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Telecom bateu recorde de emissões de debêntures incentivadas em 2021

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Foto: Jonas Stolle/Unsplash

O setor de Telecomunicações bateu o recorde de emissões de debêntures incentivadas em 2021. Ao todo, as operadoras obtiveram aval para lançar R$ 2,85 bilhões em títulos.

Foram emitidas seis debêntures incentivadas, também o maior número já registrado para a área. A política de debêntures incentivadas do governo federal foi criada em 2012, mas só se tornou atrativas às empresas, de fato, a partir de 2020, quando o MCom publicou novas regras voltadas para investimentos em redes de qualquer tipo, inclusive 5G, IoT, virtualização de sistemas e data centers.

Os dados do Ministério da Economia apontam que as debêntures vão dar origem a investimentos vultosos, que movimentará mais do que o valor de face dos títulos. O valor do Capex (investimentos) dos projetos de telecomunicações autorizados será de R$ 8,4 bilhões

As informações estão entre os destaques da 97ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas, produzido pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

Histórico

Desde 2012 – o primeiro ano das debêntures incentivadas -, até dezembro de 2021, o setor de Telecomunicações emitiu 11 debêntures incentivadas, o equivalente a R$ 3.798,5 milhões. Isso corresponde a apenas 2,5% na distribuição setorial de infraestrutura.

O prazo médio das emissões do setor foi de 5,3 anos, mais baixo que nos demais seguimentos. Além disso, o spread ficou em média 1,6% acima do IPCA – o segundo mais alto, perdendo apenas para Saneamento/Mobilidade. Ou seja, as operadoras pagam mais pelos empréstimos e devolvem mais rapidamente do que empresas de outras áreas.

Nesse mesmo período – 2012 a 2021 -, o total do Capex dos projetos em telecomunicações acumulado é R$ 21.367,3 milhões, o equivalente a 33,7% do total de projetos nacionais de infraestrutura que lançaram mão do mecanismo. Em resumo, telecomunicações é o setor que menos se apoia nesse tipo de recurso. Em saneamento, por exemplo, as emissões pagam 80,6% dos projetos.

As empresas de telecomunicações que emitiram debêntures de 2012 a dezembro de 2021 foram: Unique Telecomunicações; Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A; Algar Telecom S/A; MOB Participações S.A; América NET S.A; TIM S.A; e Copel Telecom S/A.

Recorde Geral

Em 2021, as emissões desses títulos em todas as áreas bateram recorde, alcançando o valor total de R$ 47,2 bilhões. A quantidade emitida também foi inédita: 124 ao longo do ano. O setor de Energia foi o protagonista com 67% dos lançamentos, seguido pelo de Transportes, com 25,6%, Saneamento/Mobilidade Urbana, com 4,9%, e Telecom, com 2,5%.

O total do Capex dos projetos de infraestrutura já autorizados pelas portarias desde 2012, chega a R$ 678,2 bilhões. Desse montante, R$ 463,7 bilhões foram de fato emitidos pelas empresas beneficiadas. A solicitação de emissão de uma debênture incentivada não obriga sua emissão, vale lembrar. Essa modalidade de financiamento prevê descontos no imposto de renda do investidor, e foi criada com a intenção de ampliar o fluxo de recursos privados para a infraestrutura.

Telesíntese

Entrega comercial usando drones é autorizada pela Anac

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Foto:Goh Rhy Yan/Unsplash

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu a primeira autorização para uma empresa utilizar drones para entregas comerciais. A contemplada foi a companhia Speedbird Aero, que poderá utilizar aeronaves não tripuladas em suas operações de entrega de produtos.

A Speedbird Aero utilizará a aeronave pilotada remotamente chamada DLV-1 NEO. Poderão ser carregadas cargas de até 2,5 quilos em um raio de até 3 quilômetros. A autorização contempla áreas rurais e urbanas.

Mas a licença envolve uma série de requisitos e parâmetros de segurança. Entre eles estão não sobrevoar pessoas, manter distância de fontes de interferência eletromagnética e respeitar as alturas máximas e mínimas fixadas pela ANAC.

O processo de análise do pedido durou oito meses. Técnicos da ANAC acompanharam quatro ensaios com a empresa, sendo três voltados para observação das características físicas do equipamento e outro para analisar a atuação operacional.

Agência Brasil

Edital de privatização da Codesa será publicado amanhã

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Foto: Edsom Leite/MT

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES vai publicar amanhã (21) o edital do leilão de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). O evento, que prevê a transferência do controle da companhia e a concessão dos portos de Vitória e Barra do Riacho, localizados no litoral capixaba, está previsto para ocorrer no dia 25 de março, na bolsa de valores, B3.

A Codesa é uma empresa pública federal responsável por administrar e explorar comercialmente os portos organizados de Vitória e Barra do Riacho. O texto do edital, assim como a Minuta do Contrato de Concessão, foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o texto do edital elaborado pelo BNDES, no dia 14 deste mês.

O contrato prevê a concessão dos portos por um prazo de 35 anos, prorrogável por mais cinco anos. De acordo com o BNDES, a previsão é que sejam investidos R$ 334,8 milhões, além de aproximadamente R$ 1 bilhão para custear as despesas operacionais.

Cargas

Os estudos realizados pelo banco indicam que o Porto de Vitória, localizado na capital do estado, tem potencial para dobrar a movimentação de cargas, de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas por ano ao longo da concessão.

“Em termos de área disponível, apenas em Vitória há 500 mil metros quadrados e 14 berços de atracação, boa parte dos quais operada atualmente pela autoridade portuária. Cerca de metade destas áreas encontra-se disponível para o desenvolvimento de novos negócios”, disse o BNDES.

Já o Porto de Barra do Riacho é especializado no embarque de celulose e tem uma movimentação atual de 8 milhões de toneladas por ano. O porto conta com dois berços de atracação dedicados à movimentação de granel líquido e acessos terrestres ferroviário e rodoviário.

Segundo o banco, a a concessão do terminal pode trazer oportunidades para exploração de novas áreas, uma vez que, dos 860 mil metros quadrados de área total disponível, 522 mil metros quadrados são greenfield (ainda a serem utilizados).

Agência Brasil

Monitor do PIB indica alta de 1,8% em novembro de 2021, diz FGV

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Foto: Erik Mclean/Unsplash

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicou crescimento de 1,8% na atividade econômica em novembro de 2021, em comparação ao mês anterior; e recuo de 0,3% no trimestre móvel compreendido entre setembro e novembro, em relação ao encerrado em agosto. 

Já na comparação interanual, o avanço da economia é de 2,2% no mês de novembro e 1,3% no trimestre móvel terminado em novembro.

Em valores correntes, o PIB – que é calculado pela soma da captação bruta de todos os recursos e impostos no país – foi estimado, no acumulado do ano até novembro de 2021, em R$ 7,91 trilhões. Os números foram divulgados hoje (19).

Para o coordenador do Monitor do PIB da FGV, Cláudio Considera, a economia brasileira em novembro reverteu a trajetória de queda e estagnação que ocorria desde abril. Segundo o economista, todos os componentes de demanda se mostraram positivos, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, que registrou crescimento forte em três setores, com destaque para a Construção Civil.

“O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, também cresceu, destacando-se os serviços, graças à ampliação da vacinação. Pelo lado da oferta, todos os componentes de serviços foram positivos em comparação ao mês anterior”, apontou.

O coordenador destacou ainda o resultado positivo da atividade industrial puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda. “A taxa acumulada em 12 meses que havia sido negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas crescentes e em novembro foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno desta”, apontou.

Ainda de acordo com o economista, é relevante o avanço no investimento na comparação interanual. “O investimento teve forte crescimento no interanual em novembro, e continua com taxas altas no acumulado de 12 meses”, completou.

Famílias

De acordo com o indicador, o consumo das famílias no trimestre móvel cresce a taxas decrescentes desde junho, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando a alta tinha sido de 10,5%. 

No trimestre encerrado em novembro essa taxa ficou em 0,9%. O componente de serviços, pelo segundo mês seguido, foi o único a apresentar avanço. “Na série com ajuste sazonal, o consumo das famílias apresentou retração de 0,8% em comparação ao trimestre anterior, salientando perda de força”, apontou o Monitor do PIB.

Investimentos

Na comparação do trimestre móvel com igual período do ano passado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa investimentos, também permanece com taxas decrescentes desde junho, quando subiu 33,1%. 

No trimestre terminado em novembro, a variação chegou até 3,9%. Novembro foi o primeiro mês, desde outubro de 2020, que o componente de máquinas e equipamentos apresentou recuo. “Na série ajustada sazonalmente, a formação bruta de capital fixo apresentou retração (6,4%) no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao terminado em agosto”, indicou o levantamento.

Exportação

Na exportação, a queda foi de 0,1% no trimestre móvel terminado em novembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa é a primeira taxa negativa desde fevereiro de 2021. Já na análise da série dessazonalizada, a exportação caiu 6,4% no trimestre móvel encerrado em novembro em comparação ao terminado em agosto.

Importação

A importação subiu 11,8% no trimestre móvel de setembro a novembro, se comparado ao mesmo período do ano anterior. “É importante destacar o elevado crescimento dos produtos da extrativa mineral (49,6%). Na análise da série dessazonalizada, a importação apresentou crescimento de 2,8% no trimestre móvel terminado em novembro em comparação ao terminado em agosto”, apontou.

Agência Brasil

Petrobras atinge recorde de produção no pré-sal em 2021

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Foto: Thiago Spada/Petrobras

A Petrobras atingiu recorde anual de produção no pré-sal em 2021, ao alcançar 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume corresponde a 70% da produção total da companhia, que foi de 2,77 milhões de boed no ano passado. O recorde anterior foi em 2020, quando atingiu a marca de 1,86 milhão de barris de óleo equivalente por dia, representando 66% da produção total da empresa.

De acordo com a companhia, a produção no pré-sal vem crescendo rapidamente, e o recorde registrado em 2021 “representa mais do que o dobro do volume que produzimos nesta camada há 5 anos. Com a manutenção do foco de atuação nas suas atividades em ativos em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras continuará investindo na aceleração do desenvolvimento dos campos do pré-sal, que possuem alta produtividade, maior resiliência a baixos preços de petróleo e mais eficiência em carbono gerando um petróleo competitivo na transição para a economia de baixo carbono”.

A Petrobras vai investir no Plano Estratégico 2022-26, US$ 57 bilhões no segmento Exploração e Produção, sendo 67% desse total no pré-sal, que receberá 12 das 15 novas plataformas previstas para entrar em operação neste período. A produção do pré-sal deverá ser responsável por 79% da produção total da companhia em 2026.

Agência Brasil

PION, o primeiro satélite brasileiro de uma startup, foi lançado pela SpaceX

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Foto: Agência Espacial Brasileira/PION

Foi lançado, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), o primeiro satélite construído por uma startup brasileira, o PION-BR1. O lançamento foi feito pelo foguete Falcon 9 da SpaceX.

O PION-BR1 é considerado um picossatélite, também chamado de “PocketQube”, um tipo de satélite miniaturizado para pesquisa espacial, sendo caracterizado pela forma de um cubo, de apenas 125 cm³, cuja montagem de todo o equipamento foi realizada em um laboratório em São Caetano do Sul, interior de São Paulo.

“Nós podemos dizer que hoje é um marco para o Brasil. É uma startup que manda seu primeiro satélite, via SpaceX, no Falcon 9. É um satélite de bolso, um ‘picosat’, que chamamos de PocketSat, totalmente desenvolvido no Brasil. Então, é muito importante para nosso país uma startup já ter condições de fazer esse lançamento”, ressaltou o diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira (AEB), Paulo Barros.

“Em nome da Agência Espacial Brasileira, gostaria de parabenizar os jovens empreendedores da startup PION pelo feito alcançado hoje no desenvolvimento e lançamento do satélite PION-BR1”, parabenizou o coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Rodrigo Leonardi.

O Satélite

O nome PION é uma homenagem ao físico brasileiro César Lattes, um dos responsáveis pela descoberta da partícula subatômica méson pi (pion).

A trajetória do grupo iniciou em 2017, com o desenvolvimento de foguetes para a Spaceport American Cup (SAC), que acontece anualmente nos Estados Unidos. Em 2020, venceram a licitação da Olimpíada Brasileira de Satélites do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em que foram disponibilizados kits educativos para facilitar a aprendizagem baseada em projeto de missão espacial, de onde se origina toda a verba para o financiamento do desenvolvimento do PION-BR1 e seu lançamento.

O PION-BR1 foi desenvolvido em apenas sete meses pelos fundadores da startup PION Labs, Calvin Trubiene, Bruno Pinto Costa, Gabriel Yamato e João Pedro Vilas Boas, e tem o objetivo de estudar a capacidade de comunicação de longa distância para o desenvolvimento de uma nova era para o segmento no país.

O projeto também visa obter uma herança de voo, que consiste no recebimento e análise de dados sobre a capacidade de comunicação e monitoramento de subsistemas, temperatura interna e externa, capacidade de bateria, entre outras questões. Assim, será possível escalonar projetos maiores e explorar transmissões de longa distância. Estima-se que a vida útil do equipamento seja de até dois anos, quando ele entrará na atmosfera e se desintegrará em função da alta temperatura.

“Em longo prazo, queremos aperfeiçoar essas descobertas e transformá-las em soluções de monitoramento de sustentabilidade e segurança, como muitos players do agronegócio e da preservação da Amazônia demandam. Em um segundo momento, também pensamos em expandir a atuação para a América Latina”, disse Calvin, um dos fundadores da startup.

A tecnologia por trás do satélite possui uma conduta de frequência aberta, que será recepcionada com o suporte e parceria de radioamadores da AMSAT-BR e da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (LABRE). A associação foi criada (e é mantida) por pessoas focadas em estudos de transmissões de ondas eletromagnéticas, novos modos e protocolos de comunicação de sinais, voz, dados ou imagem.

Tecnologia e Defesa

A BR do Mar e a instituição do programa de incentivo à cabotagem no Brasil

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Foto: Unsplash

Modo de transporte seguro, eficiente e de baixo custo, a cabotagem – trânsito de barcos entre portos – terá novo impulso no país. Foi sancionado o projeto que institui o BR do Mar: Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem, através da Lei nº 14.301/2022, que, entre outros pontos, flexibiliza o afretamento de embarcações estrangeiras para serem usadas no transporte de cargas na cabotagem brasileira.

A Lei nº 14.301 reúne série de medidas que visam aumentar de 11% para 30% a participação desse meio de transporte na matriz logística nacional, ampliando o volume de contêineres transportados para 2 milhões de TEUs – unidade equivalente a 20 pés – já em 2022, além de alavancar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem para os próximos três anos.

Um dos grandes avanços será a possibilidade de incrementar a oferta e a qualidade do transporte por cabotagem, estimular a concorrência, incentivar a competitividade e aumentar a disponibilidade da frota dedicada à cabotagem no território nacional. Com mais concorrência na prestação do serviço, os custos de transportes de cargas entre os portos do país tendem a cair. Ações voltadas à formação, à capacitação e à qualificação dos trabalhadores do setor também estão previstas.

O que é Cabotagem?

A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos do território brasileiro utilizando via marítima ou fluvial. É um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.

PROGRAMA BR DO MAR: O programa foca em quatro eixos temáticos: frota, indústria naval, custos e porto.

FROTA – O programa estimula a frota em operação do país para que as Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs) tenham maior controle e segurança na operação de suas linhas. Dessa maneira, propõe que a empresa que detém frota nacional poderá se beneficiar de afretamentos a tempo (quando o navio é afretado com a bandeira estrangeira, o que permite que ela tenha menores custos operacionais).

São previstas, ainda, outras hipóteses que permitirão às EBNs afretarem embarcações a tempo: para substituir embarcações que estiverem em reparo ou construção; para atender operações que ainda não existam; e para cumprir exclusivamente contratos de longo prazo.

Já os novos entrantes ou empresas de menor porte sem embarcações próprias poderão afretar a casco nu (o navio afretado passa a adotar a bandeira brasileira), sem a necessidade de lastro em embarcações próprias.

INDÚSTRIA NAVAL – O governo propõe diversas ações para fomentar a indústria naval, em especial no segmento de manutenção e reparos. A possibilidade de empresas estrangeiras utilizarem os recursos do Fundo da Marinha Mercante para financiarem a docagem de suas embarcações em estaleiros brasileiros é um exemplo de ação que, ao trazer maior escala para as operações dos estaleiros, irá beneficiar, também, as EBNs, que hoje utilizam estaleiros na Europa e até na China.

CUSTOS – Ações que buscam viabilizar o aumento da competitividade das operações de cabotagem, com propostas que impactam custos de diversos tipos, como as burocracias que sobrecarregam as operações de cabotagem.

PORTOS – Uma iniciativa importante é a permissão do uso de contratos temporários para a movimentação de cargas que ainda não possuem operação no porto, agilizando a entrada em operação de terminais dedicados à cabotagem.

Além disso, o Governo Federal já trabalha com uma agenda de modernização portuária, tendo concluído desde o ano passado o arrendamento de 14 áreas portuárias, nas cinco regiões do país. Outras 14 áreas portuárias serão licitadas ainda este ano, além de 33 terminais de uso privado que serão autorizados.

Outra ação é a inclusão de novos investimentos em contratos já existentes. Tudo isso para garantir que os portos estejam preparados para o aumento da demanda de operações para cabotagem.

Afretamento de embarcações

O texto destaca o papel da Empresa Brasileira de Investimento na Navegação (EBN-i), que deve constituir frota e fretar as embarcações para as empresas brasileiras de navegação (EBNs) operarem, dispensando a necessidade de elas investirem em frota própria.

Além disso, o programa modifica a destinação de recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) — financiado, especialmente, pela arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). O normativo ampliou as hipóteses de uso do FMM pelo setor, com a inclusão, por exemplo, de manutenções preventivas nas embarcações e medidas de incentivo à empregabilidade e à capacitação dos marítimos nacionais, eliminando burocracias hoje existentes.

Hotsite

Para a formulação do BR do Mar, o Governo Federal promoveu um amplo debate envolvendo diversos órgãos de governo, usuários e representantes do setor. O conjunto de diretrizes e contribuições foram organizadas em um hotsite, que universaliza o conhecimento sobre o programa.

Ministério da Infraestrutura

Setor de serviços cresce 2,4% em novembro

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Foto: Mohammad Rahmani/Unsplash

O setor de serviços cresceu 2,4% na passagem de outubro para novembro, após dois meses de taxas negativas, recuperando a perda acumulada de 2,2%. Com o resultado de novembro, o setor ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, registrado em fevereiro de 2020, mas está 7,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a recuperação do mês de novembro coloca o setor no maior patamar dos últimos seis anos, igualando-se ao nível de dezembro de 2015. “Das últimas 18 informações divulgadas, na comparação mês contra mês anterior, 15 foram positivas e 3 foram negativas: março, devido à segunda onda de covid-19, e setembro e outubro, por conta de aumentos de preços em telecomunicações e passagens aéreas”, disse, em nota, o pesquisador.

Segundo o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas avançaram no mês de novembro, com destaque para serviços de informação e comunicação (5,4%), que recuperaram a perda de 2,9% verificada nos dois meses anteriores. Com isso, a atividade se coloca num patamar 13,7% acima de fevereiro de 2020.

“Nessa atividade, sobressai o setor de tecnologia da informação, principalmente os segmentos de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, disse Rodrigo Lobo.

O setor de tecnologia da informação cresceu 10,7% de outubro para novembro, maior taxa desde janeiro de 2018 (11,8%), ficando 47,4% acima do patamar pré-pandemia. “Depois do período mais agudo da pandemia, a partir de junho de 2020, o setor mostrou uma rápida recuperação, acelerando o ritmo de crescimento das receitas. Essas informações positivas são em boa parte explicadas pelo dinamismo das empresas do setor de Tecnologia da Informação, que fornecem serviços para outras empresas”, afirmou o gerente da pesquisa.

Transportes

De acordo com o IBGE, o segundo impacto positivo no índice do novembro veio da atividade de transportes, que cresceu 1,8% e praticamente recuperou a perda de 1,9% observada entre setembro e outubro. Com isso, a atividade está num patamar 7,2% acima de fevereiro de 2020. “Os destaques na área de transportes foram transporte aéreo de passageiros, correio e transporte rodoviário de carga”, informou Lobo.

Com alta de 2,8%, os serviços prestados às famílias representaram o terceiro impacto positivo no mês. “Esta é a oitava taxa positiva seguida, acumulando um crescimento de 60,4%, mas ainda insuficiente para voltar ao patamar pré-pandemia. O segmento está operando num nível 11,8% abaixo de fevereiro de 2020”, explicou o pesquisador.

Por outro lado, com queda de 0,3%, os serviços profissionais, administrativos e complementares apresentam a quarta taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,7%.

Regionalmente, 18 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços entre outubro e novembro de 2021. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (4%), seguido por Rio de Janeiro (1,6%), Santa Catarina (3,7%) e Paraná (2,1%). Em contrapartida, o Mato Grosso do Sul (-4,0%) registrou a principal retração em termos regionais.

Atividades turísticas crescem

O índice de atividades turísticas subiu 4,2% frente a outubro, sétima taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 57,5%. O segmento ainda se encontra 16,2% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado.

“Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, disse o pesquisador.

Agência Brasil

Produção de petróleo e gás em regime de partilha teve alta em novembro

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Foto: Arvind Vallabh/Unsplash

O Boletim Mensal de Partilha de Produção, divulgado hoje (11), pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), revela que a produção de petróleo e gás natural em regime de partilha atingiu, em novembro passado, o patamar mais alto da série histórica, desde 2017, com média diária de 447 mil barris de petróleo e 1,309 milhão de metros cúbicos de gás natural.

Em comparação com o mês anterior, houve expansão da produção de 26% em óleo e 200% em gás natural, em função da retomada da operação da plataforma P-76, em Búzios, que passou por manutenção programada em outubro. Segundo informou a PPSA, pela assessoria de imprensa, o resultado de novembro confirma o aumento dos volumes registrado desde setembro, em função do início da produção dos volumes excedentes da Cessão Onerosa de Búzios em regime de partilha.

Em novembro, três contratos estavam em produção. Do total de 447 mil barris por dia (bpd), 435 mil bpd vieram de Búzios, seguidos de 7 mil bpd do Entorno de Sapinhoá e 5 mil bpd de Tartaruga Verde Sudoeste. A Área de Desenvolvimento de Mero (Libra) não teve produção naquele mês devido ao encerramento do primeiro Sistema de Produção Antecipada 1 (SPA-1) e mudança de locação do FPSO Pioneiro de Libra para início do SPA-2.

A média diária do total do excedente em óleo da União foi de 10,4 mil bpd, em novembro de 2021, sendo 6,1 mil bpd do Campo de Búzios e 4,3 mil bpd do Entorno de Sapinhoá. Em Tartaruga Verde Sudoeste, o excedente em óleo da União foi destinado à quitação do Acerto de Contas com o operador, pela redeterminação de participações, realizada no Acordo de Individualização da Produção (AIP).

Gás natural

Da produção diária de gás natural para comercialização do período, 1,115 milhão de metros cúbicos por dia (m³/dia) foram do Campo de Búzios, 158 mil m³/dia do Entorno de Sapinhoá e 36 mil m³/dia de Tartaruga Verde Sudoeste. A média diária do total do excedente em gás natural atingiu 120 mil m³/dia (16 mil m³/dia de Búzios e 104 mil m³/dia do Entorno de Sapinhoá).

Em relação a outubro, a média diária do total do excedente em gás natural da União caiu 10% devido à parada programada do FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá. Em Tartaruga Verde Sudoeste, o excedente em gás da União também foi destinado à quitação do Acerto de Contas com o operador, oriundo da redeterminação do Acordo de Individualização da Produção (AIP).

A PPSA revelou, ainda, que desde 2017, a produção acumulada em regime de partilha de produção totaliza 95,6 milhões de barris de petróleo e 343 milhões de m³ de gás natural. Do total, 11,2 milhões de barris de petróleo e 98,4 milhões de m³ de gás natural são referentes à parcela da União.

Agência Brasil

Índice da Construção Civil registra alta de 18,65% em 2021

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Foto: Ashkan Forouzani/Unsplash

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) registrou uma alta de 18,65% em 2021. O resultado foi divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação a 2020, o índice subiu 8,49 pontos. É a maior taxa anual desde 2013.

Em dezembro, o Sinapi foi de 0,52%, a menor taxa mensal de 2021. Em dezembro, o custo nacional da construção por metro quadrado ficou em R$ 1.514,52, sendo R$ 910,06 relativos aos materiais e R$ 604,46 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.506,76.

A variação da mão de obra permaneceu praticamente estável em relação ao mês anterior, de 0,15% em dezembro, contra 0,18% em novembro. A parcela dos materiais foi de 0,76%, registrando uma queda de 0,90 pontos em relação a novembro.

Na regionalização dos índices, o Norte do país registrou as maiores altas: 0,81%. Seguido de Nordeste (0,66%), Sudeste (0,32%), Sul (0,53%) e Centro-Oeste (0,61%).

Agência Brasil