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Há 115 anos Santos Dumont voava pela primeira vez, aliando invenções à ciência

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Foto: Jules Beau/Domínio público

O voo do brasileiro Alberto Santos Dumont, em uma distância de 60 metros com o 14-Bis, no Campo de Bagatelle, em Paris, marcou historicamente aquele 23 de outubro de 1906 e consagrou ainda mais o inventor. O aparelho subiu 2 metros de altura e foi o bastante para a humanidade olhar para cima e para o futuro de forma diferente.

O feito inédito que completa 115 anos neste sábado (23), porém, é “apenas” a parte mais famosa das conquistas, segundo apontam os pesquisadores da vida e das obras daquele mineiro que ficou conhecido como o Pai da Aviação.

Santos Dumont em seu 14-Bis – Domínio Público

Até aquela data (e depois também), o enredo é de uma história de coragem, perspicácia, generosidade e divulgação científica como rotina de vida. Característica, aliás, de um período de fascínio pela tecnologia e pelas descobertas. Autor de quatro livros sobre Santos Dumont, o físico Henrique Lins de Barros, especialista na história do gênio inventor, destaca que feitos anteriores foram fundamentais para que as atividades aéreas se consolidassem.

Ele cita que o brasileiro inventou e patenteou o motor a combustão para aviões, em 1898, o que viabilizou o sonho de um dia decolar. Uma característica de Santos Dumont é que ele criava, patenteava e liberava a utilização para quem quisesse. Três anos depois do motor, a conquista da dirigibilidade, também por parte de Dumont, foi uma ação revolucionária.  

“Ele aprendeu a voar de balão, fez os primeiros dirigíveis. Todos eles, até o número 6, têm inovações impressionantes, com mudanças conceituais. Ele sofreu diversos acidentes, mas aprendeu a voar. Foi assim que ele descobriu quais eram os problemas de um voo controlado.  Quando ele ganhou o Prêmio Deutsch, em 1901 [com o dirigível número 5], ele tinha domínio total. Em 1902, ele já tinha os dirigíveis até o número 10 construídos”.

“Ele tem uma produção, em dez anos, em que ele idealiza, constrói, experimenta mais de 20 inventos. Todos revolucionários. Ele tem intuição para o caminho certo e criatividade para ir adiante. Os colegas deles inventores diziam que ele fazia em uma semana o que os outros demoravam três meses”.

Henrique Lins de Barros

Voo sob controle

De acordo com o escritor Fernando Jorge, biógrafo de Santos Dumont, a descoberta da dirigibilidade, por parte do brasileiro, foi um marco decisivo para o que ocorreria depois. “Entendo que foi um momento supremo e culminante para a história da aeronáutica mundial.”

Para o arquivista Rodrigo Moura Visoni, pesquisador dos inventores brasileiros e autor de livro sobre Santos Dumont, as fotos mostram detalhes da emoção que tomou conta das pessoas quando houve a conquista da dirigibilidade. “Santos Dumont foi convidado para rodar o mundo. Foi, sem dúvida, um grande feito. Para se ter uma ideia, o número de notícias sobre a conquista do Prêmio Deutsch supera a do primeiro voo [cinco anos depois]. Isso é explicado porque a busca pela dirigibilidade já tinha 118 anos. Ele resolve um problema secular. Além disso, a descoberta permitiu a era das navegações aéreas”, afirma.

Segundo o que Visoni pesquisou, Alberto Santos Dumont disse, em várias entrevistas, inclusive pouco antes de morrer, que a maior felicidade dentre todas as emoções foi a conquista da dirigibilidade. “Isso é muito curioso. Ele dizia que o dia mais feliz não foi o dia em que ele faz a prova do Prêmio Deutsch, nem o 23 de outubro ou o 12 novembro de 1906 [em que ele faz o voo de 220 metros pela Federação Aeronáutica Internacional]. O dia mais feliz teria sido o 12 de julho de 1901, quando ele percebeu que resolveu o problema de dirigibilidade aérea. Foi uma demonstração impressionante. Ele vai aonde ele quer. Ele estava totalmente integrado ao dirigível.”

O Prêmio Deutsch (no valor de 100 mil francos) foi conferido a Santos Dumont por ele ter conseguido circular a Torre Eiffel em julho. Mas os juízes garantiram a vitória ao brasileiro somente em novembro daquele ano. Os 120 anos da dirigibilidade, assim, devem ser celebrados no mês que vem.

Na ocasião, o dinheiro foi distribuído para a equipe do aviador e para pessoas pobres da capital francesa. “Ele era um homem muito generoso”, afirma o biógrafo Fernando Jorge. 

“Tomem cuidado!”

A série de demonstrações públicas que ele faz dos seus inventos devia sempre ser acompanhada da presença de repórteres. “Os jornalistas registravam e Santos Dumont publicava o que ele estava fazendo. Essa é uma característica impressionante. Ele divulga tudo. Tanto o que ele acerta como o que ele erra. Essa é uma característica impressionante dele. Quando ele erra, ele descreve e alerta: ‘Tomem cuidado!’. Ele estava maduro na arte dos balões”, afirma Lins de Barros.

População francesa assiste ao voo do 14-Bis – 1906- Domínio público

A postura de Santos Dumont não era apenas a de um inventor, mas a de um divulgador científico, explicam os pesquisadores. “Ele foi um divulgador honesto.”

Entre 1901 e 1906,  Santos Dumont passou a entender o que era o voo do avião. “O 14-Bis ele fez em pouquíssimo tempo, pouco mais de um mês. Em setembro, por exemplo, ele experimenta e faz vários testes com o aparelho.”

Em 23 de outubro, ele, após quatro tentativas, consegue voar os 60 metros. Assim ele mostra para todos os aviadores da época que era possível voar com o mais pesado que o ar. Uma revolução. A vitória significou o Prêmio ArchdeaconBastaria voar 25 metros. Santos Dumont fez um percurso de mais que o dobro.

Demoiselle, a primeira de uma série

Depois do voo, outros inventores entenderam quais eram os problemas. Em 1907, Santos Dumont apresenta o Demoiselle (invenção número 20), um ultraleve. “No ano seguinte, Santos Dumont publica em uma revista popular o plano detalhado do Demoiselle para quem quisesse construir. Esse modelo passa a ser o primeiro produzido em série na aviação”, explica Lins de Barros. O modelo foi vendido para um pioneiro da aviação na França, Roland Garros.

Foto reprodução Iara Venanzi/Itaú Cultural

Santos Dumont x irmãos Wright

Nessa época, também, surge uma polêmica com dois norte-americanos, os irmãos Wright (Wilbur e Orville), que alegam terem sido os pioneiros do voo. Os pesquisadores explicam que os aviadores não têm registros de voos, com decolagem, dirigibilidade e pouso antes de 1906 sem uso de catapultas (que impulsionavam os aparelhos para o ar).

Em 1908, Santos Dumont, acometido por esclerose, abandonou o voo. O registro é de que ele se suicidou em 1932, em um hotel no Guarujá (SP). O biógrafo do aviador, Fernando Jorge, lamenta que o final da vida do genial brasileiro tenha sido de martírio diante da doença e da depressão. “Ele era um homem tímido e que revelava que não queria casar porque não queria deixar a esposa viúva. De toda forma, o que sempre me impressionou na personalidade dele foi a combinação impressionante da tenacidade, da coragem e da perseverança. Foi um gênio da humanidade.”

Agência Brasil

Após cinco anos em queda, número de empresas no Brasil cresceu em 2019

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Foto: Marcos Paulo Prado/Unsplash

Pesquisa inédita, divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, após cinco anos em queda, o número de empresas ativas no país aumentou em 2019. Houve um acréscimo de 6,6% na comparação com 2018. Da mesma forma, cresceu o total de assalariados que trabalham para entidades empresariais. O aumento de 774,8 mil representa alta 2,4%.

Intitulada Demografia das Empresas e Empreendedorismo, a pesquisa revela as taxas de entrada, saída e sobrevivência das empresas, além da mobilidade e idade média delas. Mostra ainda dados relacionados à ocupação assalariada. Há recortes por atividades econômicas e regiões do país. O IBGE reúne esses indicadores anualmente desde 2008. Não são considerados no levantamento órgãos públicos, entidades sem fins lucrativos, microempreendedor individual (MEI) e organização social (OS).

A análise exploratória das entidades que mais geraram empregos no período considerado pode ser utilizada como material de apoio para estudos futuros sobre o tema, sobretudo os relacionados às políticas públicas que visem a fomentar a geração de empregos no Brasil”, registra o IBGE. O órgão aponta ainda que os indicadores reunidos na pesquisa são importantes para avaliar o dinamismo empresarial no país.

Em 2019, o Brasil tinha 4,7 milhões de empresas com uma idade média de 11,7 anos. Elas contavam com 33,1 milhões de trabalhadores assalariados. Nesse mesmo ano, as entradas de novas empresas totalizaram 947,3 mil. Considerando que as saídas foram 656,4 mil, o saldo positivo foi de 290,9 mil.

O IBGE considera que parte desse resultado pode refletir um ajuste na base de dados. Isso porque a pesquisa usa como referência o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do próprio instituto, que é atualizado todos os anos a partir de outros estudos. Ele também leva em conta a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registros administrativos do Ministério do Trabalho e Previdência. Mas em 2019, ambos começaram a ser substituídos pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).

“Observa-se que as 4,7 milhões de empresas ativas tinham 5,2 milhões de unidades locais também ativas, das quais 50,5% estavam localizadas na Região Sudeste; 22,5%, na Região Sul; 14,9%, na Região Nordeste; 8,4%, na Região Centro-Oeste; e 3,7%, na Região Norte”, constatou o IBGE.

As áreas econômicas de maior destaque foram “atividades profissionais, científicas e técnicas”. O saldo positivo foi de 61.388 empresas. Nesse setor, segundo o IBGE, enquadraram-se muitos profissionais liberais que atuam oferecendo serviços e consultorias em gestão empresarial, engenharia, direito e contabilidade. “Saúde humana e serviços sociais” foi outra atividade econômica que se destacou. O saldo positivo, de 44.294 empresas, se deve principalmente à atenção ambulatorial exercida por médicos e dentistas.

Os números revelam a interrupção da sequência de quedas que se observou entre 2014 e 2018. Antes desse período, o Brasil registrou pelo menos seis anos de crescimento do número de empresas: o saldo anual foi positivo de 2008, quando as análises começaram a ser realizadas, até 2013.

É importante notar que o IBGE não avaliou ainda impactos da pandemia de covid-19, que teve início no Brasil em março de 2020. A influência da crise sanitária no país poderá ser observada na próxima edição da pesquisa, que deverá ser publicada no ano que vem e trará os dados de 2020.

Sobreviventes

Das 4,7 milhões de empresas no país existentes em 2019, 79,8% eram sobreviventes e 20,2% representavam novas entradas. A pesquisa aponta que a média salarial mensal das empresas sobreviventes, de R$ 2.549,36, é superior à média salarial mensal das empresas iniciantes, de R$ 1.553,62. Revela também que 96,9% do pessoal ocupado assalariado estava empregado nas entidades sobreviventes e 3,1% nas iniciantes.

A pesquisa apurou ainda a evolução das empresas que foram criadas cinco anos antes, isto é, em 2014. Os resultados mostram que 77,2% sobreviveram após um ano de funcionamento, 64,9% após dois anos, 54,8% após três anos e 46,3% após quatro anos. Em 2019, passados cinco anos, as sobreviventes eram 37,6%.

É possível notar diferenças na taxa de sobrevivência conforme o porte da empresa. Aquelas que não possuem pessoas assalariadas, com atividades sendo desenvolvidas apenas por proprietários ou sócios, registraram índice de 32,1% após cinco anos. Entre as empresas criadas em 2014 com dez ou mais assalariados, 64,5% estavam ativas em 2019. Nas empresas intermediárias, que têm entre um e nove trabalhadores que recebem salário, esse índice foi de 49,1%.

Agência Brasil

Sancionada lei que proíbe eutanásia de cães e gatos de rua

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Foto: Filipe Coimbra/Unsplash

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (20) a lei que estabelece a proibição da eutanásia de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e outros estabelecimentos similares. Normalmente, animais recolhidos das ruas são encaminhados para essas unidades.

O texto havia sido aprovado no final de setembro pelo Congresso Nacional e é de autoria dos deputados federais Ricardo Izar (PP-SP) e Celio Studart (PV-CE).

Pela nova lei, somente os animais com doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis, que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais, poderão sofrer eutanásia. Neste caso, o procedimento deve estar devidamente justificado por laudo veterinário prévio. 

“A ideia central do projeto é a proteção animal e o incentivo à adoção, retirando de cena o abatimento desmotivado e desarrazoado de animais sem doença infectocontagiosa incurável”, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em comunicado.

Agência Brasil

Maioria das indústrias buscou inovar na pandemia

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Foto: Chris Turgeon/Unsplash

A pandemia do novo coronavírus (covid-19) levou grandes e médias indústrias a investir em processos de inovação para aumentar a competitividade. É o que aponta pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada hoje (19). De acordo com o estudo, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, oito em cada dez indústrias inovaram e viram crescer a produtividade e os resultados financeiros.

O levantamento teve por objetivo mapear a percepção de executivos de empresas no Brasil sobre o atual cenário de inovação dentro e fora das principais companhias em atividade no país. Foram entrevistados executivos de 500 indústrias durante o mês de setembro e a amostragem foi controlada por porte das empresas (médias e grandes) e setor de atividade.

Do total de empresas industriais de médio e grande porte, 88% promoveram alguma inovação durante a pandemia de covid-19, como forma de buscar soluções para a crise imposta pelo contexto sanitário.

“Dentre o total de empresas ouvidas, 80% registraram ganhos de produtividade, competitividade e lucratividade decorrentes de inovações. Outras 5% tiveram dois desses ganhos e 2%, um ganho. Apenas 1% das indústrias brasileiras inovou e não viu nenhum incremento em seus resultados. Os dados mostram que somente 13% dos executivos entrevistados disseram que suas empresas não inovaram durante a pandemia”, informou a CNI.

O levantamento indica, também, que 51% das indústrias não possuem setor específico voltado para a renovação. Os dados apontam, ainda, que 63% das empresas pesquisadas não têm orçamento reservado para inovação e 65% não dispõem de profissionais exclusivamente dedicados a mudanças.

Dificuldades

De acordo com a pesquisa, as principais causas para dificuldade em mudar durante a pandemia são acessar recursos financeiros de fontes externas (19%), a instabilidade do cenário externo (8%), a contratação de profissionais (7%), falta de mão de obra qualificada (8%) e o orçamento da empresa (6%).

Os dados mostram, ainda, que a pandemia trouxe alterações na produção das empresas, com 67% dos entrevistados afirmando que a covid-19 evidenciou alterações na relação com os trabalhadores; 60% disseram que tiveram alterações nas vendas; 59% nas relações com clientes; 58% na gestão; 53% nas linhas de produção; 51% na utilização de tecnologias digitais e 44% na logística.

Segundo a CNI, entre os entrevistados, 79% responderam que foram prejudicadas com a pandemia, com destaque para a Região Nordeste, que concentrou 93% das respostas positivas. E 58% das indústrias disseram que a cadeia de fornecedores foi a mais prejudicada, seguida de vendas (40%) e linhas de produção (23%). 

Ao mesmo tempo, 20% dos executivos disseram que foram pouco ou nada prejudicados pela pandemia. No total, 55% das empresas afirmaram que tiveram aumento no faturamento bruto.

A pesquisa mostrou, ainda, que, para os próximos três anos, as empresas consideram como prioridades ampliar o volume de vendas (49%), produzir com menos custos (49%), produzir com mais eficiência (41%), ampliar a produção (34%) e fabricar novos produtos (27%). Para isso, entre os setores que as indústrias consideram mais importante inovar estão o de relação com o consumidor (36%), setor de processos (35%) e de produção (31%)

Agência Brasil

Batatinha frita 1, 2, 3

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O título do artigo te chamou a atenção, não é? Siga lendo para entender a relação entre Round 6, a indústria do entretenimento e os ideais de liberdade.

Começo este artigo com uma constatação um tanto quanto polêmica: a forma mais rápida e fácil de ganhar dinheiro é criticar aqueles que o geram. Observando os padrões das histórias que consumimos nas plataformas de Streaming é possível identificar semelhanças nos roteiros. Os mocinhos já não são mais os protagonistas, e isso não me aborrece, afinal, não há quem seja cem por cento bom ou mau. Tampouco temos a figura de um antagonista representando a distorção dos ideais de uma sociedade. Seja bem vindo à era da relativização.

Foto: Divulgação

Explorar a verdadeira natureza humana é lucrativo, pois nos identificamos com personagens que não são difíceis de encontrar no dia a dia. No entanto, se antes o padrão inalcançável defendido pela mídia era a idealização de um ser humano perfeito, hoje presenciamos um culto ao coitadismo. Nós, os nascidos a partir da década de 90, somos frágeis emocionalmente (isso me inclui). A deturpação dos conceitos estéticos de beleza; a tentativa de reduzir a linguagem a um nível em que seja possível restringir e controlar o pensamento; e o ódio a quem faz o que não conseguimos fazer… pasmem, isso VENDE!

Portanto, como diria Ayn Rand, em uma sociedade na qual a moral vigente defende a renúncia à busca pela felicidade como sendo a verdadeira felicidade, o fracasso dos nossos valores passa a ser uma medalha a ser ostentada aos quatro ventos.

Foto: Divulgação

Diante disso, uma inferência aceitável é de que histórias como Round 6 fazem sucesso pela capacidade de fortalecer no telespectador o sentimento de injustiça. Basta apontar o dedo a quem não desistiu de buscar a própria felicidade e criou algo que gere lucro. Ao invés de focar na elite governamental que aparelha os poderes e impede a realização dos nossos objetivos em prol da existência do Estado, a indústria segue vendendo soluções paternalistas aos que não desejam a responsabilidade pelo próprio futuro.

Não aceite ser medíocre.


Fonte: Boletim da Liberdade – Por Laura Ferraz

Quer investir? A B3 oferece cursos para quem quer aprender a operar no mercado de ações

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Foto: Tech Daily/Unsplash

A B3, bolsa de valores de São Paulo, está oferecendo seis cursos para quem deseja começar a aprender a operar no mercado de ações. As aulas são gratuitas e gravadas.

Nestes cursos, o estudante ou o futuro investidor poderá aprender sobre o momento certo para comprar e vender ativos e até conhecer um pouco mais sobre a B3.

Os cursos disponibilizados pela B3 são sobre análises de investimentostraderanálise técnicamercado futuro para mulheres investidorasmercado de ações e estratégias para operar

Os cursos já estão disponíveis no hub de Educação Financeira da B3. No site também há outros cursos relacionados ao mercado de ações.

Agência Brasil

O Facebook descobriu que irritar as pessoas faz com que elas gastem mais tempo irritando-se

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Foto: Annie Spratt/Unsplash

Frances Haugen, uma ex-funcionária do Facebook, apareceu no “60 Minutes”, onde criticou o Facebook, uma empresa de capital aberto, por “otimizar o conteúdo que obtém engajamento”. Em outras palavras, o FB tenta manter os usuários em sua plataforma o máximo possível para ganhar dinheiro, algo que uma companhia aberta tem como obrigação perante seus acionistas.

“Whistleblower” Haugen trabalhou na sede do Facebook, no que a empresa chamou de Integridade Cívica, que, de acordo com o “60 Minutes”, lida com “riscos para as eleições, incluindo desinformação”. Lá ela descobriu que o conteúdo personalizado do Facebook para os usuários busca desencadear emoções, inclusive raiva, para que o usuário passe o máximo de tempo possível na rede.

“60 minutos”: “O algoritmo (do Facebook) escolhe entre essas opções com base no tipo de conteúdo com o qual você mais se envolveu no passado.”

Haugen: “Uma das consequências de como o Facebook está escolhendo esse conteúdo hoje é que ele está otimizando para um conteúdo que consegue engajamento, uma reação, mas sua própria pesquisa está mostrando esse conteúdo que é odioso, que causa divisão, que é polarizador, é mais fácil inspirar as pessoas à raiva do que a outras emoções. O Facebook percebeu que, se mudarem o algoritmo para ser mais seguro, as pessoas passarão menos tempo online, clicarão em menos anúncios, e a empresa irá faturar menos. “

A pergunta é: como isso é diferente de qualquer outro meio, seja televisão, tv a cabo, rádio, rádio, jornais, tablóides ou outras mídias? Lembre-se do ditado sobre os jornais: “Se sangra, vende”. Como apresentador de rádio por quase 30 anos, sei que as classificações avaliam não apenas quantas pessoas ouvem, mas por quanto tempo elas ouvem. É uma parte importante da fórmula que determina a popularidade de qualquer programa. Quanto mais popular o programa, mais anunciantes ele atrai. Quanto mais anunciantes um programa atrai, mais eles pagam.

Resumindo, o Facebook descobriu que irritar as pessoas faz com que elas gastem mais tempo irritando-se, o mesmo método que o “60 Minutes” segue para obter classificações. Na verdade, o “60 Minutes” promoveu fortemente essa suposta entrevista “bombástica” com o denunciante.

O verdadeiro escândalo, nem mesmo sugerido por Haugen ou “60 Minutes”, é a óbvia supressão de conteúdo conservador pelo Facebook, Twitter e pelos veículos de “notícias” progressistas.

O tratamento dispensado ao ex-presidente Donald Trump se destaca como o exemplo mais flagrante. Dias antes da eleição de 2020, o Twitter proibiu o New York Post de postar sua própria exposição sobre Hunter Biden e que seu pai Joe, apesar de suas negativas, sabia claramente sobre o envolvimento de seu filho em uma empresa de energia da Ucrânia.

E o Facebook baniu Trump após a “insurreição” de 6 de janeiro por supostamente espalhar a “Big Lie”, ou “Grande Mentira”, sobre as eleições de 2020.

Não importa que Hillary Clinton tenha repetidamente chamado a eleição de 2016 de “roubada” e Trump de “ilegítima”. Várias pessoas se envolveram na violência e protestos nas ruas em muitas cidades quando Trump foi eleito e mais de 200 manifestantes foram presos quando Trump tomou posse. De acordo com uma pesquisa YouGov de março de 2018, dois terços dos democratas acreditam erroneamente que a Rússia “adulterou as contagens de votos” na eleição de 2016.

É verdade que, de acordo com uma pesquisa da Universidade Quinnipiac no início deste ano, 76 por cento dos republicanos que se identificam a si mesmos acreditam que houve “fraude generalizada nas eleições de 2020”. Mas, de acordo com uma pesquisa Gallup de 2018, 78% dos democratas acreditam que os russos não apenas “interferiram” em 2016, mas “mudaram o resultado” daquela eleição. Portanto, mais democratas consideram a eleição de 2016 “roubada” do que republicanos que pensam da mesma forma em relação a 2020. Neste sentido então, por que o Facebook não baniu Clinton?

Resumindo, Haugen quer mais, não menos supressão de conteúdo que ela considera “odioso” e “polarizador”. Mas então quem decide o que é odioso ou não? Seriam essas as mesmas pessoas que chamam o 6 de janeiro de “insurreição” e que baniram Trump permanentemente, mas não Hillary Clinton, por promover a “Big Lie”?

A questão não é utilizar uma ferramenta para manter o usuário online por mais tempo, mas quem ela quer manter online, silenciando uns e fazendo “vista grossa” a outros.


Fonte: Intellectual Takeout – Por Larry Elder – autor de best-seller, apresentador de talk show de rádio.

Empresa brasileira desenvolve spray anti-Covid à base de nióbio

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Foto: Freepik

Uma startup de Belo Horizonte esteve no MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações em Brasília nesta quinta-feira (14) para apresentar um produto desenvolvido à base de nióbio que pode proteger por até 24 horas as mãos contra o vírus causador da Covid-19. A Nanonib é uma empresa criada dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e há 16 anos estuda a aplicação do mineral abundante do Brasil. A startup já é monitorada pela Secretaria de Estruturas Financeiras e de Projetos (SEFIP) do MCTI e desenvolveu o spray anti-Covid com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao ministério.

O produto chamado de Innib 41 está na 4ª rodada de debates para a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O secretário de Pesquisa e Formação Cientifica (SEPEF), Marcelo Morales, representou o ministro astronauta Marcos Pontes no encontro e destacou que o ministério tem um longo relacionamento com a ANVISA, por conta das aprovações para as vacinas nacionais em desenvolvimento com apoio da RedeVírus MCTI. Morales destacou que a pasta está “disponível para ajudar a empresa neste relacionamento”.

Além do spray que protege a mão do vírus que causa a Covid, a empresa mineira desenvolve outros produtos à base de nióbio. Entre estes produtos está uma pasta de dente eficaz no clareamento dental e no combate às cáries. Além disso, a Nanonib desenvolveu um gel que combate inflamações de pele desde as mais simples até mais complexas. Fora da saúde, a empresa desenvolve um produto para o combate de fungos em plantações de soja que pode ser primordial para o agronegócio no país. O produto à base de nióbio não é tóxico, como os tradicionais agroquímicos utilizados hoje no país.

Nióbio

O nióbio é um mineral difícil de ser encontrado no mundo, mas abundante no Brasil que é responsável por 95% das reservas no planeta. O país integra uma corrida mundial para agregar valor ao mineral que poder ser estratégico para o governo. O presidente Jair Bolsonaro participou recentemente da abertura da 1ª Feira Nacional do Nióbio, em Campinas (SP). O ministro Marcos Pontes recebeu o presidente no evento que aconteceu no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao MCTI. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro destacou a importância do mineral para o país. “Isso que o governo está investindo agora, o nióbio, é o futuro. O Brasil não pode mais ficar apenas sendo um país dependente de commodities”.

Fonte: MCTI

Investimentos em startups pressionam seguradoras

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Foto: Taneli Lahtinen/Unsplash

O World InsurTech Report 2021 da Capgemini e da Efma, mostra que as InsurTechs (startups especializadas no setor de seguros) e BigTechs estão fazendo investimentos significativos para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor de seguros, aumentando a pressão sobre as seguradoras estabelecidas. Os players digitais da nova era oferecem maior personalização e ênfase na experiência do cliente, conquistando a confiança de cada vez mais pessoas. Em resposta, as seguradoras estão tentando fortalecer seus recursos de tecnologia por meio de parcerias no ecossistema ou aquisições, mudando sua realidade de “fazer digital” para “ser digital”.

De acordo com o estudo, as gigantes de tecnologia e as InsurTechs garantiram acesso sem precedentes à alocação de capital de investidores e estão reforçando seus recursos digitais, o que aumenta sua liderança como vanguardistas da inovação. Entre 2018 e 2020, as 5 maiores empresas de tecnologia do mundo e um famoso fabricante de automóveis – que oferece serviços de seguros – alocaram quase 2,5 vezes o investimento total nas 30 maiores seguradoras. No final de 2020, o valor de mercado total das InsurTechs listadas ultrapassava US$ 22 bilhões. Elas estão se tornando rapidamente o investimento do momento, com uma ampla gama de investidores apoiando e injetando capital.

Segundo o levantamento, os capitalistas de risco, os oportunistas e os parceiros de private equity estão implantando capital inicial, enquanto as resseguradoras estão desempenhando ativamente duas funções críticas: habilitar InsurTechs por meio de investimentos e fornecer capacidade de subscrição essencial.

Pandemia estimula seguros

A pandemia de COVID-19 fomentou a intenção do cliente de adquirir seguro em até 7% e, cada vez mais, os segurados estão sendo atraídos pelas seguradoras que oferecem melhor ‘CARE’, onde Conveniência, Aconselhamento e Relevância estão no centro da percepção de eficácia na jornada do cliente. Hoje, os segurados não hesitam mais quando se trata de abandonar um provedor em busca de outro CARE mais atrativo. Pela primeira vez, 50% dos clientes hoje em dia estão dispostos a considerar a cobertura de um player da nova era.

As Insurtechs

Essas startups vieram para revolucionar o mercado de seguros, com uma proposta parecida com a das edtechs (educação), healthtechs (saúde) e fintechs (mercado financeiro).

Atendendo à demanda pela desburocratização no segmento, muitas insurtechs trabalham lado a lado com seguradoras tradicionais, a fim de fornecer serviços mais simples e a custos menores.

O resultado são modelos inovadores como planos de saúde sob demanda e pay per use, atendendo a seguros de vida, saúde e diversos tipos de bens materiais.

Se quer saber mais sobre quando surgiram, como funcionam essas startups e o impacto de suas ações para o mercado, este artigo é para você.

O que são insurtechs?

Insurtechs são startups voltadas ao mercado de seguros que, em geral, atuam na oferta de soluções de aprimoramento para a experiência dos clientes.

A palavra insurtech foi construída a partir da combinação entre duas palavras em inglês:

Insurance (seguro) + Technology (tecnologia).

Adicionar o sufixo tech também indica que o grupo pertence às empresas inovadoras, já que startup pode ser definida como:

“Um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.”

Se você já contratou uma seguradora de modo convencional, conhece a necessidade de descomplicar o processo.

Normalmente, ele é repleto de documentos, termos complexos, assinaturas e condições difíceis de serem compreendidas por quem não tem familiaridade com a dinâmica da proteção de bens, o que pode levar a equívocos e problemas na hora de utilizar o serviço.

Também costuma impactar em atividades relativamente simples, como o cancelamento do serviço ou a consulta às condições contratuais.

De olho nessas questões, empreendedores brasileiros e estrangeiros encontraram formatos para acabar com a burocracia no atendimento prestado por empresas do mercado de seguros: a criação de startups focadas nessa demanda.

Usando criatividade e flexibilidade, esses empresários têm conseguido promover mudanças significativas no setor, conferindo agilidade aos processos e trabalhando em modelagens centradas no cliente.

Quando surgiram as insurtechs?

Não há um registro específico que aponte para o surgimento das insurtechs.

Até porque elas representam um movimento rumo à inovação de um setor que, até poucos anos atrás, seguia restrito a processos tradicionais e burocráticos, com quase nenhuma novidade em relação aos produtos e atendimento ao consumidor.

Contudo, a era digital desencadeou transformações em todos os setores de mercado e, mais cedo ou mais tarde, chegaria ao securitário.

Um dos maiores sinais foi a disrupção experimentada pelo mercado financeiro, outro campo bastante tradicional e, até então, dominado por grandes bancos e entidades financeiras.

Com poucas opções para otimizar processos e agregar benefícios aos clientes, a área carecia de uma remodelagem, que vem sendo conduzida com sucesso por fintechs como a Nubank.

Todas essas mudanças se tornaram evidentes na década de 2010, tanto na área financeira quanto no mercado de seguros, fortemente influenciado pelo sucesso das fintechs.

A maioria das insurtechs funciona conectando seguradora, tecnologia e consumidor através de ferramentas tecnológicas como inteligência artificial, machine learning e blockchain.

Normalmente, seus serviços ficam concentrados em plataformas digitais, como aplicativos e sites que dispõem de uma interface amigável, ou seja, simples de ser usada, mesmo por pessoas leigas.

Além das apólices de seguro, as insurtechs oferecem serviços agregados, priorizando a experiência do cliente para ganhar sua lealdade e manter uma boa rentabilidade.

O intermédio por parte dessas startups confere agilidade, praticidade e facilidade para o uso de produtos securitários, permitindo, por exemplo, que o próprio usuário faça a contratação do pacote que mais lhe agrada, mude de pacote ou faça o cancelamento.

Como é o mercado de insurtechs no Brasil?

O mercado de insurtechs no Brasil está em franca expansão, sendo que o número de empresas do segmento aumentou 47% entre 2018 e 2019, conforme revela levantamento feito pela KPMG em parceria com a Distrito.

Divulgado em março de 2020, o estudo contabilizou 113 startups do mercado de seguros no país, que atuam em 4 frentes principais:

Resolução de problemas de eficiência (47,8%)
Produtos e distribuição (31%)
Comparação (14,2%)
Serviços adicionais (7,1%).

A Região Sudeste concentra a maioria das insurtechs (74,3%), sendo que 52% se localizam no estado de São Paulo.

Em seguida, vêm as regiões Sul com 17,7%; Centro-Oeste com 4,45%; Nordeste com 2,7%; e Norte com 0,9%.

Mais da metade delas (66%) ainda se encontra nas etapas iniciais, tendo faturamento presumido de até R$ 5 milhões.

Somente 15 das 113 insurtechs alcançam R$ 25 milhões em faturamento.

Dominado por pequenas empresas, 70% do setor é formado por organizações com menos de 20 funcionários.

Quanto à representatividade das insurtechs brasileiras no exterior, um estudo da Digital Insurance LatAm mostrou que o ecossistema brasileiro corresponde a 37% do mercado da América Latina.

O levantamento verificou, ainda, que 56% das insurtechs nacionais trabalham sob uma dinâmica de colaboração com seguradoras tradicionais, melhorando seus serviços.

Como as insurtechs impactam o mercado de seguros?

As insurtechs proporcionam flexibilidade e praticidade para os clientes, que recebem autonomia para controlar os serviços contratados.

Em vez de precisarem contratar um corretor para executar ações simples, eles mesmos podem acessar um app ou plataforma, através de login e senha, para monitorar sua apólice e serviços agregados, fazer mudanças, esclarecer dúvidas ou solicitar suporte.

Essa digitalização dos processos, comum em outras áreas, vem revolucionando o relacionamento entre seguradoras e consumidores, com ganhos para ambos.

Afinal, as seguradoras passam a fornecer um atendimento mais humanizado e personalizado para corresponder aos principais desejos e necessidades dos clientes, sejam pessoas físicas ou jurídicas.

Aderem, também, à inteligência de dados para coletar, compilar, armazenar e comparar números extraídos de atividades dos clientes, utilizando a automatização para tirar insights e transformar os dados em informações estratégicas para a companhia.

Mas nem tudo são flores.

Um efeito não tão positivo para seguradoras e corretores são as mudanças velozes encabeçadas pelas insurtechs, que exigem adaptações rápidas para impedir que negócios e serviços se tornem obsoletos.

Nesse cenário, quem não priorizar a transformação digital, que coloca a tecnologia no centro das operações da empresa, pode ser prejudicado e ficar fora do mercado na próxima década.

Quais os benefícios das insurtechs?

Nos tópicos anteriores, mencionamos algumas vantagens proporcionadas pelas insurtechs e sua busca pela simplificação no mercado de seguros.

Agora, detalhamos os principais benefícios dessas startups. Acompanhe!

Produtos personalizáveis

Antes das insurtechs, o processo de escolha de um seguro era padronizado.

O consumidor solicitava os planos ou pacotes disponíveis à seguradora ou corretor, a fim de que pudesse comparar sua cobertura, pontos fortes e fracos para verificar qual deles era mais adequado às suas necessidades.

Claro que muitos corretores se dedicavam a facilitar essa dinâmica, resumindo os serviços disponíveis e os destaques de cada opção, contudo, não tinham liberdade para mudar as regras definidas previamente pelas seguradoras.

Já com as insurtechs, o cenário está se modificando.

Percebendo a existência de perfis distintos entre os consumidores interessados em seguros, essas startups prezam pela construção e oferta de produtos personalizáveis, a fim de que atendam todos os requisitos desejados pelo cliente, sem aumentar os custos.

Redução de burocracias

O aumento da eficiência, área em que a maior parte das insurtechs brasileiras atua, pede uma desburocratização consistente para facilitar a vida do consumidor.

Assim, contratos são simplificados, menos documentos são exigidos e multas e punições, diminuídas para aumentar a aderência aos seguros.

Um exemplo da redução de burocracias é a isenção de taxas caso o cliente precise ou queira cancelar o serviço.

Partindo da valorização de pessoas (funcionários e consumidores), as startups do mercado de seguros aproveitam o churn (cancelamento) para colher dados importantes, começando com o motivo para a desistência do serviço.

Dessa forma, a situação aparentemente ruim se torna fonte de informações para aperfeiçoar as soluções ofertadas pela empresa.

Preços mais atraentes

A natureza dos serviços fornecidos por insurtechs, que priorizam a flexibilidade, possibilita menores investimentos por meio da contratação de pacotes personalizados.

Em vez de arcar com custos de uma série de itens, o cliente tem a opção de montar sua própria versão e pagar apenas pelo que contratou.

Outra característica que leva ao enxugamento de despesas é a digitalização das startups, que eliminam custos com deslocamento, viagens, hospedagens e alimentação de colaboradores que tenham se movido até os clientes.

Aquelas que possuem sedes pequenas ou baseiam toda a operação no online têm ainda menos gastos, pois não precisam arcar com aluguel, contas de água, energia e telefone, mantendo seus empregados em regime de home office.

Praticidade e facilidade na contratação

Basta alguns cliques para contratar uma série de serviços disponibilizados pelas insurtechs.

Caso seja preciso esclarecer dúvidas, muitas contam com assistentes prontos para atender via chat, apps de mensagem ou telefone, conferindo agilidade aos contatos com clientes em potencial.

Conformidade com a legislação

A atuação de insurtechs é contemplada pela legislação nacional, em documentos como a Resolução nº 359/2017, aprovada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados.

A norma alterou a Resolução CNSP nº 294/2013, estabelecendo novas regras para a comercialização de seguros privados.

Em seu Art. 4º, a norma afirma que:

“Fica autorizada a emissão de bilhetes, de apólices, de certificados individuais, de contratos coletivos e de endossos com a utilização de meios remotos.”

Tendências

Com a solidificação das insurtechs, as tendências para todo o mercado de seguros deverão contemplar as atividades e propostas dessas startups.

Listamos, abaixo, 5 principais inovações que têm grandes chances de permanecer nos próximos anos:

Inteligência artificial: o auxílio de algoritmos é útil para a análise do perfil dos clientes, dando suporte para a precificação segundo seus hábitos e rotina

Pay Per Use: o formato permite que o consumidor pague somente pelo que utiliza, podendo ser combinado, ou não, a um preço fixo de assinatura

Digitalização: os serviços tendem a ser feitos totalmente online

Assistente virtual: atendendo através de chats, apps de mensagem ou e-mail, as assistentes guiam novos usuários das plataformas das insurtechs para proporcionar experiências positivas

Redução da burocracia: as papeladas, contratos e letras pequenas deverão dar lugar a propostas transparentes e totalmente online.


Fonte: Telesintese e Fundação Instituto de Administração

Balança comercial tem superávit de US$ 1,102 bi no início de outubro

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Foto: Tim Foster/Unsplash

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,102 bilhão na segunda semana de outubro, segundo boletim preliminar divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia. 

O valor é resultado de exportações somando US$ 6,183 bilhões e importações de US$ 5,081 bilhões. No mês, as exportações atingem US$ 7,899 bilhões e as importações, US$ 5,971 bi, com saldo positivo de US$ 1,929 bilhão.

Segundo a Secex, no ano as exportações totalizam US$ 221,25 bilhões e as importações, US$ 162,746 bilhões, com saldo positivo de US$ 58,504 bilhões. A balança corrente de comércio somou US$ 383,996 bilhões.

No comparativo médio entre a segunda semana de outubro de 2021 (US$ 1.316,53 milhão) e a de outubro de 2020 (US$ 882,47 milhões), houve crescimento de 49,2%. Em relação às importações, houve expansão de 50,3% na comparação entre as médias até a segunda semana de outubro/2021 (US$ 995,11 milhões) com outubro/2020 (US$ 662,27 milhões).

Números por setores

Os números foram divulgados no último dia 11, em Brasília. Entre os setores, o destaque ficou com a Indústria Extrativa, com alta na média diária de US$ 117,66 milhões (52,9%) no acumulado até a segunda semana do mês, comparando com igual período no mês do ano anterior. A Indústria de Transformação atingiu crescimento de US$ 251,37 milhões (48,8%) em produtos e a Agropecuária teve expansão de US$ 63,76 milhões (45,6%) na média diária.

A Secex informou que a combinação dos resultados levou a um aumento das exportações. Esse movimento foi puxado, principalmente, pelo crescimento da soja, na Agropecuária, (+186,6% com aumento de US$ 82,63 milhões na média diária); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+201,7% com aumento de US$ 127,36 milhões na média diária), na Indústria Extrativa; e, na Indústria de Transformação, da exportação de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (+584,5% com expansão de US$ 56,42 milhões na média diária).

Importações

No acumulado até a segunda semana de outubro, comparando com outubro de 2020, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 7,18 milhões (41,0%) em Agropecuária; de US$ 25,24 milhões (134,1%) em Indústria Extrativa e de US$ 287,07 milhões (46,5%) em produtos da Indústria de Transformação.

Para a Secex, a combinação dos resultados também levou a um crescimento das importações. Os destaques ficaram para o milho não moído, exceto milho doce (+ 560,3% com alta de US$ 7,01 milhões na média diária); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+483,0% com aumento de US$ 23,77 milhões na média diária); e nas importações de Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (+209,0% com alta de US$ 75,39 milhões na média diária).

Agência Brasil