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Sete em cada dez empresas no Brasil utilizam tecnologias digitais

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Foto: ThisisEngineering RAEng/Unsplash

Sete em cada dez empresas no Brasil fazem uso de tecnologias digitais diversas. O resultado está na Sondagem Especial Indústria 4.0: Cinco Anos Depois, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Há cinco anos, o índice estava pouco abaixo da metade (48%).

A pesquisa considerou 18 tipos de tecnologias digitais, como automação digital (com e sem sensores), sistemas integrados para fabricação de produtos, impressão 3D, produção com auxílio de inteligência artificial e análises de modelos virtuais para projetos.

Entram também no rol de soluções técnicas avaliadas pela CNI controle remoto de processos de produção, aplicações de inteligência artificial nas fábricas, robôs colaborativos, dispositivos “vestíveis” utilizados por trabalhadores (como relógios inteligentes) e coleta e análise de grandes quantidades de dados (também chamadas de Big Data, no termo em inglês).

Segundo o levantamento, apesar do índice de 69%, “a maioria das empresas utiliza uma baixa quantidade de tecnologias digitais, indicando que se encontram em uma fase inicial do processo de digitalização”. Entre as empresas que adotam tecnologias digitais, 26% utilizam de 1 a 3; 22% de 4 a 6; 14% de 7 a 9 e 7% mais de 10 inovações listadas.

As tecnologias mais empregadas conforme o estudo são: a automação digital com sensores para controle de processo (46%), automação digital sem sensores (39%), sistemas integrados para manufatura de produtos (33%) e ferramentas digitais de relacionamento com o cliente (25%).

Os setores com mais itens inseridos no processo produtivo são aqueles mais imersos em tecnologia, como o setor automotivo. Nele, vêm sendo empregadas tecnologias na linha de produção, como uso de sensores e controles automatizados dos processos. Entretanto, o estudo indica que tecnologias de ponta, como soluções em inteligência artificial, ainda são alternativas pouco frequentes para as firmas brasileiras.

Entre as empresas ouvidas, os principais benefícios citados na adoção de tecnologias digitais são o aumento de produtividade (72%), melhoria da qualidade dos produtos ou serviços e redução dos custos operacionais (60%).

Obstáculos

Entre os principais obstáculos internos relatados por gestores para a implementação de tecnologias digitais estão os altos custos de implementação (66%), estrutura e cultura da empresa (26%), falta de clareza sobre o retorno de investimento (25%), falta de conhecimento técnico (25%) e dificuldade para integrar novas tecnologias e softwares.

Já quanto às barreiras externas identificadas pelos representantes das firmas, estão: a falta de trabalhadores qualificados (37%), dificuldade para identificar tecnologias e parceiros (33%), clientes e fornecedores ainda não preparados (29%) e ausência de linhas de financiamento apropriadas (20%).

Agência Brasil

Chanceler defende zona de exportação especial para semicondutores

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Foto: Vishnu Mohanan/Unsplash

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, defendeu hoje (27) a criação de zonas tributárias especiais para atrair fabricantes de semicondutores para o Brasil, num momento de escassez do produto no mercado mundial.

O incentivo se daria pela criação de zonas de processamento de exportações (ZPE), áreas que funcionam com isenção de impostos, autonomia cambial e regras administrativas simplificadas. França disse que o tema é discutido no governo, e que o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstra entusiasmo com a ideia.

“Penso que a criação de um ambiente desse tipo no Brasil não apenas reforçaria a indústria já existente no país, mas também atrairia novos investidores para o mercado nacional, em momento em que as empresas líderes no mercado mundial buscam diversificar e descentralizar as suas produções”, disse o chanceler.

A defesa se deu durante seminário sobre a cadeia internacional de semicondutores, realizado no Itamaraty. O problema chama atenção do governo por afetar praticamente todos os setores da indústria e pressionar os preços no mercado interno.

O problema afeta de forma mais aguda, por exemplo, a produção nacional de carros, que vem sofrendo sucessivas quedas devido à falta de semicondutores, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com a oferta menor que a demanda, os preços subiram bastante no mercado de veículos. A entidade tem pressionado pela adoção de políticas para aumentar a produção nacional do componente.

Hoje, o Brasil produz somente 10% da demanda nacional por chips e semicondutores. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), há no país 20 empresas atuantes no setor, cujo faturamento em 2021 foi de R$ 4,5 bilhões.

Para aumentar essa produção, o Congresso aprovou no ano passado a prorrogação até 2026 dos incentivos de crédito previstos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis).

“Essa é uma política de Estado”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, também presente no seminário. Ele lembrou que o choque de demanda provocado pela pandemia da covid-19 fez muitos países adotarem incentivos à produção nacional. “Temos que encarar [a falta de semicondutores] não apenas como uma ameaça mas como uma janela de oportunidade que se abre para o nosso país”, alertou.

Segundo Alvim, o governo tem trabalhado “arduamente junto com o setor empresarial” para propor políticas públicas de incentivo à produção de chips. Ele destacou também o investimento da pasta na formação de recursos humanos para essa indústria, que seria da ordem de R$ 800 milhões nas 50 universidades brasileiras que tem pesquisadores na área.

Outra área altamente afetada pela disputa mundial por chips é a de telecomunicações, cuja nova tecnologia 5G exige a produção de semicondutores de altíssima tecnologia, frisou o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em sua fala. Ele defendeu a parceria com grandes empresas internacionais para aumentar a produção nacional.

“Não é de um dia para outro que conseguimos fazer uma planta de semicondutores”, disse Faria. “Precisamos focar nesse trabalho de semicondutores, ampliar nossa produção, atrair parcerias internacionais”.

Agência Brasil

Twitter aceita oferta de compra feita por Elon Musk

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Foto: Akshar Dave/Unsplash

A rede social Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) que o conjunto das ações da companhia foi adquirido pelo empresário Elon Musk, fundador da empresa de carros Tesla.

Em comunicado sobre a transação, foi anunciado que o negócio foi fechado por US$ 44 bilhões. Após a conclusão da negociação, o Twitter se tornará uma companhia privada, ou seja, sem oferta pública na bolsa de valores e sem outros acionistas.

Segundo Brett Taylor, presidente do Conselho do Twitter e diretor executivo da empresa Salesforce, o colegiado realizou uma “análise profunda e abrangente da proposta de Musk com foco nos valores, certeza e financiamento”. Ele acrescentou que essa decisão é a melhor para os atuais acionistas da plataforma.

Repercussão

Em sua conta na rede social, Musk afirmou: “eu espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso o que significa liberdade de expressão”. Em mensagens anteriores na plataforma, ele indicou como prioridades combater contas automatizadas (bots) atuando para divulgação massiva (spams) e autenticar os usuários humanos, embora não tenha detalhado o que isso significa.

Elon Musk é diretor executivo das empresas Tesla, que fabrica carros elétricos, e SpaceX, que desenvolve tecnologias de viagens aeroespaciais. Além disso, possui participação em negócios de nanotecnologia e energia solar.

Musk nasceu na cidade de Pretória, na África do Sul. Ele é filho de Errol Musk, um engenheiro que controlava metade de uma mina de esmeraldas na Zâmbia.

Confiança dos consumidores avança 3,8 pontos em abril, diz FGV

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Foto: Eduardo Soares/Unsplash

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,8 pontos em abril, para 78,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice variou 1,5 ponto, para 77,1 pontos.

Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Segundo a coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt, os resultados positivos deste mês parecem estar relacionados ao fim do surto da variante Ômicron e ao anúncio de um pacote de medidas para aliviar a pressão da inflação e dos juros sobre as finanças familiares com a liberação de saques do FGTS, antecipação do décimo terceiro salário de aposentados e facilitação de acesso ao crédito.

“Houve diminuição do pessimismo com relação ao mercado de trabalho mas a alta da inflação e os juros elevados ainda preocupem as famílias, que continuam cautelosas com relação à realização de compras de alto valor”, disse, em nota, a pesquisadora.

Em abril, a alta do ICC foi influenciada tanto pela melhora das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos, para 69,1 pontos e o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,6 pontos, para 86,1 pontos, ambos alcançam os melhores resultados desde agosto de 2021 (69,8 e 90,9 pontos, respectivamente).

Segundo o Ibre/FGV, nas avaliações sobre o momento, o destaque foi a melhora das avaliações dos consumidores com relação à situação financeira das famílias, cujo indicador subiu 5,5 pontos, para 62,4 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (63,8 pontos). Houve melhora também da percepção o estado geral da economia. Neste caso, o indicador aumentou dois pontos, para 76,4 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a perspectiva sobre a situação econômica geral nos próximos meses foi o que mais influenciou a alta da confiança no mês ao variar 8,3 pontos, para 101,6 pontos. Pelo terceiro mês houve melhora das expectativas para as finanças familiares, com alta de 1,2 ponto no indicador, para 90,9 pontos.

De acordo com a pesquisa, apesar do resultado positivo das perspectivas sobre economia e finanças familiares, a intenção de compras de bens duráveis segue fraca e com tendência indefinida.

Agência Brasil

Caças Gripen comprados pelo Brasil recebem batismo operacional

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Foto: Saab/Divulgação

Os caças Gripen FAB 4101 e FAB 4102 foram apresentados na Base Aérea de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Os dois primeiros aviões Gripen E, dos 36 contratados pelo Brasil, receberam o batismo operacional, marcando o início da integração das aeronaves à Aviação de Caça brasileira.

Incorporação das aeronaves F-39 Gripen, recém-chegadas ao Brasil, à Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Aérea de Santa Cruz – Tânia Rêgo/Agência Brasil

A apresentação fez parte da cerimônia militar pelo Dia da Aviação de Caça, que marcou ainda a imposição da medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura e teve a entrega pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, do prêmio de piloto mais eficiente aos que se destacaram nos esquadrões de caça.

Os dois aviões, desenvolvidos pela empresa sueca de defesa e segurança Saab, chegaram ao Brasil no dia 1º de abril, e a previsão da Força Aérea Brasileira (FAB) é que outras quatro aeronaves sejam entregues até o fim deste ano. Conforme o contrato, em 2027 todos os 36 aviões estarão no Brasil. Como o acordo é também de transferência tecnológica, parte dos caças comprados serão fabricados na planta da Embraer, em Gavião Peixoto, São Paulo.

Agora, os caças vão passar pelo processo de certificação militar para receberem a licença de operação inicial no país. Os testes serão feitos por pilotos de prova da FAB, da Embraer e da Saab, no Centro de Ensaios em Voo, em Gavião Peixoto. De acordo com o piloto de ensaio, major Abdon Rezende de Vasconcelos, do Instituto de Pesquisas e Ensaio de Voo da FAB, que é um dos três habilitados para operar o caça até agora, os aviões devem entrar em operação no segundo semestre.

Para o piloto, que está no projeto do caça desde 2018, a aquisição da aeronave representa um salto tecnológico da Aeronáutica no Brasil, que vai resultar na soberania do espaço aéreo do país. “É uma aeronave multimissão, executa missões em ar e em solo de reconhecimento com equipamentos mais modernos dos que temos e também novos sensores estão sendo incorporados”, explicou.

“Isso permite com que o piloto tenha maior consciência situacional em combate e, com isso, ele consegue empregar os seus armamentos de forma mais eficiente. No final, o que a gente procura com esta aeronave é eficiência”, disse, acrescentando que inicialmente as aeronaves irão para a Base Aérea de Anápolis, em Goiás, para o Esquadrão Jaguar.

Na visão do comandante da Força Aérea Brasileira, o elevado grau tecnológico das aeronaves colocará o Brasil novamente na vanguarda da defesa aeroespacial do cenário mundial. O brigadeiro disse que uma alteração no contrato autorizada pelo presidente vai permitir a aquisição de mais quatro aeronaves.

“Nos possibilitará iniciar os estudos para implantação desses vetores em mais uma base aérea a ser decidida oportunamente pelo alto-comando da Aeronáutica. Em paralelo, iniciaremos estudos preliminares para a aquisição de um segundo lote dessas aeronaves a fim de garantir que a desativação das aeronaves de caça mais antigas não acarrete perda da capacidade de cumprirmos nossa missão de defesa da pátria”, disse.

Após a cerimônia, o presidente Jair Bolsonaro visitou duas torres instaladas na Base de Santa Cruz e acompanhou demonstrações militares de aviões com lançamento de artefatos em alvos.

Agência Brasil

Comitê da Câmara de Comércio Exterior aprova novas reduções de tarifas

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Foto: Max Bender/Unsplash

Um conjunto de pleitos para a redução de tarifas de importação foi aprovado pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia nesta quarta-feira (20). Os pedidos são para zerar o imposto de 15 itens para evitar desabastecimento no país e outros para baixar a 2%, de forma permanente, as alíquotas de 13 produtos na Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul.

Segundo o Ministério da Economia, as medidas ainda serão enviadas para apreciação dos demais membros do bloco, na Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) e no Comitê Técnico N°1 – Tarifas, Nomenclatura e Classificação de Mercadorias (CT-1).

“Os cortes incluem alíquotas de substâncias químicas utilizadas na produção de maquiagens e tinturas; corantes de cabelos; éter para fabricação de concreto; tintas para impressão; máquinas de café; raquetes de tênis e proteínas para indústria de alimentos. Os casos foram aprovados por recomendação do Comitê de Alterações Tarifárias (CAT) da Camex e serão encaminhados à Comissão de Comércio do Mercosul”, detalhou a Camex.

Em outro voto, também conforme recomendação do CAT, o Gecex aprovou 13 pleitos de alterações permanentes na TEC, baixando para 2% alíquotas que hoje estão entre 10% e 16%. A medida inclui produtos químicos usados por diversos segmentos industriais, além de itens para bicicletas, eletroímãs, alho em pó, chapas, folhas e tiras de alumínio. Esses pleitos ainda deverão ser analisados pelo CT-1.

Covid-19

Na mesma reunião, o Gecex votou pela inclusão de mais um produto na chamada Lista Covid, com redução tarifária a zero para o medicamento Baricitinibe. No início deste mês, o Ministério da Saúde aprovou a incorporação deste fármaco para o tratamento da covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). O composto é utilizado para tratamento de pacientes adultos com covid-19 hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal.

Agência Brasil

Mercado de soluções 5G no Brasil deve chegar a R$ 101 bilhões

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Foto: Frederik Lipfert/Unsplash

A demanda por soluções 5G para as mais diversas áreas da economia tem o potencial de gerar R$ 101 bilhões pela próxima década para empresas e startups brasileiras ou instaladas no Brasil, diz estudo apresentado pelo Ministério da Economia.

O estudo também calcula que o benefício potencial da implantação do 5G para a economia brasileira pode chegar a R$ 590 bilhões pela próxima década. A conta leva em consideração aumentos de produtividade e redução de custos da chamada Indústria 4.0.

O 5G é a quinta geração de redes móveis e de internet, cuja velocidade chega a ser centenas de vezes superior à atual quarta geração. Com sua implantação, a expectativa é que sejam abertas inúmeras possibilidades em áreas como inteligência artificial, processamento de dados, realidade aumentada, logística, entre outras.

“A nova tecnologia servirá como alavanca para vários setores”, disse Daniella Marques, secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, ao apresentar as projeções.

O relatório

O relatório em que consta a projeção para o mercado de software e aplicações foi produzido pela consultoria Deloitte, com a participação também do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

“Saímos atrás dos países desenvolvidos, mas observamos que temos boas perspectivas de avançar rápido o 5G, sobretudo no desenvolvimento de software e de aplicações”, disse Maria Ogawa, sócia-diretora e chefe para a Área de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte Brasil.

No documento apresentado constam 96 recomendações de políticas públicas, em oito frentes de atuação, para que esses potenciais de geração de riqueza sejam alcançados, além de apresentar os desafios para que isso se realize.

Do lado suporte tributário, por exemplo, o relatório recomenda a criação de zonas econômicas especiais com foco na tecnologia 5G, a renúncia fiscal para compra de equipamentos para emulação de redes 5G e a oferta de benefícios fiscais para que multinacionais implantem operações estratégicas no país, transmitindo tecnologia.

Desafios

Entre os principais problemas destacados no relatório, está a baixa disponibilidade de recursos para fomentar o ecossistema nacional em torno de 5G, a falta de mão de obra qualificada (programadores e desenvolvedores) e insuficiência de ambientes que emulem o 5G e permitam a testagem de soluções.

“A gente está falando de uma indústria de capital intensivo, e obviamente todo esse investimento não é barato”, disse Alberto Boaventura, gerente sênior de Estratégia na Deloitte Brasil e um dos responsáveis pelo relatório. “Há uma necessidade de se estar quebrando essas barreiras para o suporte financeiro e tributário”, acrescentou.

Agência Brasil

Sebrae: redução da taxa de energia vai favorecer pequenos negócios

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Foto: Elnaz Asadi/Unsplash

A notícia de que a taxa extra aplicada às contas de luz ficará na cor verde até o fim do ano, sem cobrança adicional para os consumidores favorecerá os pequenos negócios, disse ontem (18) a economista Aline Barreto, analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae Rio). A informação sobre a permanência da bandeira verde foi divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na semana passada.

Segundo a especialista, os pequenos negócios foram os mais impactados pela pandemia de covid-19. “Com o aumento da energia elétrica, os empreendedores precisaram decidir se valia a pena repassar o aumento para o consumidor. Essa medida trará alívio para quem empreende”, afirmou Aline.

Uma pesquisa feita pelo Sebrae nacional em dezembro do ano passado, com 6.883 empreendedores de todos os estados e do Distrito Federal, composta por 59% de microempreendedores individuais (MEI), 36% de microempresas (ME), 5% de empresas de pequeno porte (EPP), e focada no momento que os pequenos negócios atravessam, constatou que a grande maioria dos empreendedores nacionais tomou medidas para diminuição dos custos com energia elétrica.

Entre os responsáveis por pequenos negócios da pesquisa, 24% evitam usar energia no horário de pico, 4% instalaram painéis solares, 9% trocaram equipamentos antigos por outros mais modernos, 9% inspecionaram a qualidade das instalações elétricas da empresa, 38% orientaram seus colaboradores sobre a importância de gastar menos energia e 31% não tomaram nenhuma medida.

No estado do Rio de Janeiro, onde se encontram 534 empreendedores do total de 6.883 consultados pelo Sebrae, 29% dos pequenos negócios evitaram usar energia no horário de pico nos últimos meses, 2% instalaram painéis solares, 8% trocaram equipamentos antigos por modelos mais modernos, 9% inspecionaram a qualidade das instalações elétricas da empresa, 36% orientaram seus colaboradores sobre a importância de gastar menos energia e 31% não tomaram nenhuma medida.

Dicas

O Sebrae Rio orienta os pequenos empreendedores a investir em aparelhos elétricos econômicos com selo Procel, que categoriza produtos de A a G; substituir equipamentos antigos, fazer revisão nos aparelhos e desligar os que não estão sendo usados; apostar em iluminação natural ou solar; conscientizar funcionários sobre a necessidade de economizar; evitar ligar muitos aparelhos na mesma tomada; observar o horário de uso destes; investir em isolamento térmico; trocar lâmpadas por modelos mais econômicos; buscar orientação especializada e investir em fontes renováveis de energia.

De acordo com o levantamento do Sebrae nacional, os empreendedores acreditam que a economia só voltará ao normal em 16 meses, ou seja, em abril de 2023.

Conforme a pesquisa, o momento vivido pelos pequenos negócios é refletido nos seguintes percentuais: 31% estão funcionando como funcionavam antes da crise; 55% passaram por mudanças por causa da crise; 9% tiveram o funcionamento interrompido temporariamente e 5% fecharam de vez.

Agência Brasil

Governo anuncia fim da emergência sanitária por covid-19 no país

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Foto: Anthony Tyrrell/Unsplash

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em pronunciamento de rádio e TV, na noite deste domingo (17), o fim da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia. Segundo o ministro, o anúncio foi possível por causa da melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ainda segundo o ministro, nos próximos dias será editado um ato normativo sobre a decisão. Queiroga afirmou que a medida não significa o fim da covid-19. “Continuaremos convivendo com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros, em total respeito à Constituição Federal.”

Vacinação

No pronunciamento, o ministro falou que o país realizou a maior campanha de vacinação de sua história, com a distribuição de mais de 476 milhões de doses de vacina. Foi ressaltado que mais de 73% dos brasileiros já completaram o esquema vacinal contra a covid-19 e 71 milhões receberam a dose de reforço. 

O ministro também destacou os investimentos feitos na área nos últimos dois anos. “O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, fortaleceu o SUS, com a expansão da capacidade de vigilância, ampliação na atenção primária e especializada à saúde. Foram mais de R$ 100 bilhões destinados exclusivamente para o combate à pandemia, além dos mais de R$ 492 bilhões para o financiamento regular da saúde desde 2020”, disse Queiroga.

Emergência sanitária 

O Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus no final de fevereiro de 2020, enquanto a Europa já registrava centenas de casos de covid-19. No dia 3 de fevereiro de 2020 o ministério declarou a covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância nacional..

A declaração de transmissão comunitária no país veio em março, mês em que também foi registrada a primeira morte pela doença no país. Segundo último balanço, divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo, o Brasil registrou, 29.227.051 pessoas que se recuperaram da doença, o que representa 96,6% dos infectados. Há ainda 363.607 casos em acompanhamento.

Agência Brasil

Editado decreto que reduz alíquotas de produtos industrializados

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Foto: Ruchindra Gunasekara/Unsplash

Editado decreto que reduz as alíquotas de produtos industrializados relacionados na Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados (TIPI). A medida altera decreto anterior, publicado no final do mês passado, pelo governo federal, que trata do mesmo tema. As alterações começam a valer a partir do dia 1º de maio.

De acordo com o governo, a medida publicada na quinta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU), busca a adequação das alíquotas da tabela para este ano, em relação ao que estava estabelecido em decreto de 2017, “promovendo a manutenção da redução geral da alíquota do IPI em 25% para a maioria dos produtos.”

O governo justificou a redução com o argumento de que a medida tem por objetivo estimular a economia, afetada pela pandemia de covid-19, para auxiliar na recuperação econômica do país.

Ainda de acordo com o governo, as mudanças representam uma diminuição da carga tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022. Nos anos seguintes, a estimativa de redução será de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024.

“Por se tratar de tributo extrafiscal, de natureza regulatória, é dispensada a apresentação de medidas de compensação, como autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Agência Brasil