Início Site Página 68

Aprovado texto-base de projeto que permite compra de vacinas por empresas

0
Foto: Hakan Nural/Unsplash

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6), por 317 votos a 120, o texto-base da proposta que permite à iniciativa privada comprar vacinas contra a Covid-19 para a imunização gratuita de seus empregados, desde que doe a mesma quantidade ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A votações dos destaques que podem alterar o texto vai prosseguir nesta quarta-feira (7), em sessão do Plenário marcada para as 13h55. Confira a pauta completa.

O texto-base aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), que faz alterações no Projeto de Lei 948/21, do deputado Hildo Rocha (MDB-MA). A aquisição das vacinas, segundo o texto, poderá ser feita pelas pessoas jurídicas de direito privado, individualmente ou em consórcio.

Poderão ser vacinados ainda outros trabalhadores que prestem serviços a elas, inclusive estagiários, autônomos e empregados de empresas de trabalho temporário ou de terceirizadas.

As emendas pendentes de votação pretendem, por exemplo, proibir que as empresas deduzam os valores gastos com a compra de vacinas de qualquer tipo de tributo devido, embora não exista permissão para isso no texto. Outra emenda quer permitir às associações sem fins econômicos o repasse do custo da compra de vacinas para seus associados.

Laboratórios

Essas compras, se feitas junto a laboratórios que já venderam vacinas ao governo federal, poderão ocorrer apenas depois do cumprimento integral do contrato e da entrega dos imunizantes ao Ministério da Saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou cinco vacinas, sendo duas para uso emergencial (Janssen e Coronavac) e as demais já com registro definitivo (AstraZeneca e Pfizer). A AstraZeneca é contada duas vezes, pois considera as doses importadas da Índia e aquelas produzidas no País.

Entre as vacinas previstas no cronograma do Ministério da Saúde, duas ainda não têm autorização para uso no Brasil: Covaxin (Índia) e Sputnik V (Rússia).

Prioridades

Outra novidade no texto de Celina Leão é que a vacinação dos empregados deve seguir os critérios de prioridade estabelecidos no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Quanto às pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos (associações ou sindicatos, por exemplo), a permissão vale para seus associados ou cooperados.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Agência Câmara de Notícias

Venda de veículos cresce 15,78% em março

0
Foto: Lenny Kuhne/Unsplash

Em março, o emplacamento de veículos – considerando-se a venda de automóveis e veículos comerciais leves (como picapes e furgões), ônibus e caminhões – cresceu 15,78% em comparação ao ano passado.

A informação foi foi divulgada hoje (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com fevereiro, houve crescimento de 13,16%, com o emplacamento de 189.405 veículos.

Quando se considera o emplacamento de todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), porém, o crescimento fica em 8,26% em relação ao resultado de março do ano passado, quando teve início a pandemia do novo coronavírus. Em março último, foram vendidas 269.944 unidades, com aumento de 11,52% em relação a fevereiro.

No acumulado do ano, de janeiro a março, houve queda de 6,55% na venda de todos os segmentos na comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Fenabrave, todos os segmentos automotivos continuam sofrendo com problemas de abastecimento de produtos pela indústria, afetada pela falta de peças e componentes e pela paralisação da produção em algumas unidades fabris.

“Os concessionários de veículos estão passando por um período muito difícil. Em 2020, quando ocorreu a primeira onda da pandemia da covid-19, tínhamos estoques, e a indústria trabalhava sem problemas de abastecimento. Hoje os estoques praticamente não existem, tanto nas concessionárias como nos pátios das montadoras. A falta generalizada de peças e componentes vem provocando a paralisação das linhas de montagem de várias montadoras, prejudicando a oferta de veículos”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Segundo Alarico Júnior, o mês de março foi mais positivo porque as vendas ocorreram em meses anteriores. “Muitas dessas vendas já tinham sido realizadas nos meses anteriores, e os clientes estavam aguardando a entrega dos veículos, pelos fabricantes, o que ocorreu em março. Isso justifica o bom desempenho do mês, mesmo com o fechamento do comércio em estados importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, disse ele, em nota.

Automóveis e comerciais leves

As vendas no segmento de automóveis e veículos comerciais leves subiram 13,69% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 177.109 unidades comercializadas. Em relação a fevereiro de 2021, houve alta de 11,93%.

Agência Brasil

Implementação do 5G e avanços em conectividade serão legado

0
Foto: Frederik Lipfert/Unsplash

Em entrevista nesta segunda-feira (5), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, falou sobre o que considera que será seu legado para os próximos 10 anos: a implementação do padrão da nova geração de internet (5G) no Brasil.

“Temos um deserto digital muito grande. São 45 milhões de brasileiros sem acesso à internet. Estamos aproveitando o leilão 5G para diminuir esse deserto digital e, até 2028, vamos levar internet para todos os brasileiros”. O ministro afirmou que a missão de conexão de todos os brasileiros é um esforço conjunto e uma exigência do governo.

Faria também foi questionado sobre assuntos políticos diversos, como a atual composição do governo, o papel da comunicação e da imprensa na atual gestão, mudanças políticas e sobre o cenário que acredita que será o palco das eleições federais de 2022. 

Sobre as recentes mudanças na estrutura política, e as mudanças de comando nas Forças Armadas, Faria afirmou que há continuidade no projeto democrático do atual governo federal e que especulações sobre ingerência ou interferência política nos comandos militares são infundadas.

Sobre a troca efetuada pelo presidente Jair Bolsonaro no comando do Ministério da Defesa e a consequente mudança no comando da Marinha, Força Aérea e Exército, Faria afirmou que não há qualquer razão para preocupação. Faria explicou que o processo faz parte da tradicional hierarquia militar, que geralmente organiza posições de comando pelo critério de antiguidade. 

“É normal que os comandantes das Forças sejam mais jovens do que o ministro da Defesa. Foram trocas consensuais. O ministro Braga Netto é mais moderno. Os três antigos comandantes e os três novos comandantes estarão presentes na troca para demonstrar que há total harmonia no processo. Não muda em nada o respeito à democracia”, explicou.

Eleições 2022

Sobre política e a previsão do cenário eleitoral de 2022, Faria afirmou “Lula ainda não está na vitrine”. Segundo o ministro, o presidente Jair Bolsonaro tem plena consciência de que haverá um embate político que poderá levar ao segundo turno em 2022, seja contra Lula ou contra o adversário escolhido pela oposição. “O presidente Bolsonaro sempre soube que iria enfrentar o PT em 2022 em segundo turno. Não mudou nada”, afirmou.

“O presidente Bolsonaro foi anti-PT e derrotou grandes políticos. Agora, temos um governo que realizou muita coisa. As pessoas estão preocupadas com a pandemia e as pessoas não querem saber de política, querem saber quando vão se vacinar.”

Legado

O ministro revelou também o que considera o pior momento de sua atual gestão: os momentos iniciais frente ao Ministério das Comunicações – quando, segundo Faria, havia grande atrito entre os poderes. 

Sobre o ápice de sua carreira como ministro, Faria afirmou que a entrega do edital do leilão da tecnologia 5G para o Tribunal de Contas da União (TCU) foi o momento mais marcante. Fábio Faria disse ainda que seu legado será o 5G no Brasil, a ampliação da conectividade em áreas remotas e a expansão de diálogo em um Brasil “amplamente dividido.”

Responsável pela pasta desde 17 de junho de 2020, o ministro está a frente das negociações para a implementação da nova geração de internet no Brasil e trabalha como consultor do assunto na comissão especial do 5G no Congresso. Ele está, ainda, no comando de estatais incluídas no Plano Nacional de Desestatização (PND) do governo federal. Fábio Faria é considerado figura estratégica na articulação política do governo com o Legislativo e também é avaliado como apaziguador de eventuais conflitos entre os Poderes.

Fábio Faria foi entrevistado na estreia do novo formato do programa Sem Censura, que foi ao ar nessa segunda-feira (6) na TV Brasil, sob o comando da jornalista Marina Machado. Em suas considerações finais, Faria relembrou o histórico do Sem Censura, que desde 85 coloca temas de interesse público em debate.

Fábio Faria foi entrevistado pelos jornalistas Marianna Holanda, do Estadão, e por Fábio Murakawa, do Valor Econômico, sobre a atual conjuntura política, mudanças no governo e sobre a articulação do governo antes e durante a pandemia de covid-19.

Veja aqui a íntegra do programa Sem Censura

Agência Brasil

Butantan entrega mais 1 milhão de doses de vacina contra covid-19

0
Ilustração: Pixabay

O Instituto Butatan entregou hoje (5) mais um milhão de doses da vacina contra o coronavírus ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com o lote desta manhã, o instituto forneceu um total de 37,2 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, para serem distribuídas em todo o país.

Até o fim deste mês, o Butantan deve finalizar o primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para fornecimento de 46 milhões de doses do imunizante. Até o fim de agosto devem ser fornecidas mais 54 milhões de doses ao PNI, totalizando 100 milhões de doses de CoronaVac.

Já foram aplicadas no estado de São Paulo 6,4 milhões de doses de vacina, sendo 1,6 milhão de segunda dose da imunização.

Agência Brasil

Toda loucura começa com a despersonalização

0
Foto: Salvatore Ventura/Unsplash

Um dos principais métodos dirigicionistas de comportamento, sobretudo quando o objetivo final é a manipulação de determinada sociedade, é atacar duramente a personalidade do indivíduo, a fim de arruiná-la.

Em outras palavras, para tornar o homem menos humano, e mais distante de si mesmo e do outro, é medida muito eficiente incentivar a sua despersonalização, levando-o a identificar-se apenas em manada, até que se esqueça, ou até mesmo rejeite, suas características únicas e pessoais, e ignore, por completo, que cada um de nós é irrepetível e portador de um mistério profundo e inabarcável.

Não foi por acaso que uma das maiores loucuras e barbáries ocorridas na história do mundo, sob o comando de um doente mental egocêntrico e perverso, originou-se, exatamente, de um longo processo de padronização dos indivíduos, através de uma propaganda dirigida a fazer com que se identificassem como membros pertencentes a uma casta superior. O orgulho comunitário da raça ariana, disseminado e cultivado cuidadosamente entre os alemães, foi o pano de fundo que permitiu a ascensão das tresloucadas ideias de Hitler, as quais foram aceitas sem sobressaltos, não por indivíduos, que certamente as questionariam, mas por um rebanho de homens brancos germânicos, previamente despersonalizados.

A massificação é um instrumento de controle social tão poderoso que o uso de uniformes rigorosamente idênticos, e o cultivo de comportamentos absolutamente sincronizados, foi utilizado não apenas por Hitler para dominar o exército alemão, mas também foi apresentado por George Orwell, através da metáfora do macacão azul, padrão de vestimenta obrigatório, no profético romance 1984. [1]

Não é possível controlar o homem sem, antes, fazer com que perca a consciência de sua individualidade e se esvazie o caráter de sua identidade.  Nada é mais dócil do que um homem que não quer nada além de “ser como os outros”.

Nisso, ficamos diante do famoso e muito apropriado conceito de homem-massa, apresentado por Ortega y Gasset,[2] o qual, segundo insiste o filósofo espanhol, nada tem a ver com classe ou camada social, mas sim com um tipo de postura adotada diante da vida e da realidade.

Que postura seria esta que particulariza o homem-massa?

Trata-se da postura de, irrefletidamente, deixar-se arrastar pela corrente, pelo moderno, pelo atual, por aquilo que está “na moda”. Nada de tradição, nenhum senso histórico, apenas o que está na “ordem do dia” ou, diríamos, “em voga”. Em consequência disso, uma enorme fragilidade diante da vida e dos acontecimentos, que leva o homem-massa a ser birrento e dado à vitimização… todos os direitos, nenhum dever… Eis o retrato não apenas de nossos jovens, mas de nossa sociedade, do homem médio, que espera e crê que algo ou alguém é responsável direto por seu destino e por sua felicidade ou infelicidade. Talvez Deus ou, pior ainda, o Estado.

O senso de responsabilidade no homem-massa é apagado pela nebulosa concepção de que, se pertence a um grupo, se é tão somente uma ínfima engrenagem de uma imensa máquina em movimento, alguém é responsável por ele, e pode, então, espernear até ser plenamente atendido em todas as suas necessidades, mesmo que as soluções tenham de cair do céu. Não é capaz de reconhecer o valor dos que, comprometidos, trabalham, empreendem, arriscam-se sem a certeza da recompensa e da justa remuneração e que, com seus esforços, movem a sociedade.

Portanto, deparamo-nos com o onipresente problema da superficialidade, que tem em grande medida moldado o homem-massa atual. A superficialidade, esse “deus” cultuado nos templos das academias e nas clínicas de estética. Ser? Bobagem! A mera aparência do ser é muito mais recompensadora e pode ser exibida em milhares de fotos nas redes sociais.

Mais uma vez, o profético George Orwell, descreveu naquele romance, que, em 1949, quando foi escrito, soava como mera ficção futurista, metáforas perfeitas de tudo quanto estamos vivendo agora. Os personagens eram obrigados a viver, e viviam, em decorrência do hábito transformado em instinto. O celular, hoje, não é mais apenas um meio de comunicação, mas um hábito instintivo que já gera, até mesmo, uma nova categoria de distúrbio mental, a dependência tecnológica, capaz de levar a crises de abstinência gravíssimas. Já se tornou parte do corpo de algumas pessoas, que se sentem amputadas ao saírem de casa sem o aparelho.

A Polícia das Ideias, também descrita no romance 1984, aparece como o politicamente correto de hoje, e lá, como aqui, cada vez mais se configura como um crime gravíssimo ter uma mente livre, ideias próprias e espírito crítico.

Somente neste estado de alienação e loucura, em que nada mais é o que é, mas apenas o que parece ser, que as pessoas serão capazes de aceitar, sem questionamentos, que os pais recebam em suas casas, das escolas, cartas assim redigidas:

QUERIDES ALUNES,

No próximo dia 15, teremos em nossa escola a performance artística Mil Tons de Preto, apresentada pela performer Pablo.

É um trabalho muito forte que contribui para reflexões sobre o racismo, e outras formas de discriminação, nos dias atuais.

Ficaremos muito felizes com a presença de TODES.

Muito bizarro? Mas já está acontecendo, em escolas PÚBLICAS. E quem paga pela performance? Você.

No romance de Orwell, o idioma também foi substituído por uma espécie de dialeto oficial chamado de Novafala, em que as palavras perderam sua significação originária para servir aos interesses do Grande Irmão, que a tudo e a todos controlava. O que pode restar a uma sociedade em que os homens perdem tudo, até o direito básico de se expressar em seu próprio idioma, e tudo aceitam com olhar bovino?

Que tipo de homem é capaz de deglutir, sem nenhuma hesitação, o total desvirtuamento de tudo o que ele conhece por realidade? Somente o homem despersonalizado, o homem não-homem, cuja consciência individual foi enfumaçada por bobagens sem sentido apenas para distraí-lo de sua verdadeira essência e identidade.

Apenas o homem-massa descrito por Ortega y Gasset, que não tem projetos e nem aspirações, que se deixa levar pela maré e só tem em conta seus próprios desejos imediatos. Ele não busca o aperfeiçoamento e nem a autenticidade, antes, vangloria-se de sua vulgaridade e ignorância, e envaidece-se de ser como todos.

Este homem aceitará tudo, e não mais aspirará a nada.


[1] Orwell, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

[2] Gasset, Jose Ortega y. A Rebelião das Massas. São Paulo: Vide Editorial, 2016.


Paula Hemmerich é jurista, católica, esposa e mãe de três filhas. É articulista e escritora. Autora do romance O Olhar de um Pai, publicado pela ID Editora. É também autora de livros infantis, e exerce a função de editora do selo “3 Meninas Edições”.

Fonte: Estudos Nacionais

Governo lança sistema de proteção de dados pessoais

0
Foto: Markus Spiske/Unsplash

O governo federal anunciou um “kit de ferramentas” para impedir a ameaça de invasão e acesso irregular aos dados pessoais inseridos nos sistemas, contratos e processos nos quais dados pessoais precisaram ser analisados.

A inserção desses dados é comum e ocorre em várias circunstâncias. Por exemplo, quando se faz o check-in no aeroporto por meio do Embarque Seguro, por meio da prova de vida digital do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou ao preencher o formulário de solicitação do auxílio emergencial.

Quando um dado é inserido nos sistemas do governo, ele precisa confirmar a identidade informada. Essa confirmação é feita por um servidor público ou um software do governo federal. Em todo caso, esse procedimento é realizado dentro da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Essa lei, de 2018, estabelece regras sobre coleta, armazenagem, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, confere maior proteção e prevê penalidades quando essas regras não são cumpridas.

O “kit de ferramentas” recém-lançado chegou para reforçar o cumprimento da LGPD. Trata-se de um sistema que permite a averiguação de eventuais lacunas de segurança e de privacidade nos sistemas, contratos e processos nos quais dados pessoais precisaram ser analisados. “Trabalhamos pela transparência total no tratamento de dados dos cidadãos e no uso de suas informações pessoais apenas nos casos de consentimento e aplicação de políticas públicas”, disse o diretor do Departamento de Governança de Dados e Informações da Secretaria de Governo Digital, Mauro Sobrinho.

De acordo com a secretaria, 14 diferentes níveis de riscos são averiguados automaticamente por essa ferramenta. Basta que o encarregado da proteção de dados do cidadão dentro do governo federal preencha on-line um questionário sobre o caso específico.

“A LGPD exige muito mais transparência e gestão adequada dos dados dos cidadãos que os órgãos do governo federal precisaram tratar para as políticas públicas. Esses dados já estavam aqui no governo, só que antes da lei não havia um olhar específico e uma coordenação da proteção de dados”, afirmou o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.

Saiba o que é o stalking e como se defender

stalking é um termo usado para se referir ao ato de perseguir alguém na internet é por meio de invasão de contas nas redes sociais, de ligações, envio de SMS que o chamado cyberstalking ocorre. O constrangimento e a perseguição também podem aparecer de outras maneiras: em locais públicos, em casa, e , por exemplo, na divulgação de boatos ou importunações que podem ser causadas por paixão doentia , violência doméstica e ódio à vítima.

Segundo a SaferNet, organização não governamental que se dedica à defesa dos direitos humanos na internet, muitas vezes a pessoa que está sendo vítima de ciberstalking parece ter dificuldade de inicialmente reconhecer esse risco. Porém, a partir do momento em que esses comportamentos se tornam persistentes e perigosos, é possível identificar o ciclo de violência que começa a ser estabelecido. “ Em algumas situações, essa violação se inicia de forma sutil, quando o/a stalker começa a postar coisas em sua linha do tempo ou até mesmo em outros sites, sempre buscando estabelecer um vínculo de maior proximidade. Algumas vezes, ele/ela adiciona ou entra em contato com amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho do seu alvo, com o intuito de ter informações sobre tudo o que a pessoa faz”, alerta a organização.

Ainda segundo a SaferNet alguns cuidados podem ajudar a evitar o problema:

Faça boas escolhas online. Evite divulgar dados como endereço, local de trabalho/estudo ou telefone em redes sociais, sempre configurando o perfil para que apenas pessoas próximas tenham acesso às suas informações.

Tenha cuidado com quem você se relaciona e mantém conversas online, nunca podemos ter certeza de quem está do outro lado da tela. 

Caso esteja sendo vítima de stalking, grave todas as possíveis provas, particularmente aquelas que são explicitamente abusivas ou ameaçadoras, pois elas podem servir de evidências para ser registrado um boletim de ocorrência nos órgãos competentes.

Não interaja com a pessoa que perseguir ou assediar, pois isso pode reforçar o comportamento dela para continuar tendo alguma forma de contato com você.

Bloqueie o contato do stalker em suas redes sociais e denuncie no próprio serviço.

Crime

No último dia 9, o Senado aprovou um projeto que criminaliza o stalking. O texto, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 31 de março, altera o Código Penal e prevê pena de reclusão de seis meses a dois anos e multa para esse tipo de conduta. Antes, a prática era enquadrada apenas como contravenção penal, que previa o crime de perturbação da tranquilidade alheia, punível com prisão de 15 dias a dois meses e multa. Ainda de acordo com o projeto aprovado, o crime de perseguição terá pena aumentada em 50% quando for praticado contra criança, adolescente, idoso ou contra mulher por razões de gênero. Em outros países, como os Estados Unidos, a França e o Canadá, a prática já é prevista em lei.

Por ter pena prevista menor que oito anos, porém, o crime não necessariamente provocará prisão em regime fechado. Os infratores podem pegar de seis meses a dois anos de reclusão em regime fechado e multa.

O projeto também revoga o Artigo 65 da Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei 3.688, de 1941) que previa o crime de perturbação da tranquilidade alheia, com prisão de 15 dias a dois meses e multa. Com a aprovação da proposta, tudo passa a ser enquadrado no crime de stalking.

Agência Brasil

Pequenos negócios geram quase 70% dos empregos em fevereiro

0
Foto: Fran Hogan/Unsplash

O mês de fevereiro registrou um saldo positivo de empregos formais criados no Brasil. Foram 401.639 vagas registradas em carteira, sendo que as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 68,5% dos empregos criados no Brasil. Isso corresponde a um pouco mais de 275 mil vagas geradas pelos pequenos negócios. Já as médias e grandes empresas tiveram saldo positivo de pouco mais de 101 mil vagas no mês.

Esse levantamento foi feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base nos dados do o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou o desempenho das micro e pequenas empresas e sua importância para a recuperação econômica do país.

“Esse é o oitavo mês consecutivo que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos com carteira assinada. São os pequenos negócios que sustentam a geração de empregos nos país e, por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem esse segmento”, disse.

Grandes e médias

Enquanto as micro e pequenas empresas tiveram saldo positivo em todos os setores da economia, as médias e grandes empresas demitiram mais do que contrataram no comércio e na agropecuária, em fevereiro. No primeiro, o saldo negativo foi de 2.107 empregos e no segundo, 1.571. O melhor desempenho das médias e grandes empresas foi no setor de serviços, com saldo positivo de 57.956 empregos gerados.

O setor de serviços também puxou o melhor saldo das micro e pequenas no mês, com 183.944 empregos. Se o desempenho do comércio entre as médias e grandes foi ruim em fevereiro e continua fechando postos de trabalho, o mesmo não se pode dizer das micro e pequenas, com saldo positivo de 92.909. Nos demais setores (construção, indústria de transformação, serviços, serviços industriais de utilidade pública e extrativa mineral) todas as categorias de empresas fecharam o mês com mais contratações do que demissões.

Primeiro bimestre

No acumulado do primeiro bimestre, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação foram os maiores geradores de empregos entre as micro e pequenas empresas. No caso das médias e grandes, o setor de comércio apresenta um saldo negativo de 24.626.

Estados

Entre os estados, o que mais contratou proporcionalmente em fevereiro foi Mato Grosso, com um saldo de 23,26 por mil empregados. Amazonas tem o pior desempenho e foi o único estado com saldo negativo, tanto em números absolutos, com 868 demissões, quanto proporcionalmente, com saldo negativo de 5,65 por mil empregados. Em números absolutos, São Paulo foi o estado com melhor saldo de emprego, 73,7 mil empregos gerados.

Agência Brasil

Ministério eleva a R$ 89,4 bi previsão de superávit comercial este ano

0
Foto: Giorgio Trovato/Unsplash

A alta internacional das commodities (bens primários com cotação internacional) e a recuperação do consumo global levaram o governo a projetar um superávit recorde da balança comercial este ano. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o país deverá encerrar o ano exportando US$ 89,4 bilhões a mais do que importará.

A projeção representa alta de 75% em relação ao superávit de US$ 50,9 bilhões registrado em 2020. Até hoje, o recorde anual na balança comercial foi registrado em 2017, quando o Brasil exportou US$ 66,99 bilhões a mais do que tinha comprado do exterior.

A cada três meses, a Secex atualiza as estimativas de saldo para a balança comercial. Em janeiro, o órgão previa que o indicador encerraria o ano com superávit de US$ 53 bilhões. Os números apresentados hoje mostram crescimento tanto das exportações como das importações em relação à projeção anterior.

De acordo com as previsões da Secex, o país exportará US$ 266,6 bilhões em 2021 e importará US$ 177,2 bilhões. Nas estimativas apresentadas em janeiro, as exportações estavam em US$ 221,1 bilhões; e as importações, em US$ 168,1 bilhões. Na comparação com 2020, o crescimento das exportações saltou de 5,3% para 27%. A alta das importações passou de 5,6% para 20,4%.

Consumo

Segundo o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, dois motivos explicam a elevação da estimativa. O primeiro é a valorização das commodities no mercado internacional. De janeiro a março, os preços médios dos produtos agropecuários subiram 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A valorização dos minerais foi ainda maior: alta de 30% na mesma comparação.

A segunda razão para a equipe econômica revisar as projeções está relacionada ao aumento do consumo internacional, em um cenário de recuperação da pandemia da covid-19. De acordo com o secretário, vários países estão diminuindo o consumo de serviços, normalmente produzidos por economias avançadas, e aumentando as compras de bens físicos, o que favorece países emergentes como o Brasil.

“Novas informações, com base em relatórios internacionais, sugerem que este ano haverá aumento expressivo do comércio global. Em meio à pandemia, o consumo global tem se redirecionado de serviços para bens manufaturados e agrícolas”, explicou Ferraz.

Petróleo

Nos três primeiros meses do ano, o desempenho da balança comercial acumula superávit de US$ 1,648 bilhão, o menor saldo para o período desde 2015. Naquele ano, a balança tinha registrado déficit de US$ 5,577 bilhões nos três primeiros meses. O Ministério da Economia, no entanto, atribui o encolhimento do saldo comercial à importação de plataformas de petróleo ocorridas nos dois últimos meses, que distorceram o resultado.

Essas plataformas, que estavam registradas em nome de subsidiárias da Petrobras no exterior, tinham sido exportadas na década passada sem jamais terem saído do litoral brasileiro. Com o Repetro, o novo regime tributário para o setor de petróleo, e a nova política da estatal, essas plataformas têm o registro transferido para o Brasil, o que configura uma importação.

Segundo o Ministério da Economia, o saldo comercial melhorará significativamente nos próximos meses, com o início da safra de grãos no Brasil e a diminuição das importações de plataformas de petróleo. Apesar do otimismo da pasta, a previsão de superávit comercial está muito acima das estimativas do mercado financeiro. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado projetavam superávit comercial de US$ 55 bilhões para 2021 até o fim da semana passada.

Agência Brasil

Balança comercial tem superávit de US$ 1,482 bilhão em março

0
Foto: Jackson Jost/Unsplash

A importação de plataformas de petróleo fez a balança comercial (diferença entre exportações e importações) registrar o menor resultado para meses de março em seis anos. No mês passado, o Brasil exportou US$ 1,482 bilhão a mais do que importou. O valor é 63% inferior ao de março do ano passado, pelo critério da média diária, e representa o saldo mais baixo para o mês desde 2015.

Com o desempenho de março, a balança comercial acumula superávit de US$ 1,648 bilhão nos três primeiros meses de 2021. No primeiro trimestre, a balança acumula o menor saldo para o período desde 2015. Naquele ano, a balança tinha registrado déficit de US$ 5,577 bilhões nos três primeiros meses.

Em março, as exportações somaram US$ 24,505 bilhões, com crescimento de 27,8% pela média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. Por causa das plataformas de petróleo, as importações atingiram US$ 23,023 bilhões, com alta de 51,7% na mesma comparação.

Principais produtos

No mês passado, as exportações da agropecuária cresceram 34,5% na comparação com março de 2020, puxada pelo início da safra de alguns produtos, como milho e café, e pela alta de 11,5% do preço internacional das commodities (bens primários com cotação internacional). As maiores altas foram observadas nas vendas de algodão bruto (+59,5%), soja (+36,9%) e café não torrado (+24,9%).

Embaladas pela alta de 58,4% na cotação de vários minérios, as vendas da indústria extrativa aumentaram 72,6% em relação a março do ano passado. Os destaques foram o minério de cobre (+267,7%) e de ferro (+152,7%). As exportações da indústria de transformação cresceram 8,3% na mesma comparação, puxadas por açúcares e melaços (+45,3%), ligas de ferro e de aço semiacabadas (+48,2%) e obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+158,5%).

Importações

Em relação às importações, a entrada no país da plataforma de petróleo engordou as compras externas. Sem as operações, a balança comercial teria registrado superávit de US$ 6,988 bilhões em março e teria alta em relação ao resultado de março de 2017, quando o superávit somou US$ 7,136 bilhões.

Até meados da década passada, o Brasil registrava em subsidiárias da Petrobras no exterior plataformas de petróleo que na prática jamais saíam do país. Essas operações eram registradas como exportações. Com o Repetro, novo regime tributário para o setor, várias plataformas estão sendo registradas no Brasil, com o procedimento sendo contabilizado como importação.

Outros destaques nas importações foram o aumento nas compras de gás natural (+229,8%), de medicamentos e produtos farmacêuticos (+52,9%) e soja (+215%). A desvalorização do real, que aumenta o preço das mercadorias de outros países, contribuiu para o aumento do valor importado desses produtos.

Estimativas

Apesar da queda do saldo comercial em março, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia reviu as projeções e aumentou para US$ 89,4 bilhões a previsão de superávit comercial para 2021, o que levaria o indicador a um recorde histórico. A estimativa anterior, divulgada em janeiro, estava em US$ 53 bilhões.

De acordo com o Ministério da Economia, a forte alta no preço das commodities registrada nos últimos meses contribuirá para a melhoria do saldo comercial. Mesmo assim, a nova previsão está muito acima das estimativas do mercado financeiro. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado projetam superávit comercial de US$ 55 bilhões para 2021. Em 2020, a balança comercial tinha registrado superávit de US$ 50,99 bilhões.

Agência Brasil

Setor de máquinas e equipamentos cresce 18% em fevereiro

0
Foto: Isis França/Unsplash

Com receita de R$ 13,8 bilhões, o setor de máquinas e equipamentos registrou crescimento de 18% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2020, segundo balanço divulgado hoje (31) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Nos primeiros dois meses de 2021 a alta ficou em 27,4% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.

Segundo o presidente executivo da Abimaq, José Velloso, a indústria de máquinas tem apresentado uma tendência constante de crescimento desde abril do ano passado. “Alguns meses crescendo mais outros menos, mas sempre crescendo”, destacou durante a apresentação dos dados.

Velloso pondera, no entanto, que essa expansão acontece a partir de um patamar baixo. “Nós ainda estamos 22% abaixo do que era a média de 2010 a 2013”, compara. “Nos últimos cinco anos a taxa de investimento no Brasil é muito pequena”, acrescenta.

Previsão

Para este ano, a previsão da associação é de que o setor de bens de capital registre uma alta de 13%. Esse crescimento deve ser puxado, de acordo com o presidente executivo da Abimaq, por setores que têm apresentado grande atividade nos últimos meses. “Você tem setores de infraestrutura que estão indo bem, especialmente construção de estradas”, exemplificou.

Entre os setores que estão aquecidos, Velloso também citou o de saneamento e energia. “O marco do saneamento é recente e a gente tem um otimismo muito grande no setor de saneamento”, acrescentou em referência a nova legislação que regulamenta os serviços de água e esgoto, abrindo mais espaço para iniciativa privada, aprovada no ano passado.

Exportação e emprego

As exportações de máquinas tiveram queda de 24,3% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2020, totalizando US$ 599,5 milhões. Para o presidente executivo da Abimaq, as vendas para o exterior estão prejudicadas pelo desarranjo provocado pela pandemia, que reduziu as rotas de comércio e tem dificultado até a distribuição de contêineres.

O número de postos de trabalho na indústria de bens de capital cresceu 10,6% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, com 337,7 mil pessoas empregadas.

Agência Brasil