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Serviços registram crescimento de 3,7% em fevereiro, diz IBGE

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Foto: Matheus Bardemaker/Unsplash

O volume de serviços no país teve alta de 3,7% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. Essa foi a nona taxa de crescimento consecutiva do indicador, que acumula ganhos de 24% nesse período de nove meses. O setor também superou, pela primeira vez, o período pré-pandemia, ficando 0,9%, acima do patamar de fevereiro de 2020, na série com ajuste sazonal. O dado foi divulgado hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos outros tipos de comparação, no entanto, os serviços apresentaram queda: em relação a fevereiro de 2020, sem ajuste sazonal (-2%), acumulado do ano (-3,5%) e acumulado de 12 meses (-8,6%).

A receita nominal teve alta de 2,8% na comparação com janeiro deste ano, mas caiu 1,6% em relação a fevereiro, 3,4% no acumulado do ano e de 8,2% no acumulado de 12 meses.

A alta de 3,7% do volume de serviços de janeiro para fevereiro foi acompanhada pelas cinco atividades pesquisadas pelo IBGE: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%), profissionais, administrativos e complementares (3,3%), prestados às famílias (8,8%), outros serviços (4,7%) e informação e comunicação (0,1%).

Agência Brasil

Mais de 620 mil micro e pequenas empresas foram abertas em 2020

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Foto: Jukan Tateisi/Unsplash

Dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que, em 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte.

Os setores onde as microempresas abriram maior número de unidades em 2020 foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (20.398 empresas), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (16.786) e restaurantes e similares (13.124). Já os setores onde as pequenas empresas abriram mais estabelecimentos foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.108), construção de edifícios (2.617) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (2.469). De acordo com o Sebrae Nacional, o resultado evidencia a força do empreendedorismo no Brasil.

Com base em dados do governo federal, apurou-se que, no ano passado, o país criou 3,4 milhões de novas empresas, alta de 6% em comparação a 2019, apesar da pandemia de covid-19. Ao final de 2020, o saldo positivo no país foi de 2,3 milhões de empresas abertas, com destaque para microempreendedores individuais (MEI).

De acordo com o Ministério da Economia, o registro de 2,6 milhões de MEI em 2020 representou expansão de 8,4% em relação ao ano anterior, levando essa categoria de empreendedores ao total de 11,2 milhões de negócios ativos no país. O MEI representa hoje 56,7% das empresas em atividade no Brasil e 79,3% das empresas abertas no ano passado.

Importância

Números divulgados pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae RJ) confirmam a importância do empreendedorismo para garantir a sobrevivência das empresas e a renda dos micro e pequenos empresários.

Ao mesmo tempo em que a crise provocada pela pandemia de covid-19 causou o fechamento de 90,2 mil pequenos negócios no estado, foram abertos mais de 307,8 mil pequenos negócios, com destaque para o setor de serviços, com quase 160 mil novas empresas.

“Foi um dado que espantou bastante a gente”, comentou, em entrevista, o analista do Sebrae RJ, Felipe Antunes. “A pandemia causou impacto em todos os setores. Toda a economia sofreu. No nosso entendimento, porém, as pessoas precisam gerar renda, muitas foram demitidas e procuraram o empreendedorismo, abrindo empresas para ter geração de renda”.

Nesse processo, Antunes ressaltou que o microempreendedor individual (MEI) teve grande destaque. “Oitenta e oito por cento das empresas que abriram foram por meio desse regime do MEI, que oferece facilidade para a pessoa abrir um negócio. Por isso, há um percentual muito alto de MEI entre as empresas abertas”.

Receita

O levantamento do Sebrae Rio, elaborado com base nos dados da Receita Federal, revela que salão de beleza (cabeleireiro, manicure e pedicure) e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar foram as principais atividades escolhidas pelos microempreendedores individuais. Para o analista, o MEI “foi uma válvula de escape” no cenário trazido pela pandemia. “O empresário, por necessidade, precisou continuar no mercado e viu o empreendedorismo como opção de gerar renda”, acrescentou.

Do total de novas empresas que surgiram no estado do Rio de Janeiro em 2020, o setor de serviços foi responsável pela abertura de 159,9 mil empresas, seguido pelo comércio (72,5 mil), a indústria (52,7 mil), economia criativa (10,5 mil), o turismo (9,9 mil) e a agropecuária (2,1 mil). Por atividade, o desempenho dos pequenos negócios foi liderado por serviço de escritório e apoio administrativo, comércio varejista de roupas, serviço médico-ambulatorial e restaurantes.

Fechamento

Durante o ano de 2020, o setor de serviços foi o que mais fechou empresas no estado do Rio (39,1 mil), seguido pelo comércio (28,8 mil), a indústria (14 mil), economia criativa (4,1 mil), o turismo (3,5 mil) e a agropecuária (470). “O setor de serviços precisa muito da presença de pessoas e a pandemia, ao interromper a circulação, prejudicou muito o setor de serviços, mas o setor de comércio também teve impacto”, comentou Felipe Antunes.

As atividades voltadas para o comércio varejista de roupas e restaurantes foram as que sofreram maior impacto por causa da pandemia. Das microempresas que fecharam, 42% eram do setor de comércio, mostra a pesquisa.

Agência Brasil

Petrobras conclui venda de participação em parque eólico no Nordeste

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Foto: Unsplash

A Petrobras finalizou a venda da totalidade de sua participação de 49% na Sociedade Eólica Mangue Seco 1 – Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A.  para a V2I Energia S.A., fundo de investimento em participações em infraestrutura gerido pela Vinci Energia.

A operação foi concluída com o pagamento de R$ 44 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato de compra e venda de ações. 

A Eólica Mangue Seco 1 faz parte de um complexo de quatro parques eólicos (Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4), localizados em Guamaré (RN), com capacidade instalada total de 104 megawatts (MW). A Eólica Mangue Seco 1 detém e opera um parque eólico, com capacidade de 26 MW. 

De acordo com a Petrobras, a operação está alinhada à estratégia de melhoria de alocação do capital da companhia, visando à “maximização de valor para os seus acionistas”.

Agência Brasil

Indicador econômico global mantém trajetória de recuperação

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Foto: Sharon McCutcheon/Unsplash

Os Barômetros Globais da Economia sobem de forma expressiva pelo segundo mês seguido em abril, refletindo o avanço das campanhas de vacinação contra a covid-19 em diversos países e as perspectivas de aceleração do nível de atividade global nos próximos meses. A análise é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgada hoje (9).

O Barômetro Global Coincidente sobe 13 pontos em abril, de 102,8 pontos para 115,8 pontos, alcançando o maior nível desde 2011. O Barômetro Global Antecedente sobe 9,2 pontos, para 125,9 pontos, maior nível desde junho de 2010. Todas as regiões evoluíram favoravelmente no mês e de forma expressiva, tanto na perspectiva presente quanto futura.

Para o pesquisador da FGV/Ibre Paulo Picchetti, os efeitos concretos do avanço dos programas de imunização em vários países sobre o nível de atividade econômica já são refletidos no avanço dos barômetros coincidentes em abril, de forma disseminada entre regiões e setores.

“A despeito de problemas persistentes em algumas cadeias logísticas importantes, o desempenho dos barômetros antecedentes sinaliza otimismo para os próximos meses, no contexto de controle da crise sanitária, dos estímulos fiscais recentemente aprovados para a economia norte-americana, e da forte expansão da economia chinesa”, disse, em nota, o pesquisador.

Barômetro Coincidente

Segundo a pesquisa, todas as regiões contribuem de forma positiva para o resultado agregado do Barômetro Coincidente em abril. A região da Ásia, Pacífico e África contribui com 6,8 pontos, ou 52%, para a alta do Barômetro Coincidente Global, enquanto o Hemisfério Ocidental e a Europa contribuem, respectivamente, com 3,9 e 2,4 pontos.

Apesar da incerteza ainda elevada quanto às perspectivas de controle da pandemia de covid-19, a percepção sobre a situação atual apresenta sensível melhora. Esta é a primeira vez, desde fevereiro de 2018, em que todas as três regiões registram indicadores coincidentes superiores aos 100 pontos.

Barômetro Antecedente

O Barômetro Antecedente Global antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. Assim como ocorre no Barômetro Coincidente, em abril de 2021 os indicadores antecedentes das três regiões contribuem de forma positiva para a alta de 9,2 pontos do Barômetro Global Antecedente. A região da Ásia, Pacífico e África contribui com 4,7 pontos, a Europa com 2,5 pontos e Hemisfério Ocidental com 2 pontos, após influenciar o resultado agregado de forma negativa nos dois meses anteriores.

“Todos os indicadores antecedentes setoriais sobem em abril, influenciados pela continuidade das campanhas de vacinação no mundo e pela possibilidade de retorno da economia a uma situação de normalidade. Com os resultados, todos passam a registrar níveis superiores a 120 pontos, resultado que reflete grande otimismo em relação ao futuro próximo. A construção e o comércio são os setores mais otimistas. Após o grande baque no setor de serviços, essa é a primeira vez em que o setor recupera, em nível global, as perdas ocorridas entre março e maio do ano passado, avançando para um nível elevado e superior ao da indústria”, informou a FGV.

Os barômetros econômicos globais são um sistema de indicadores que permite analisar o desenvolvimento econômico global, sendo, ainda, uma colaboração do Instituto Econômico Suíço KOF, da ETH Zurique, na Suíça, e da Fundação Getulio Vargas (FGV). Enquanto o Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, o Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Esses indicadores se baseiam nos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. A intenção é ter a cobertura global mais ampla possível.

Agência Brasil

Fiol ganha concessionária em leilão

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Foto: Ministério da Infraestrutura

A Bahia Mineração S/A (Bamin) será a concessionária de 537 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) no trecho ferroviário entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (8), após realização do leilão de subconcessão na B3, em São Paulo, pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Na visão do ministro da Infraestrutura, a Infra Week, semana para conceder à iniciativa privada 28 ativos de infraestrutura, já é um sucesso. “Emblemático fazer leilão de ferrovias. Nunca se fez tanto em ferrovias e um dos nossos objetivos é justamente o reequilíbrio da matriz de transporte. Estamos diante do projeto mais transformador da Bahia”, afirmou, após a revelação do lance do vencedor.

Única a participar do leilão, a Bamin passa a ser responsável pela finalização do empreendimento e operação do trecho 1, em uma concessão que vai durar 35 anos. Ao todo serão investidos R$ 3,3 bilhões, sendo que R$ 1,6 bilhão será utilizado para a conclusão das obras, que estão com 80% de execução. Esses investimentos também vão contribuir para a criação de 55 mil empregos entre diretos, indiretos e efeito-renda ao longo da concessão.

A expectativa é de que o trecho 1 da Fiol entre em operação em 2025, transportando mais de 18 milhões de toneladas de carga. Em 10 anos, esse volume deve mais que dobrar, superando os 50 milhões de toneladas em 2035.

Operação

O traçado da Fiol 1 atravessará as cidades de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité, todas na Bahia.

A ferrovia será o modal de transporte para cargas como minério de ferro, alimentos processados, cimento, combustíveis, soja em grão, farelo de soja, manufaturados, petroquímicos e outros minerais.

No início das operações, 16 locomotivas e 1,4 mil vagões estarão em operação, dos quais, pelo menos, 1,1 mil serão destinados ao escoamento de minério de ferro. Em 10 anos, a expectativa é chegar a 34 locomotivas e 2.600 vagões.

FIOL

O Governo Federal também trabalha nos projetos para concessão dos outros dois trechos: a Fiol 2, entre Caetité e Barreiras/BA, com obras em andamento, e a Fiol 3, de Barreiras a Figueirópolis/TO, que aguarda licença de instalação por parte do Ibama.

A Fiol será um corredor de escoamento com 1.527 quilômetros de trilhos, ligando o porto de Ilhéus, no litoral baiano, ao município de Figueirópolis, ponto em que ela se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.

Infra Week

O último leilão da Infra Week ocorre nesta sexta-feira (9) quando serão concedidos à iniciativa privada cinco terminais portuários. São quatro terminais de líquido no Porto de Itaqui, no Maranhão, importantes para a logística de distribuição de combustível no Nordeste; e um no Porto de Pelotas, no Rio Grande do Sul, destinado à madeira.

Na quarta-feira (7), foram leiloados 22 aeroportos divididos em três blocos. A arrecadação total chegou a R$ 3,3 bilhões, com investimento garantido de R$ 6,1 bilhões previstos. São previstos R$ 2,85 bilhões no bloco Sul, R$ 1,80 bilhão no Central e R$ 1,48 bilhão no Norte.

Ministério da Infraestrutura

IBGE prevê safra recorde de 264,9 milhões de toneladas para 2021

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Foto: James Baltz/Unsplash

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2021 alcançou mais um recorde, devendo totalizar 264,9 milhões de toneladas, 4,2% (10,7 milhões de toneladas) acima da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas).

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A previsão para a safra de soja deve atingir mais um marco inédito, com 131,8 milhões de toneladas. Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a demanda aquecida e o dólar em alta têm favorecido a comercialização da soja e incentivado os produtores a aumentarem o plantio.

Conforme o IBGE, no final de março de 2021, a saca de 60 quilos do produto foi comercializada a R$ 173,3, 3,49% acima do mês anterior. Na região integrada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba), quase todos os estados apresentam aumentos expressivos na produção, como o Piauí (15,6%), a Bahia (7,6%) e o Maranhão (3,8%). A exceção é o Tocantins (-6,3%).

“A colheita da soja está perto de ser concluída na maioria das unidades da federação, mas está com atraso em relação ao ano anterior, que foi causado pelo plantio tardio devido à estiagem no início da primavera. Com o retorno das chuvas, a partir de dezembro, as lavouras se recuperaram e a cultura se desenvolveu de maneira satisfatória”, disse o pesquisador, em nota.

De acordo com ele, embora atualmente o excesso de chuvas venha causando problemas em alguns estados, tanto na colheita quanto no escoamento da safra, restam poucas áreas a serem colhidas e a produção da oleaginosa deverá ficar 8,5% (10,3 milhões de toneladas) acima da de 2020.

Produção de uvas

Além dos grãos, o IBGE também destacou o aumento na produção de uvas. A estimativa da produção em março foi de 1,7 milhão de toneladas, crescendo de 4,9% em relação ao mês anterior e de 18,7% em relação a 2020, o que se deve ao bom rendimento das lavouras.

Em março, a produção do Rio Grande do Sul, responsável por 56,5% da safra nacional de uvas, foi reavaliada com crescimento de 8,5% em relação à estimativa anterior e de 29,2% frente a 2020, alcançando 950,2 mil toneladas.

“As condições de estiagem, combinadas com grande amplitude térmica diária, de dias quentes e noites frias, ocorridas no final da primavera e início do verão, não anteciparam o ciclo e foram muito favoráveis para a quantidade e a qualidade enológica das uvas precoces. O consumo de vinho durante a pandemia de covid-19 cresceu bastante, reduzindo os estoques comercializáveis de uva. Mas as cooperativas do Rio Grande do Sul esperam recompor esses estoques durante o ano, bem como o estoque de passagem até a próxima colheita”, afirmou Barradas.

Segundo o levantamento, outras unidades produtoras também esperam crescimento da produção em relação a 2020, como Pernambuco (15,3%) e Bahia (8,9%), estados em que se localiza o Vale do São Francisco e que, junto com o Rio Grande do Sul, respondem por 82,6% da produção nacional de uva. Enquanto no Sul a maior parte das uvas tem como destino a produção de sucos, no Nordeste, a maior parte vai para o consumo de mesa.

Na informação do levantamento de março em relação à de fevereiro, destacaram-se as variações positivas nas produções de trigo (8,1% ou 541,6 mil toneladas), cevada (7,9% ou 31,3 mil toneladas), feijão de 1ª, 2ª e 3ª safra (0,8%, 5,0% e 1,7%, somando 77 mil toneladas), uva (4,9% ou 78,4 mil toneladas), sorgo (2,4% ou 67,5 mil toneladas), soja (1,1% ou 1,4 milhão de toneladas) e arroz (0,9% ou 100,3 mil toneladas).

São esperadas quedas na produção do milho de 1ª e 2ª safra (-1,5% e -0,1% ou 471,2 mil toneladas) e da aveia (-0,3% ou 2,5 mil toneladas).

Agência Brasil

Aprovado texto-base de projeto que permite compra de vacinas por empresas

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Foto: Hakan Nural/Unsplash

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6), por 317 votos a 120, o texto-base da proposta que permite à iniciativa privada comprar vacinas contra a Covid-19 para a imunização gratuita de seus empregados, desde que doe a mesma quantidade ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A votações dos destaques que podem alterar o texto vai prosseguir nesta quarta-feira (7), em sessão do Plenário marcada para as 13h55. Confira a pauta completa.

O texto-base aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Celina Leão (PP-DF), que faz alterações no Projeto de Lei 948/21, do deputado Hildo Rocha (MDB-MA). A aquisição das vacinas, segundo o texto, poderá ser feita pelas pessoas jurídicas de direito privado, individualmente ou em consórcio.

Poderão ser vacinados ainda outros trabalhadores que prestem serviços a elas, inclusive estagiários, autônomos e empregados de empresas de trabalho temporário ou de terceirizadas.

As emendas pendentes de votação pretendem, por exemplo, proibir que as empresas deduzam os valores gastos com a compra de vacinas de qualquer tipo de tributo devido, embora não exista permissão para isso no texto. Outra emenda quer permitir às associações sem fins econômicos o repasse do custo da compra de vacinas para seus associados.

Laboratórios

Essas compras, se feitas junto a laboratórios que já venderam vacinas ao governo federal, poderão ocorrer apenas depois do cumprimento integral do contrato e da entrega dos imunizantes ao Ministério da Saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou cinco vacinas, sendo duas para uso emergencial (Janssen e Coronavac) e as demais já com registro definitivo (AstraZeneca e Pfizer). A AstraZeneca é contada duas vezes, pois considera as doses importadas da Índia e aquelas produzidas no País.

Entre as vacinas previstas no cronograma do Ministério da Saúde, duas ainda não têm autorização para uso no Brasil: Covaxin (Índia) e Sputnik V (Rússia).

Prioridades

Outra novidade no texto de Celina Leão é que a vacinação dos empregados deve seguir os critérios de prioridade estabelecidos no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Quanto às pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos (associações ou sindicatos, por exemplo), a permissão vale para seus associados ou cooperados.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Agência Câmara de Notícias

Venda de veículos cresce 15,78% em março

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Foto: Lenny Kuhne/Unsplash

Em março, o emplacamento de veículos – considerando-se a venda de automóveis e veículos comerciais leves (como picapes e furgões), ônibus e caminhões – cresceu 15,78% em comparação ao ano passado.

A informação foi foi divulgada hoje (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com fevereiro, houve crescimento de 13,16%, com o emplacamento de 189.405 veículos.

Quando se considera o emplacamento de todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), porém, o crescimento fica em 8,26% em relação ao resultado de março do ano passado, quando teve início a pandemia do novo coronavírus. Em março último, foram vendidas 269.944 unidades, com aumento de 11,52% em relação a fevereiro.

No acumulado do ano, de janeiro a março, houve queda de 6,55% na venda de todos os segmentos na comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Fenabrave, todos os segmentos automotivos continuam sofrendo com problemas de abastecimento de produtos pela indústria, afetada pela falta de peças e componentes e pela paralisação da produção em algumas unidades fabris.

“Os concessionários de veículos estão passando por um período muito difícil. Em 2020, quando ocorreu a primeira onda da pandemia da covid-19, tínhamos estoques, e a indústria trabalhava sem problemas de abastecimento. Hoje os estoques praticamente não existem, tanto nas concessionárias como nos pátios das montadoras. A falta generalizada de peças e componentes vem provocando a paralisação das linhas de montagem de várias montadoras, prejudicando a oferta de veículos”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Segundo Alarico Júnior, o mês de março foi mais positivo porque as vendas ocorreram em meses anteriores. “Muitas dessas vendas já tinham sido realizadas nos meses anteriores, e os clientes estavam aguardando a entrega dos veículos, pelos fabricantes, o que ocorreu em março. Isso justifica o bom desempenho do mês, mesmo com o fechamento do comércio em estados importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, disse ele, em nota.

Automóveis e comerciais leves

As vendas no segmento de automóveis e veículos comerciais leves subiram 13,69% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 177.109 unidades comercializadas. Em relação a fevereiro de 2021, houve alta de 11,93%.

Agência Brasil

Implementação do 5G e avanços em conectividade serão legado

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Foto: Frederik Lipfert/Unsplash

Em entrevista nesta segunda-feira (5), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, falou sobre o que considera que será seu legado para os próximos 10 anos: a implementação do padrão da nova geração de internet (5G) no Brasil.

“Temos um deserto digital muito grande. São 45 milhões de brasileiros sem acesso à internet. Estamos aproveitando o leilão 5G para diminuir esse deserto digital e, até 2028, vamos levar internet para todos os brasileiros”. O ministro afirmou que a missão de conexão de todos os brasileiros é um esforço conjunto e uma exigência do governo.

Faria também foi questionado sobre assuntos políticos diversos, como a atual composição do governo, o papel da comunicação e da imprensa na atual gestão, mudanças políticas e sobre o cenário que acredita que será o palco das eleições federais de 2022. 

Sobre as recentes mudanças na estrutura política, e as mudanças de comando nas Forças Armadas, Faria afirmou que há continuidade no projeto democrático do atual governo federal e que especulações sobre ingerência ou interferência política nos comandos militares são infundadas.

Sobre a troca efetuada pelo presidente Jair Bolsonaro no comando do Ministério da Defesa e a consequente mudança no comando da Marinha, Força Aérea e Exército, Faria afirmou que não há qualquer razão para preocupação. Faria explicou que o processo faz parte da tradicional hierarquia militar, que geralmente organiza posições de comando pelo critério de antiguidade. 

“É normal que os comandantes das Forças sejam mais jovens do que o ministro da Defesa. Foram trocas consensuais. O ministro Braga Netto é mais moderno. Os três antigos comandantes e os três novos comandantes estarão presentes na troca para demonstrar que há total harmonia no processo. Não muda em nada o respeito à democracia”, explicou.

Eleições 2022

Sobre política e a previsão do cenário eleitoral de 2022, Faria afirmou “Lula ainda não está na vitrine”. Segundo o ministro, o presidente Jair Bolsonaro tem plena consciência de que haverá um embate político que poderá levar ao segundo turno em 2022, seja contra Lula ou contra o adversário escolhido pela oposição. “O presidente Bolsonaro sempre soube que iria enfrentar o PT em 2022 em segundo turno. Não mudou nada”, afirmou.

“O presidente Bolsonaro foi anti-PT e derrotou grandes políticos. Agora, temos um governo que realizou muita coisa. As pessoas estão preocupadas com a pandemia e as pessoas não querem saber de política, querem saber quando vão se vacinar.”

Legado

O ministro revelou também o que considera o pior momento de sua atual gestão: os momentos iniciais frente ao Ministério das Comunicações – quando, segundo Faria, havia grande atrito entre os poderes. 

Sobre o ápice de sua carreira como ministro, Faria afirmou que a entrega do edital do leilão da tecnologia 5G para o Tribunal de Contas da União (TCU) foi o momento mais marcante. Fábio Faria disse ainda que seu legado será o 5G no Brasil, a ampliação da conectividade em áreas remotas e a expansão de diálogo em um Brasil “amplamente dividido.”

Responsável pela pasta desde 17 de junho de 2020, o ministro está a frente das negociações para a implementação da nova geração de internet no Brasil e trabalha como consultor do assunto na comissão especial do 5G no Congresso. Ele está, ainda, no comando de estatais incluídas no Plano Nacional de Desestatização (PND) do governo federal. Fábio Faria é considerado figura estratégica na articulação política do governo com o Legislativo e também é avaliado como apaziguador de eventuais conflitos entre os Poderes.

Fábio Faria foi entrevistado na estreia do novo formato do programa Sem Censura, que foi ao ar nessa segunda-feira (6) na TV Brasil, sob o comando da jornalista Marina Machado. Em suas considerações finais, Faria relembrou o histórico do Sem Censura, que desde 85 coloca temas de interesse público em debate.

Fábio Faria foi entrevistado pelos jornalistas Marianna Holanda, do Estadão, e por Fábio Murakawa, do Valor Econômico, sobre a atual conjuntura política, mudanças no governo e sobre a articulação do governo antes e durante a pandemia de covid-19.

Veja aqui a íntegra do programa Sem Censura

Agência Brasil

Butantan entrega mais 1 milhão de doses de vacina contra covid-19

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Ilustração: Pixabay

O Instituto Butatan entregou hoje (5) mais um milhão de doses da vacina contra o coronavírus ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com o lote desta manhã, o instituto forneceu um total de 37,2 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, para serem distribuídas em todo o país.

Até o fim deste mês, o Butantan deve finalizar o primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para fornecimento de 46 milhões de doses do imunizante. Até o fim de agosto devem ser fornecidas mais 54 milhões de doses ao PNI, totalizando 100 milhões de doses de CoronaVac.

Já foram aplicadas no estado de São Paulo 6,4 milhões de doses de vacina, sendo 1,6 milhão de segunda dose da imunização.

Agência Brasil