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Ações de Direitos humanos passam a ser exigidas em órgãos públicos

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Foto: Alex Motoc/Unsplash

A nova edição do regulamento do Indicador de Governança (IG Sest), publicada pelo Ministério da Economia em parceria com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, determina que órgãos da administração pública vinculados ao governo federal deverão criar mecanismos para respeitar e promover iniciativas relacionadas aos direitos humanos.

Segundo o documento, que pode ser lido na íntegra no site do Ministério da Economia, as ações serão avaliadas anualmente e receberão um índice de cumprimento e conformidade com as exigências, além de incentivos à práticas inovadoras que possam aprimorar o respeito aos direitos humanos em serviços públicos.

“Nesta edição do IG Sest poderemos conhecer e reconhecer as práticas nessa temática de empresas e direitos humanos. É nosso desejo que as empresas estatais vinculadas ao governo federal estejam na vanguarda da promoção, do respeito e da proteção dos direitos humanos para o ambiente corporativo”, afirma Mariana Neris, secretária Nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Com a determinação, afirma Mariana, os órgãos públicos deverão seguir o conceito de governança determinado pelo decreto n°. 9.203 de 2017, que define “conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade.”

Na prática, empresas deverão criar canais de denúncia para receber queixas sobre integridade e ética de servidores no desempenho das funções, além da criação de mecanismos que permitam denúncias sem retaliação. O acesso feminino a cargos de liderança, diversidade racial em contratações e pluralidade também serão avaliados.

Agência Brasil

País caminha para dar um basta na violência contra o idoso

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Foto: Cristian Newman/Unsplash

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta sexta-feira (18), ao abrir o seminário sobre o “Dia Internacional de Conscientização contra Violência contra Pessoa Idosa”, na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados, que o Brasil está caminhando para dar um basta na violência contra os idosos, seja qual for a violência ocorrida em todo o país. 

“O envolvimento com os idosos deve estar na pauta de todos os dias nas tribunas do Senado e da Câmara Federal. Não dá mais para suportar o que temos visto em termos de violência contra os idosos no Brasil. Os agressores estão sendo cada vez mais criativos, teremos que nos adequar”, disse a ministra.

De acordo com a ministra, “estamos vivendo um novo momento no Brasil na política de prevenção e cuidado dos idosos. Esta semana tivemos o início da Política de Cuidados do Idoso, e por isso vamos mostrar o nosso compromisso com esta pauta”. 

O ministério, segundo a ministra, já ampliou os canais de recebimento de denúncias contra a pessoa idosa. “Tem dia que a nossa equipe não dorme, para receber as denúncias contra os idosos na Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. São 600 agentes que recebem as denúncias, em mais de 10 mil ligações por dia, e 2 milhões de vezes por ano”.

Agência Brasil

Governo revoga mais 305 decretos sem eficácia legal

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Foto: Zulmaury Saavedra/Unsplash

O presidente Jair Bolsonaro revogou mais 305 atos normativos do governo federal, informou a Secretaria-Geral da Presidência nesta quinta-feira (17). A ação, que tem sido chamada de revogaço, tem o objetivo de reduzir o arcabouço legislativo com a extinção de normas que já perderam a eficácia legal. 

A pasta destacou que os 305 decretos revogados foram editados no ano de 1992 e tratam exclusivamente de matérias orçamentárias. 

“Seus efeitos já se exauriram no tempo, pois restritos àquele exercício financeiro. Com a edição deste decreto, o governo federal dá continuidade aos esforços de simplificação do arcabouço jurídico pátrio, facilitando o acesso da sociedade às normas efetivamente válidas”, informou.

Desde o início do governo, em 2019, já foram revogados um total de 44.154 decretos. A meta é completar cinco mil revogações para a ocasião dos mil dias de governo, no segundo semestre.

Agência Brasil

Brasil no Programa Artemis é um grande salto para o nosso Programa Espacial

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Foto: NASA

“É um momento histórico. É um pequeno passo para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e um grande salto para o Programa Espacial Brasileiro”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, durante a cerimônia de assinatura do acordo de cooperação que oficializa a participação brasileira no Programa Lunar NASA Artemis, da Agência Espacial Americana (NASA). O projeto pretende levar astronautas à superfície lunar em 2024 enquanto desenvolve as tecnologias e experiência para organizar uma missão humana a Marte.

O Brasil é o único país da América Latina e o 12º no mundo a entrar para a seleta lista de parceiros até o momento. O acordo Programa Lunar Nasa Artemis traz um conjunto de princípios, diretrizes e boas práticas para a cooperação internacional na exploração do espaço. Para o ministro do MCTI, a inclusão do país no programa Artemis é um marco no esforço para impulsionar o Programa Espacial Brasileiro. “Nesses dois anos e meio do governo Bolsonaro nós estamos vivendo o maior ponto de inflexão do Programa Espacial Brasileiro”, reforçou Marcos Pontes.

O ministro citou alguns avanços já obtidos nos últimos anos, como a aprovação, depois de mais de 20 anos, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os Estados Unidos, que viabiliza comercialmente o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão. Marcos Pontes também destacou o lançamento de quatro satélites no período, como o primeiro satélite 100% brasileiro, o Amazônia-1, CBERS-4A, FloripaSat-1 e NanoSatCBR-2.

“Temos hoje aqui um grande acordo. Nós brasileiros estamos entrando para a história de fato. É um grande passo e motivo de orgulho para todos”, ressaltou o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a cerimônia. Ele destacou que o objetivo do acordo é estimular os jovens do país a se interessarem pela ciência demonstrarem seu potencial. O presidente reforçou que a inclusão do Brasil no grupo de países do projeto mostra que o país tem um bom relacionamento com todo o mundo.

Para o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, a parceria no setor espacial ajuda a garantir o acesso e o uso responsável e seguro do espaço pelas nações. Ele lembrou que o acordo representa um esforço amplo para a exploração pacífica do espaço. “Eu espero ver na lua a bandeira brasileira ao lado da dos Estados Unidos”, disse Todd Chapman.

O embaixador lembrou a importância do brasileiro Santos Dumont para o setor de aviação e revelou que o aviador também foi pioneiro na cooperação entre Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, Santo Dumont permitiu a uma mulher americana pilotar um de seus dirigíveis em 1903. “Da mesma maneira que Santos Dumont fez há mais de um século, brasileiros e americanos estão fazendo uma nova parceria, desta vez para alcançar as estrelas. “

O Programa Lunar NASA Artemis

A participação no Programa Artemis é mais um instrumento do uso da ciência, tecnologia e inovações para colocar o Brasil entre as nações que dominam tecnologias aeroespaciais. Entre as vantagens, o programas deverá permitir a inclusão de universidades e centros de pesquisa do país, além da formação de recursos humanos e de futuros pesquisadores. O setor também faz parte das Tecnologias Estratégicas definidas como prioritárias pelo MCTI. No lado nacional, também participa do Artemis a Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao MCTI.

Por meio do programa Artemis, a NASA levará astronautas à Lua em 2024, anunciando uma nova era para a utilização e exploração espacial. Enquanto a NASA lidera o programa, as parcerias internacionais desempenharão um papel fundamental para alcançar um desenvolvimento sustentável e presença robusta na Lua na preparação para conduzir uma histórica missão humana para Marte.

As agências espaciais internacionais que se juntam à NASA no programa Artemis o farão por meio da execução de acordos bilaterais “Artemis Accords”, que descreverá uma visão compartilhada de princípios, com base no Tratado do Espaço Exterior de 1967, para criar um ambiente seguro e transparente, que facilita a exploração, a ciência e as atividades comerciais para que toda a humanidade possa desfrutar.

Enviar exploradores humanos a 400.000 quilômetros até a Lua e depois 225 milhões de quilômetros a Marte requer uma visão ousada, gerenciamento de programa eficaz, financiamento para o desenvolvimento de sistemas modernos e operações de missão e apoio de todos os parceiros ao redor do globo.

O plano da Lua é duplo: está focado em alcançar a meta de um pouso humano inicial até 2024 com riscos técnicos aceitáveis, enquanto é desenvolvida simultaneamente a exploração lunar sustentável de meados até o final da década de 2020.

O pouso de astronautas na Lua dentro de quatro anos focará melhor esta iniciativa global na engenharia, desenvolvimento de tecnologia e melhorias de processo necessárias para realizar com segurança e sucesso a exploração humana sustentada da Lua. Também abrirá caminho para que empresas comerciais dos EUA e parceiros internacionais contribuam ainda mais para a exploração e o desenvolvimento da Lua.

Em dezembro de 2020, o MCTI assinou uma declaração conjunta de intenção em participar do programa, com presença do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, e participação virtual do administrador da NASA, Jim Bridenstine, e representantes do Departamento de Estado americano.

Fonte: MCTIC

Comissão aprova Relatório sobre Acordo de Pesquisa entre Brasil e Estados Unidos

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Foto: Weigler Godoy/Unsplash

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou nesta quarta-feira (16), o parecer favorável do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança, para o Acordo de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação (Acordo RDT&E), firmado entre Brasil e Estados Unidos (EUA).

Objetivo do acordo é definir parâmetros de condução e gerenciamento de atividades de pesquisa, desenvolvimento, teste e avaliação em Acordos de Projetos realizados pelo Ministério da Defesa e pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

De acordo o parlamentar o Acordo irá facilitar o financiamento de pesquisa e desenvolvimento no campo militar e contribuirá para o estabelecimento de um novo patamar de relacionamento entre as Forças Armadas dos dois países.

Tramitação

O Projeto segue agora para a Comissão de Ciência Tecnologia.

Confira o Acordo na íntegra


Fonte: Gabinete do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Brasil receberá 7 milhões de doses da vacina da Pfizer antecipadamente

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Foto: Samuel Regan-Asante/Unsplash

O Brasil receberá 15 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 em julho. Segundo o Ministério da Saúde, esse número representa um acréscimo de sete milhões de doses em relação à previsão inicial, de oito milhões de doses.

De acordo com informe divulgado pela pasta, a mudança se deveu à interlocução do órgão com a farmacêutica para adiantar o envio de remessas previstas no cronograma de entregas ao país.

No dia 15, o MS anunciou a chegada de 2,4 milhões de doses da Pfizer/BioNTech nesta semana. As entregas começaram anteontem e vão até hoje (17). Com essa remessa, o total e doses do consórcio enviadas ao Brasil chegará a 10,6 milhões.

Agência Brasil

Professores receberão capacitação para ensinar educação financeira

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Foto: Angelina Litvin/Unsplash

Uma parceria firmada entre o Ministério da Educação (MEC) e a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) qualificará cerca de 500 mil professores da rede pública em educação financeira. Segundo o MEC, os cursos terão início em julho e farão parte do currículo continuado de formação de professores da rede básica, tanto em escolas públicas quanto particulares.

Os cursos de formação – que terão duração de 40 horas-aula – serão feitos na modalidade ensino a distância (EaD) e visam a auxiliar educadores a incentivar práticas de saúde financeira e empreendedorismo em jovens.

De acordo com dados do Ministério da Educação, o Brasil tem atualmente 2,3 milhões de professores nos ensinos básico e fundamental. A estimativa do ministério é atingir pelo menos 25% desses profissionais.

Os conhecimentos sobre educação financeira, no entanto, não farão parte de uma nova disciplina, e serão incorporados à grade curricular já existente de forma complementar ao ensino das matérias já adotadas. 

Segundo nota publicada pela CVM, a responsabilidade da infraestrutura de aprendizagem do curso ficará por conta da entidade, que desenvolverá a plataforma digital de ensino. Ao Ministério da Educação caberá engajar os professores e divulgar a plataforma, além de articular a inclusão do conhecimento nas escolas.

Agência Brasil

Corrente de comércio tem o maior valor da série iniciada em 1997

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Foto: Daniel van den Berg/Unsplash

A corrente de comércio – exportações mais importações – registrou em maio o maior valor na série histórica iniciada em 1997. O volume chegou a US$ 54,6 bilhões em maio, crescimento de 58,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O desempenho se repetiu na balança comercial que teve saldo positivo de US$ 9,3 bilhões, o maior na série histórica e US$ 2,5 bilhões acima do valor de maio de 2020.

Os dados são do Boletim de Comércio Exterior (Icomex) referente ao mês de maio, divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

De acordo com o indicador, a China foi a principal contribuição para o saldo positivo da balança comercial, com superávit de US$ 19,1 bilhões, o que representa 70,4% do saldo global. Além da China, saldos positivos foram registrados nos demais países da Ásia e na América do Sul.

Acumulado

O superávit comercial no acumulado do ano até maio alcançou US$ 27,1 bilhões, o maior na série histórica. Na corrente de comércio foi o segundo valor mais elevado, chegando a US$ 190,2 bilhões, inferior em US$ 1,1 bilhão ao registrado em 2013. Na comparação com o acumulado de maio de 2020, o superávit comercial aumentou em US$ 11,1 bilhões e a corrente de comércio em 26,2%, com resultado de US$ 42,6 bilhões.

O instituto destacou que os índices de comércio exterior mostram variação positiva nos três grandes setores da indústria, tanto na comparação interanual mensal como na do acumulado. “Chama atenção a variação mensal acima de 10% em todos os setores, tanto nas exportações como nas importações. O aumento das importações, mesmo em um cenário de câmbio elevado, será ressaltado”, disse o o Ibre.

Ainda na comparação interanual do mês de maio, a principal contribuição para o aumento no valor exportado de 53,8% foi de preços, que cresceram 40,1%. Nas importações, o valor aumentou em 65,3% e o volume influenciou o resultado com aumento de 42,1%.

Já na relação entre os acumulados dos anos até maio, as exportações avançaram 30,6% e as importações 20,9%.

Exportações

Assim como ocorreu em abril, o volume das não commodities, que teve variação de 33,8%, puxou o desempenho exportador de maio, enquanto o das commodities, mesmo positivo, ficou em 12,9%. Nos preços, as commodities se destacaram com alta de 38,5%.

No acumulado do ano, a indústria de transformação ficou na frente, com crescimento de 10,3% no volume exportado. Os dez principais produtos exportados foram açúcar e melaço, farelos de soja, carne bovina, combustíveis, celulose, carne de aves, semi-acabados de ferro ou aço, ouro não monetário, ferro gusa e veículos de passageiros.

“Observa-se que, exceto os automóveis, todos os outros podem ser classificados como commodities. Se avaliarmos os 20 principais produtos exportados, estão presentes instalações para equipamentos de engenharia, aeronaves, partes e peças para automóveis e outros veículos de transporte de mercadorias. Nesse caso, os produtos do setor de material de transporte lideram as exportações de maior valor adicionado.”

O destaque na análise mensal ficou com o aumento no volume da indústria extrativa, liderado pelo minério de ferro, com crescimento de 24,2% em volume e 106% nos preços. O petróleo foi o segundo principal produto.

Embora tenha registrado queda de volume, houve aumento de preço de 139%, o que resultou numa variação em valor de 54%, na comparação interanual do mês de maio.

A produção de soja explicou 89% das exportações da agropecuária em maio e 78% no acumulado de janeiro a maio. Depois da soja, o café e o algodão foram os principais produtos.

Importações

O volume importado da indústria de transformação ficou em 45,2% na comparação mensal. Os combustíveis, foram os primeiros da lista dos cinco principais produtos importados. Teve aumento no valor de 228%, com a elevação de volume de 67% e de preços de 97%.

Na agropecuária, o trigo registrou aumento em valor de 53%, com volume em 27% e nos preços em 21% e respondeu por 37% das importações do setor em maio. O óleo bruto de petróleo explicou 48% do total das compras da indústria extrativa, com aumento em valor de 534%, volume 341% e preços 44%.

Parceiros

Nos volumes exportados e importados do Brasil com os principais parceiros, o destaque ficou para o aumento nos volumes exportados para os países da América do Sul, inclusive a Argentina e as vendas do setor automotivo explicam o resultado. Na Argentina, o aumento do volume foi de 45,1% e os preços 6,5%. Para os outros países da América do Sul, o volume aumentou 31,8% e os preços, 5,8%. A participação da China nas exportações brasileiras passou de 32,5% para 34% entre janeiro e maio de 2020 e 2021.

Agência Brasil

Governo assina acordos que podem fechar lixões e despoluir rios

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Foto: Julia Joppien/Unsplash

A despoluição de rios, a logística reversa de resíduos e a transformação de lixo em energia são os objetivos de três acordos de cooperação assinados nesta segunda-feira (14) entre associações setoriais e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Um deles, sobre o monitoramento da qualidade da água, foi assinado com a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre). O acordo prevê a criação de uma plataforma digital para aprimorar a gestão da qualidade da água em todo o Brasil.

“A plataforma oferecerá informações consolidadas sobre a qualidade dos efluentes tratados, mais transparência aos usuários e incentivo a melhorias operacionais, além de melhor orientação de ações de fiscalização pelos órgãos ambientais e agências reguladoras, com instrumentos para verificação das metas de desempenho dos serviços de tratamento de efluentes”, detalhou a pasta em nota.

Outro acordo assinado trata da logística reversa de óleo lubrificante. Por meio dele, a expectativa é de que sejam integradas informações setoriais sobre essa logística no Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos e, com isso, seja desenvolvido um aplicativo online, para permitir a integração com os demais sistemas de logística reversa existentes no país, como eletroeletrônicos, embalagens e medicamentos. Nesse caso, além do MMA e da Abetre, outra parceira será a Associação Ambiental para Coleta, Gestão e Rerrefino do Oluc – óleo lubrificante usado ou contaminado.

Há ainda a parceria para elaboração do Atlas de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos. “Esta ferramenta digital indicará as regiões com maior potencial para investimentos no aproveitamento do lixo como fonte de energia”, explicou o ministério.

Além disso, está prevista a integração de informações setoriais e de infraestrutura sobre recuperação energética, a modernização normativa e o desenvolvimento de conteúdos para a qualificação de órgãos ambientais e consórcios públicos.

Agência Brasil


O que efetivamente cria a riqueza – e por que muitas pessoas são contra isso

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Imagem: Jaredd Craig/Unsplash

Há muita gente contra esta evolução. Inclusive você.

Comecemos com uma pergunta aparentemente simples: qual é o mais essencial ingrediente para a criação de riqueza e o crescimento econômico?

Os keynesianos responderiam que é a expansão do crédito a juros baixos.  Os mais leigos diriam que é a posse de vários recursos naturais.

Ambos errados.

A resposta correta é: conhecimento.

E isso é fácil de provar.

Qual é a diferença entre nós e um homem das cavernas? Sim, a única diferença é que nós, hoje, temos mais conhecimento do que eles. 

Biologicamente, somos os mesmos. Os neurônios em nossos cérebros são os mesmos. O mundo físico à nossa volta é o mesmo (todos os recursos físicos necessários para se fazer celulares, tablets, computadores, carros e aviões já existiam naquela época). 

Mas a nossa vida hoje é infinitamente melhor e mais confortável.

Por quê?

Por causa do conhecimento.

Não é necessário voltar à era do homem das cavernas para provar esse ponto. Escolha qualquer época e você comprovará sempre o mesmo fenômeno: um novo conhecimento — por exemplo, a descoberta da penicilina ou um novo algoritmo que gera melhores ferramentas de busca na internet — sempre surge como uma surpresa. 

Chamamos essas surpresas de “inovações”, pois elas são inerentemente imprevisíveis.  Novos produtos surgem aparentemente do nada. Repentinamente, há luz elétrica. Há um automóvel. Ou há um iPhone. Nada disso havia sido previsto antecipadamente.

Agora, é claro que esses produtos não realmente vieram do nada; eles surgiram da síntese de todo um conhecimento acumulado, o qual levou a essas inovações; a essas surpresas.

Por definição, portanto, a inovação não pode ser planejada; ela envolve uma perturbação no equilíbrio. Os fabricantes de charrete, até então uma indústria estável e já estabelecida durante séculos, não mais tinham um grande futuro pela frente quando Henry Ford introduziu o primeiro Modelo T.

O surgimento de uma criação sempre leva ou a aprimoramentos ou a novas criações. A inovação — novo conhecimento — gera não apenas novos produtos, mas também novas empresas e várias novas indústrias. E a inovação cria riqueza; riqueza essa que, em última instância, será distribuída por toda a economia.

Eis como funciona: mais liberdade gera mais conhecimento; mais conhecimento gera mais inovação; e mais inovação leva a um crescimento econômico dinâmico. Por outro lado, menos liberdade gera menos conhecimento; menos conhecimento gera menos inovação; e menos inovação gera menos crescimento econômico.

Sendo assim, já que a liberdade promove o conhecimento e a inovação, o que gera crescimento econômico, por que então todas as pessoas e governos não abraçam esse arranjo?

Para entender isso é necessário voltar ao ponto dito inicialmente, sobre a inovação ser uma surpresa, algo imprevisível. Essa imprevisibilidade deixa as pessoas desconfortáveis. O objetivo delas é eliminar esse fator surpresa. Isso é perfeitamente observável tanto nas visões utópicas — como no comunismo e no socialismo — quanto no mundo real, em que pessoas temerosas da inovação e do fator surpresa pedem que o governo proteja mercados e indústrias nacionais contra a concorrência de produtos estrangeiros. O que seria o protecionismo e as reservas de mercado senão a exata manifestação desse temor em relação às surpresas e inovações?

Ao redor do mundo, estamos testemunhando esse desejo de se eliminar as surpresas. Grupos de interesse fazem lobby junto ao governo para que este tolha o surgimento de todo e qualquer tipo de concorrência, principalmente daquela concorrência não-premeditada, como a Uber e o AirBnb. E esse tolhimento é feito por meio da expansão contínua do governo, de suas burocracias, de suas regras e regulamentações anti-empreendedorismo. 

Há várias maneiras de se tolher o surgimento de inovações que trazem concorrência, sendo as mais tradicionais as regulamentações que impõem barreiras à entrada da concorrência (como as agências reguladoras), os subsídios às empresas favoritas que o governo quer manter no mercado a todo custo, a obstrução de importações para proteger as indústrias ineficientes, e altos tributos que impedem que novas empresas surjam e cresçam, protegendo assim as indústrias já estabelecidas.

Todas essas regulamentações simplesmente obstruem a liberdade e, consequentemente, impedem o crescimento econômico e a distribuição de conhecimento. Elas retiram recursos e energia da inovação e os direcionam para a burocracia e para a obediência às regulamentações. Elas criam incerteza quanto ao futuro. E criam barreiras à entrada de novos empreendedores. 

Ironicamente, os mais beneficiados por essas regulamentações e protecionismos são exatamente as grandes corporações e seu exército de advogados, lobistas e contadores. As grandes corporações são as únicas que possuem recursos para cumprir com todas as regulamentações e ainda sobreviver. Os gastos jurídicos, contábeis, burocráticos e de auditoria são mais facilmente diluídos pelo faturamento de uma grande empresa do que por uma pequena que está entrando agora no mercado. A mesma alíquota de imposto que incide sobre os lucros de uma grande empresa, tirando-lhe parte de seu resultado, inviabiliza a continuidade de uma pequena.

Mas esse distanciamento da liberdade pode ser revertido, e bem rapidamente. Com efeito, pode acontecer em apenas alguns anos. Há vários exemplos práticos recentes: os EUA e o Chile começando ao final da década de 1970, o Leste Europeu após queda do comunismo, a Nova Zelândia na década de 1980, a China e a Índia na década de 1990, e o Canadá na primeira década do século XXI.

Dado que vivemos em uma economia que é transformada pela mente e pela inteligência, o futuro pode mudar tão rapidamente quanto a mentalidade. Sempre que governos intrusivos retrocedem, o conhecimento se expande e a prosperidade ocorre. 

O crescimento econômico, portanto, não advém majoritariamente de “incentivos e punições”. Essa “teoria dos incentivos” permite que os críticos do capitalismo o caricaturem como um desumano esquema de manipulação das necessidades humanas, sendo apenas ligeiramente superior às formas mais benignas de escravidão.  

A riqueza advém, isso sim, da expansão da informação, do conhecimento, dos lucros e da criatividade. Essa expansão aprimora as qualidades humanas de seus beneficiários ao mesmo tempo em que os enriquece. O aprendizado dos trabalhadores crescentemente os recompensa por sua mão-de-obra; o aprendizado transmite sabedoria em troca do trabalho extraído. Ao unir conhecimento e poder, o capitalismo traz ordem à entropia das mentes humanas e explicita os benefícios da liberdade. Sendo assim, ele é o mais humano de todos os sistemas econômicos.

A oportunidade para o crescimento dinâmico existe hoje ao redor de todo o mundo. Mas é necessário sermos corajosos e livres o bastante para não perdê-la.


George Gilder é escritor, investidor, economista e entusiasta da tecnologia. É autor do livro Knowledge and Power: The Information Theory of Capitalism and How It is Revolutionizing Our World.


Fonte: Mises Brasil