Início Site Página 77

Safra de 2021 deve superar recorde de 2020

0
Foto: Dietmar Reichle/Unsplash

A safra nacional de grãos deve atingir mais um recorde, o terceiro consecutivo, neste ano, com 260,5 milhões de toneladas, um crescimento de 2,5% em relação a 2020. As informações estão no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a estimativa final para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 totalizou 254,1 milhões de toneladas.

A soja continua em alta: as estimativas iniciais de 129,7 milhões de toneladas indicam um aumento de produção de 6,8% (8,2 milhões de toneladas) em relação ao que foi colhido no ano passado e de 1,5% em relação ao segundo prognóstico, divulgado em dezembro.

Já para o milho é esperada uma queda de 1,5% (menos 1,5 milhão de toneladas) em relação a 2020, embora tenha havido um aumento de 1,6% frente à estimativa anterior.

“Em função dos preços mais compensadores da soja, em relação ao milho, os produtores são estimulados a ampliar suas áreas de cultivo da oleaginosa, que em 2021 deve representar mais de 57% da área total utilizada para o plantio de grãos do país”, disse, em nota, o analista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.

De acordo com o levantamento, a produção de algodão herbáceo, após três anos de recordes, deve chegar a 6,1 milhões de toneladas, com redução de 0,6% em relação ao segundo prognóstico e de 14% em relação ao que foi colhido em 2020.

“A safra de algodão herbáceo vinha crescendo para atender à demanda internacional. Mas o algodão é usado principalmente para a confecção de roupas e, com a pandemia da covid-19, essa demanda caiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra”, afirmou Barradas.

Para o arroz, esta terceira estimativa de 11 milhões de toneladas aponta aumento de 0,8% na produção em relação ao prognóstico anterior, mas ainda há declínio, também de 0,8%, em relação a 2020.

“Nos últimos meses, os preços do arroz atingiram patamares elevados, levando o governo a zerar as tarifas de importação para contê-los. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional, e suas lavouras são irrigadas e associadas à alta tecnologia e manejo adequado, permitindo alcançar altas produtividades”, disse o analista.

Safra de 2020

A safra de grãos de 2020 somou 254,1 milhões de toneladas e também foi recorde. De acordo com a última estimativa do ano, ficou 5,2% (12,6 milhões de toneladas) acima da colheita de 2019 (241,5 milhões de toneladas).

O arroz, o milho e a soja somaram 92,7% da estimativa da produção e 87,1% da área colhida. Em relação a 2019, foi verificada alta de produção de 7,1% para a soja, de 7,7% para o arroz, de 2,7% para o milho (2,3% na primeira safra e 2,8% na segunda) e de 2,8% para o algodão herbáceo.

Entre as regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, com 121,7 milhões de toneladas (47,9%); Sul, com 73 milhões de toneladas (28,8%); Sudeste, com 25,7 milhões de toneladas (10,1%); Nordeste, com 22,6 milhões de toneladas (8,9%) e Norte, com 11 milhões de toneladas (4,3%).

Segundo o IBGE, estado do Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,7%, seguido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,1% do total nacional.

AB

Concerto virtual marca 60 anos da Orquestra Sinfônica Nacional

0
Foto: Larisa Birta/Unsplash

A Orquestra Sinfônica Nacional (OSN) completa hoje (12) 60 anos, com um concerto virtual ao meio-dia. O concerto terá a participação de músicos aposentados, como Odete Ernest Dias (flautista) José Botelho (clarinetista) e Sandrino Santoro (contrabaixista).

O repertório inclui as Bachianas Brasileiras nº 7, de Heitor Villa-Lobos, com o movimento Fuga. O aniversário ocorre após os 60 anos da Universidade Federal Fluminense (UFF), no dia 18 de dezembro, ao qual a orquestra está vinculada.

A OSN foi criada pelo Decreto nº 49.913, de 12 de janeiro de 1961, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, vinculada ao Serviço de Radiodifusão Educativa (SRE), com a finalidade de cultivar e difundir a música sinfônica do país.

Na avaliação do reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, “essa convergência de datas revela uma sinergia de desafios comuns entre a UFF, universidade pública com maior número de alunos no país, e a OSN, importante patrimônio da arte brasileira. E se o momento é difícil, é preciso orientar nossas instituições para seu compromisso primeiro com a educação e a cultura brasileiras”, ressaltou o reitor.

Formação

Para formar a orquestra, foram reunidos todos os músicos sinfônicos da Rádio Nacional e da Rádio MEC, considerados a elite dos músicos brasileiros à época, e realizado concurso para contratação dos demais integrantes. O primeiro concerto da OSN, porém, só aconteceu no fim de 1961, no Maracanãzinho.

Os dados são de pesquisa feita no Acervo Digital do Jornal do Brasil pelo atual diretor de Teatro da Universidade Federal Fluminense (UFF), Robson dos Santos Leitão, quando coletava dados para o livro Orquestra Sinfônica Nacional 1961/2011, 50 Anos de Histórias e Música, comemorativo do cinquentenário da orquestra. O livro foi lançado em 2014. O Jubileu de Ouro foi celebrado com a Série 50 anos OSN-UFF, sob a regência dos maestros convidados Samy Fucks, Tobias Volkmann, Roberto Duarte, Norton Morozowicz e Henrique Morelembaum.

Função social

A OSN integrou a Campanha Nacional de Radiodifusão Educativa. A Rádio MEC produziu centenas de gravações exclusivas da orquestra, atingindo público diversificado e cumprindo sua função social. Suas programações eram elaboradas a cada ano por um Conselho Artístico, cuja presidência era exercida pelo diretor do Serviço de Radiodifusão Educativa, conforme definido no decreto de criação.

Grandes nomes do cenário nacional, entre eles os maestros e compositores Francisco Mignone, Edino Krieger, César Guerra-Peixe, Hekel Tavares, Camargo Guarnieri, Mario Tavares, são exemplos de nomes que participaram da OSN, não só com as suas participações como músicos, mas também na regência de suas próprias obras.

No período de 1961 a 1972, importantes maestros participaram dos concertos da Orquestra Sinfônica Nacional, como Isaac Karabtchevsky e John Neschling, e solistas como Nelson Freire e Jean Pierre. Na década de 70, a Rede de Televisão TVE – Cultura fez o registro e a transmissão dos concertos semanalmente, o que permitiu que a OSN e os seus músicos fossem conhecidos pelo grande público.

UFF

Em 1982, o presidente João Figueiredo publicou o Decreto nº 87.062 que extinguiu o Serviço de Radiodifusão Educativa (SRE) do MEC, no qual a OSN estava lotada, transferindo seu acervo para a Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa (Funtevê). Em 1984, a OSN, por meio do violonista mineiro José Epaminondas de Souza e a Universidade Federal Fluminense, na gestão do reitor José Raymundo Martins Romeo, iniciaram conversas para manter a orquestra, buscando alocar os profissionais no quadro da universidade e resgatar o seu acervo, que havia sido destinado por decreto à Funtevê.

Somente em 1986, os 63 músicos da orquestra foram transferidos oficialmente para o quadro de servidores da UFF. Atualmente, a orquestra é composta por 83 músicos.

Em 2019, foi realizado o último concurso para atualização do quadro. O principal regente convidado é o maestro argentino Javier Logioia Orbe. Os regentes convidados permanecem à frente da orquestra por dois anos, mas regem apenas entre 60% e 70% da temporada. O restante é regido por maestros convidados especificamente para um determinado repertório, “quando não é pensado em conjunto”, disse Juliana Amaral, coordenadora de Música do Centro de Artes UFF, ao qual a OSN está vinculada.

No ano passado, a OSN-UFF fez somente uma apresentação presencial em março, na Sala Cecília Meireles. Com a pandemia do novo coronavírus, a orquestra produziu sete vídeos musicais que estão disponíveis no seu canal do You tube e no canal do Centro de Artes da UFF. Todo o conteúdo foi idealizado para as redes sociais e recebeu do público mais de 40 mil interações e visualizações.

Nos primeiros quatro ou cinco meses de 2021, a meta é ainda manter atividades e concertos online. “Depois, com a vacinação, a ideia é retomar as apresentações presenciais com, pelo menos, três concertos”, informou Juliana. No encerramento da temporada deste ano, está prevista a realização de um “Concerto em Celebração à Vida”, exaltando o “cenário de um retorno ampliado ao convívio social e cultural no país, marco tão almejado diante do quadro que assola todo o planeta”, reforçou o Centro de Artes UFF.

AB

Ministério pede avanço de reformas para manter fábricas no país

0
Foto: Pierre Châtel-Innocenti/Unsplash

A melhoria do ambiente de negócios e o avanço das reformas estruturais são necessários para reduzir o custo de manter empresas no país, informou hoje (11) o Ministério da Economia. Em nota, a pasta lamentou a decisão da montadora Ford de encerrar a produção no Brasil e destacou que a saída do país contrasta com a recuperação na indústria nos últimos meses.

“O Ministério da Economia lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise”, divulgou a pasta esta noite em comunicado.

Segundo a equipe econômica, o governo tem promovido ações para reduzir o custo de manter negócios no país. No entanto, a pasta pediu a aprovação de reformas que modernizem a economia brasileira. “O ministério trabalha intensamente na redução do custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”, concluiu o texto.

Repercussões

Entidades do setor produtivo também destacaram a necessidade da aprovação de reformas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou, em nota, que a reforma tributária deve ser a prioridade para reduzir o principal entrave à competitividade do setor industrial brasileiro.

“O Brasil tem que lutar para melhorar sua competitividade, pois, além das fábricas, há toda uma cadeia automotiva que inclui redes de concessionárias, fornecedores de partes e peças e diversos outros serviços. Essa decisão reforça a urgência de se avançar na agenda de competitividade e redução do custo Brasil”, destacou em comunicado o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) o encerramento das atividades da Ford representa “uma triste notícia para o país”. A entidade também pediu a aprovação de uma agenda que reduza o custo Brasil e criticou a alta tributação sobre os automóveis praticada no país.

“A alta carga tributária brasileira faz diferença na hora da tomada de decisões. O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta dos impostos”, informou a Fiesp. “Precisamos urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos de que o Brasil tanto precisa”, concluiu a entidade em nota.

AB

OMS fará visita de inspeção à China na quinta-feira

0
Foto: Unsplash

Mais de um ano depois do início da pandemia, uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por investigar a origem do novo coronavírus, vai iniciar na quinta-feira (14) uma visita à China, inicialmente prevista para a semana passada, informaram as autoridades chinesas.

Na semana passada, a viagem foi cancelada por falta de autorizações necessárias, o que foi dado agora pelo governo chinês.

“Após discussões, a equipe de especialistas da OMS […] visitará a China a partir de 14 de janeiro para inspeções”, informou a Comissão de Saúde da China, em comunicado, acrescentando que os peritos “conduzirão investigações conjuntas com cientistas chineses sobre as origens da covid-19”.

Pequim não forneceu mais informações sobre o programa da visita, mas é esperado que os especialistas sejam colocados em quarentena na chegada ao país.

Na terça-feira, numa rara demonstração de tensões entre a OMS e o governo chinês, o diretor daquela agência das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus, disse estar “muito decepcionado” com os obstáculos colocados pelas autoridades chinesas à chegada dos especialistas, para uma missão que sofreu meses de atrasos.

Equipe da OMS irá até Wuhan

A missão é formada por técnicos ligados à OMS, à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e à Organização Mundial de Saúde Animal, tendo como principal objetivo viajar até Wuhan, onde foram notificados os primeiros casos de covid-19, no final de 2019.

Cientistas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietnã, Alemanha e Catar farão parte da missão.

Especialistas da OMS já visitaram a China, em fevereiro e julho do ano passado, para investigar as origens do novo coronavírus, embora em ambas as ocasiões poucos detalhes tenham sido divulgados. A visita é um assunto sensível para o governo chinês, preocupado em afastar responsabilidades em relação à pandemia.

Nas últimas 24 horas, a China identificou 103 novos casos de covid-19, o total mais alto desde o fim de julho. O país somou 87.536 infectados desde o início da pandemia e 4.634 mortos.

A pandemia de covid-19 provocou 1.926.570 mortes resultantes de mais de 89 milhões de casos de infecção em todo o mundo.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

AB

Alunas da USP são premiadas por criar aplicativo para alfabetização

0
Foto: Rami Al-zayat/Unsplash

O projeto de um aplicativo de celular para alfabetização, desenvolvido por quatro alunas da Universidade de São Paulo (USP), conquistou o primeiro lugar em uma competição internacional promovida pela Arizona State University, nos Estados Unidos. O programa, criado pelas estudantes do curso de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, foi premiado na categoria Comunicação de Impacto.

O projeto do aplicativo é direcionado para pessoas que podem ler sentenças curtas, escrever o próprio nome, mas são incapazes de ler livros – conhecidos como analfabetos funcionais. A solução também poderá ser útil para os que são completamente analfabetos, ou seja, não conseguem ler ou escrever nem uma palavra. Nesse caso, eles precisarão de apoio – de familiares ou de professores.

“Quem aprendeu a ler e escrever desde pequeno não consegue enxergar que esse processo de aprendizagem se torna um grande desafio quando você é adulto”, destaca Luiza Machado, uma das alunas que desenvolveu o aplicativo.

Segundo as alunas, o primeiro desafio encontrado foi saber se os analfabetos funcionais poderiam utilizar o celular. Mas as estudantes encontraram diversas pesquisas sobre o assunto que mostraram, por exemplo, que mais de 80% deles usam o WhatsApp, especialmente porque têm a opção de enviar mensagens de voz. 

Com isso em mente, o projeto, chamado de ABC, foi moldado de forma a ajudar na alfabetização por meio de vídeos e dicas. Será possível também avaliar o progresso do aprendizado respondendo a questões e realizando exercícios. “A proposta é que os usuários possam aprender escolhendo as lições segundo seus temas de interesse”, conta Luiza.

O novo desafio das quatro alunas – Luísa Moura, Ana Laura Chioca Vieira, Marina Machado e Luiza Machado – é, em 2021, colocar o projeto em prática . Para isso, as estudantes estão buscando trocar experiências com quem já desenvolveu aplicativos e com especialistas na área de educação. Para entrar em contato, o interessado pode enviar e-mail aplicativoabc@gmail.com.

AB

Ozires Silva, fundador da Embraer, completa 90 anos

0

Fundador da Embraer, o coronel Ozires Silva completou 90 anos. Nascido em Bauru, no interior paulista, Ozires iniciou a carreira na Força Aérea Brasileira em 1948. Como piloto, serviu na região da Amazônia. Em 1959, se mudou para São José dos Campos para estudar engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Em 1965, chefiou a equipe de 300 pessoas que desenvolveu o primeiro avião brasileiro. A Embraer, então uma empresa estatal, foi fundada em 1970 para fazer a produção em série da aeronave de pequeno porte, chamada de Bandeirante.

Ozires permaneceu à frente da Embraer até 1986, quando foi designado presidente da Petrobras. Em 1994, voltou a comandar a fabricante de aviões para conduzir o processo de privatização da empresa.

Otimismo

“A Embraer foi criada por sonhos. Sonhos, iniciativa e competência de pessoas como vocês que ao longo do tempo que se dedicaram, com muito esforço, a vencer no mundo competitivo que nós vivemos hoje”, disse o coronel em mensagem em vídeo aos funcionários da companhia lançada em abril do ano passado. Na ocasião, acabava de ser anunciada a desistência da norte-americana Boeing de se fundir com a Embraer.

Ozires passou uma mensagem de otimismo em relação ao futuro da fabricante brasileira, mesmo após a desistência do negócio planejado por anos e a retração do mercado provocada pela pandemia de coronavírus. “Pensem que a Embraer vai ter que enfrentar esse desafio como foi o desafio de fabricar aviões, conquistar o mercado internacional, conseguir as certificações necessárias, enfim, fazendo com que os nossos aviões estejam voando no mundo todo”, disse à época.

Diante da homenagem prestada pela fabricante, Ozires Silva gravou um vídeo deixando seu agradecimento, mas, mais do que isso, passando uma bonita mensagem que, como sempre acontece em suas sábias palavras, mostra a lucidez que o engenheiro brasileiro ainda tem aos seus 90 anos.

“Essa nossa companhia veio ao mundo para ficar. Ela vai permanecer ao longo de muitos anos, gerando empregos, oportunidades e criando subsidiárias”, previu.

Sinopse do Filme

A Embraer lançou um curta-metragem, em animação, que retrata a trajetória e obstáculos que Ozires teve que enfrentar para conseguir colocar em prática o sonho de fabricar aviões no Brasil.

Assista aqui ao curta-metragem:

A história de vida de um menino que sonhava fabricar aviões no Brasil na década de 1940 é o fio condutor desse curta-metragem com duração de 14 minutos. Baseado em fatos reais, a animação revela detalhes da vida do engenheiro Ozires Silva, o oficial da aeronáutica que dedicou sua vida a um ideal de infância e liderou a criação da Embraer, um dos maiores fabricantes de aeronaves do mundo.

No filme são relatadas a cumplicidade de uma amizade; a surpresa ao saber que o Brasil teria uma escola de engenharia aeronáutica; e o papel de um francês que o ajudou a idealizar a máquina voadora mais adequada para levar o desenvolvimento às regiões mais remotas.

Repleto de mensagens sobre ousadia, perseverança e entusiasmo, a produção em computação gráfica 3D envolve o público de todas as idades pela narrativa lúdica de que sempre vale a pena perseguir os nossos sonhos.

Agência Brasil, Embraer e Aeroin

Digitalização de serviços públicos gera economia de R$ 2 bi por ano

0
Foto: Niek Verlaan/Pixabay

A digitalização dos serviços públicos gerou economia de R$ 2 bilhões por ano, sendo R$ 1,5 bilhão para a população e R$ 500 milhões para o governo. A estimativa consta de balanço divulgado hoje (8) pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

O número de cidadãos cadastrados no Portal do Governo Federal, que unifica os sites do governo e permite o acesso a serviços por um login único, está em 88 milhões. Isso representa 51 vezes mais que o total registrado em janeiro de 2019, quando apenas 1,7 milhão de brasileiros usavam os serviços de forma digital.

Atualmente, o portal gov.br oferece 4.137 serviços de 193 órgãos federais, dos quais 2.670 (64,5%) são totalmente digitalizados. O portal disponibiliza ainda 640 serviços (15,5%) parcialmente digitalizados, com etapas executadas no portal, mas que ainda exigem algum procedimento presencial, como entrega de documentos. Por fim, existem 827 serviços não digitais (20%), que só podem ser iniciados no site, mas exigem a presença física nas demais fases.

No ano passado, o Ministério da Economia lançou a Estratégia de Governo Digital 2020-2022, com o objetivo de chegar ao fim do próximo ano com 100% dos serviços públicos e dos portais federais digitalizados. A meta de digitalizar 1 mil serviços nos dois primeiros anos do atual governo foi alcançada em outubro, tendo sido acelerada por causa da pandemia de covid-19.

Segundo o Ministério da Economia, a necessidade de evitar aglomerações durante a pandemia acelerou o cronograma, com o governo dando prioridade para serviços que beneficiam grande número de pessoas, como os pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição e de auxílio emergencial e o seguro-desemprego do empregado doméstico.

Entre os serviços totalmente digitalizados, estão a Carteira Digital de Trânsito, a Carteira de Trabalho Digital e o aplicativo Meu INSS, que permitem atendimento inteiramente online. Em relação ao Meu INSS, o governo promove, desde agosto, um projeto piloto de realização de prova de vida pelos aposentados de forma exclusivamente digital, por meio do sistema de biometria facial pelo celular.

AB

IBGE: indústria cresce 1,2% em novembro, sétima alta consecutiva

0
Foto: Peter H/Pixabay

Pelo sétimo mês seguido, a produção da indústria nacional cresceu frente ao mês anterior, com alta de 1,2% em novembro contra outubro. Entretanto, de janeiro a novembro de 2020, o setor registrou perda de 5,5%. No acumulado em 12 meses, a queda foi de 5,2%. Mesmo com o desempenho positivo recente, a produção industrial ainda se encontra 13,9% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra ainda que, em relação a novembro de 2019, a indústria avançou 2,8%.

Segundo o IBGE, todas as grandes categorias tiveram alta frente a outubro, com destaque para bens de capital (7,4%) e bens de consumo duráveis (6,2%), que apresentaram as maiores taxas positivas. É o sétimo mês seguido de expansão na produção em ambas as áreas, com acúmulo de 129,7% na primeira e 550,7% na segunda. As duas categorias estão acima do patamar pré-pandemia de covid-19: 12,2% e 2,7%, respectivamente.

Ainda na comparação com outubro, bens de consumo semi e não duráveis (1,5%) e bens intermediários (0,1%) também cresceram em novembro, revertendo as quedas de 0,1% e 0,4%, respectivamente, no mês anterior.

Avanço é analisado

Para o gerente da pesquisa, André Macedo, o resultado de novembro mostra a manutenção do quadro dos últimos meses. “O avanço é quase o mesmo do mês anterior e faz com que o setor siga ampliando o aumento com relação ao patamar pré-pandemia. E houve um predomínio no crescimento, ou seja, todas as categorias e a maior parte das atividades tiveram aumento”, disse, em nota.

“O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias segue sendo a maior influência da indústria nacional. Com a alta de 11,1% apresentada em novembro frente a outubro, a atividade, após quedas nos meses críticos da pandemia, acumula expansão de 1.203,2% em sete meses consecutivos, superando em 0,7% o patamar de fevereiro”, informou o IBGE.

De acordo com o instituto, o crescimento do setor também se reflete em outros ramos, já que a produção de veículos influencia  atividades como metalurgia, com estímulo da produção de aço, e outros produtos químicos, área que engloba tintas de pintura, por exemplo. Ambas tiveram alta em novembro, de 1,6% e 5,9%, respectivamente. “É a tendência deste período de retomada da produção após os meses mais rigorosos de isolamento”, afirmou Macedo sobre o crescimento no setor de veículos.

Outras atividades que deram contribuições positivas ao resultado de novembro foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), máquinas e equipamentos (4,1%), impressão e reprodução de gravações (42,9%), couro, artigos para viagem e calçados (7,9%), bebidas (3,1%), produtos de metal (3,0%) e outros equipamentos de transporte (12,8%).

Entre as nove atividades que tiveram queda em novembro, os principais impactos negativos foram produtos alimentícios (-3,1%), com redução de 5,9% em dois meses consecutivos de queda, eliminando a expansão de 4% registrada entre julho e setembro; indústrias extrativas (-2,4%), com o terceiro mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 10,4%; e produtos farmoquímicos e farmacêuticos, queda de 9,8%, interrompendo dois meses de resultados positivos consecutivos.

Ab

Fiocruz deve iniciar produção da vacina de Oxford em 20 de janeiro

0
Foto: Unsplash

Com a chegada dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) importados em meados de janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz prevê que a produção da vacina AstraZeneca/Oxford no Brasil deve começar no dia 20 deste mês. O imunizante previne contra a covid-19 e já começou a ser aplicado no Reino Unido.

Por meio de um acordo de transferência de tecnologia, o Complexo Industrial de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, que fica na zona norte do Rio de Janeiro, foi preparado para processar o IFA e deve entregar o primeiro milhão de doses ao Ministério da Saúde entre 8 e 12 de fevereiro.

A previsão da Fiocruz é que a produção ganhe maior escala nas semanas seguintes. A partir de 22 de fevereiro, Bio-Manguinhos deve entregar 700 mil doses diárias ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O acordo entre o governo federal, a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford prevê que 100,4 milhões de doses serão produzidas no primeiro semestre de 2021 com ingrediente farmacêutico ativo importado.

No segundo semestre, a Fiocruz vai nacionalizar a produção do IFA, o que permitirá entregar mais 110 milhões de doses ao PNI.

Uso emergencial

A Fiocruz deve apresentar até amanhã (8) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de uso emergencial de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford que o governo negocia para importar da Índia. Representantes da Fiocruz têm uma reunião na agência reguladora nesta tarde para tratar da questão.

Com o pedido protocolado e aprovado pela Agência, o início da vacinação poderá ocorrer ainda em janeiro. Na Índia, as doses da vacina AstraZeneca/Oxford são produzidas pelo Instituto Serum, o maior produtor de vacinas do mundo. 

As negociações para a importação estão avançadas e as doses devem custar 5,25 dólares cada uma, o que gera um valor total de cerca de R$ 60 milhões, incluídos os custos com a operação (etiqueta e bula), armazenagem e transporte das vacinas.

Já o registro definitivo da vacina AstraZeneca/Oxford no país continua em avaliação na Anvisa, e a previsão da fundação é que todos os documentos necessários para a aprovação sejam entregues até o dia 15 de janeiro.

AB

354 milhões de doses estão asseguradas em 2021, diz Pazuello

0
Foto: Gedesby1989/Pixabay

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje (6), em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que o Brasil tem asseguradas, para este ano, 354 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Do total, 254 milhões serão produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a AstraZeneca, e 100 milhões pelo Butantan, em parceria com a empresa Sinovac.

Pazuello anunciou também a edição de uma medida provisória que trata de ações excepcionais para aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística.

O ministro informou que o ministério está em processo de negociação com os laboratórios Gamaleya, da Rússia, Janssen, Pfizer e Moderna, dos Estados Unidos, e Barat Biotech, da Índia.

Segundo Pazuello, estão disponíveis atualmente cerca de 60 milhões de seringas e agulhas. “Ou seja, um número suficiente para iniciar a vacinação da população ainda neste mês de janeiro”, disse o ministro. “Temos, também, a garantia da Organização Panamericana de Saúde [Opas] de que receberemos mais 8 milhões de seringas e agulhas em fevereiro, além de outras 30 milhões já requisitadas à Abimo [Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos], a associação dos produtores de seringas”. 

Pazuello destacou que o Brasil está preparado logisticamente para a operação de vacinação. “Hoje, o Ministério da Saúde está preparado e estruturado em termos financeiros, organizacionais e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19”, disse.

Sobre a vacina da Pfizer, o ministro destacou os esforços para resolver as “imposições que não encontram amparo na legislação brasileira”, como a isenção de responsabilização civil por efeitos colaterais da vacinação e a criação de um fundo caução para custear possíveis ações judiciais. O ministro disse ainda que em breve o Brasil será exportador de vacinas para a região. 

Medida Provisória 

Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida provisória citada por Pazuello prevê que o Ministério da Saúde será o responsável por coordenar a execução do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19. A norma também prevê a contratação de vacinas e de insumos, antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o treinamento de profissionais para imunizar a população. “Asseguro que todos os estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à sua população”, destacou ao reafirmar que a vacina será gratuita e não obrigatória.

AB