o relacionamento se transformasse em uma guerra fria ”, disse Economy.

Uma política mais ampla para a China pode se tornar ainda mais premente à medida que Pequim se concentra em expandir sua pegada por meio de sua Iniciativa Belt and Road, ao mesmo tempo em que intensifica sua presença na fronteira Índia-China e no Mar do Sul da China.

“As ambições de Xi Jinping são muito claras, basta ouvir o que ele diz: aqui não há mistérios. Você sabe que ele quer que a China seja a potência predominante na Ásia. Ele quer que a China, você sabe, resolva suas questões de soberania. Isso significa Taiwan, Hong Kong e o Mar da China Meridional. E, além disso, vai significar as disputas de fronteira com Índia, Japão e Coréia do Sul que serão as próximas na fila para ele. É o Belt and Road espalhando a influência chinesa – política, militar, econômica – e se trata, você sabe, da China estabelecendo os padrões para o século 21 ”, disse Economy.

Apesar dos riscos geopolíticos, as empresas americanas Caterpillar , Starbucks e General Electric, entre outras, referiram o forte crescimento que estão observando na China nas chamadas de lucros do terceiro trimestre. Analistas afirmam que ele continua sendo um mercado-chave de crescimento para grandes multinacionais, dada a instável recuperação nos EUA e na Europa.


Liz Economy é pesquisadora sênior da Instituição Hoover da Universidade de Stanford e do Conselho de Relações Exteriores.

Fonte: CNBC

Produção de veículos aumenta 7,4% em outubro, diz Anfavea

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Foto: Carlos Aranda/Unsplash

A produção de veículos cresceu 7,4% em outubro ao atingir 236.468 unidades ante as 220.162 produzidas em setembro. Na comparação com outubro do ano passado houve queda de 18% e no acumulado do ano o recuo foi de 38,5%. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo o balanço mensal da entidade as vendas fecharam o mês com 215.044 unidades licenciadas, o que corresponde a uma elevação de 3,5% sobre o mês anterior e uma retração de 15,1% sobre outubro do ano passado. A queda acumulada no ano chega a 30,4%, em linha com os -31% previstos pela Anfavea.

Os dados mostram ainda que as exportações cresceram 14,3% sobre o setembro, com a comercialização de 34.882 veículos. Na comparação com outubro de 2019 o aumento foi 16,4%. Já no acumulado de 2020 houve queda de 34,2% nas vendas para o mercado externo.

“Os resultados de outubro revelam os esforços da indústria para atender ao crescimento da demanda em alguns segmentos do mercado. Temos muitos desafios para atingir uma recuperação mais vigorosa, como os novos protocolos das fábricas, a dificuldade de planejar o médio prazo, a alta dos custos e, recentemente, a falta de alguns insumos”, disse o ressaltou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Agência Brasil