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Safra de cana-de-açúcar deve ser de 598 milhões de toneladas

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Foto: Thomas Kinto/Unsplash

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou a previsão de produção e produtividade da safra brasileira de cana-de-açúcar 2022-2023.

A estimativa é de produção de 598,3 milhões de toneladas, um crescimento de 2,2% sobre a produção da safra 2021/2022. A produtividade está calculada em 72.026 kg por hectare, 3,9% a mais que a obtida na safra anterior.

Ajustes

“O acréscimo foi motivado por ajustes na área colhida e produtividade obtida, principalmente no estado de São Paulo, maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. De acordo com o levantamento, a área de colheita também foi ajustada em cerca de 2,2% em relação aos dados apurados anteriormente, alcançando 8,3 milhões de hectares”, destacou comunicado da Conab.

O levantamento da entidade aponta ainda que o Brasil deverá produzir 36,4 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, um acréscimo de 4,1% frente à safra 2021/22. Quanto ao etanol total, está previsto um aumento de 4,2% para o biocombustível em relação à safra passada.

Edição: Kleber Sampaio – Agência Brasil

Arrecadação federal atinge R$ 172,03 bilhões em novembro

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Foto: Dainis Graveris/Unsplash

A União arrecadou R$ 172,03 bilhões em impostos em novembro, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. É maior valor já registrado para meses de novembro desde 2013. Na comparação com novembro do ano passado, houve crescimento real de 3,25%, ou seja, acima da inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No acumulado do ano, a arrecadação alcançou R$ 2 trilhões, representando acréscimo acima da inflação de 8,8%. O valor é o maior desde 2000, para o período acumulado. Os dados sobre a arrecadação de novembro estão disponíveis no site da Receita Federal.

Quanto às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em novembro ficou em R$ 165,64 bilhões, representando acréscimo real de 2,53%, enquanto. no período acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação alcançou R$ 1,88 trilhão, alta real de 7,16%.

O aumento pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento de recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Segundo a Receita, eles são importantes indicadores da atividade econômica, sobretudo, do setor produtivo.

Lucro das empresas

A arrecadação do IRPJ e da CSLL somou R$ 30,79 bilhões, com crescimento real de 15,16% sobre o mesmo mês de 2021. O resultado é explicado pelo acréscimo real de 19,27% na arrecadação da estimativa mensal de empresas. Na apuração por estimativa mensal, o lucro real é apurado anualmente, sendo que a empresa está obrigada a recolher mensalmente o imposto, calculado sobre uma base estimada.

A Receita observa ainda que houve pagamentos atípicos de IRPJ e CSLL de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, por empresas ligadas ao setor de commodities (produtos básicos negociados em mercados internacionais), associadas à mineração e extração e refino de combustíveis.

No acumulado do ano, o IRPJ e a CSLL somaram R$ 460,35 bilhões, com crescimento real de 19,18%. Esse desempenho é explicado pelos acréscimos de 81,6% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos geradores ocorridos ao longo de 2021, e de 19% na arrecadação da estimativa mensal.

“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 42 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a novembro deste ano, e de R$ 39 bilhões, no mesmo período de 2021”, informou a Receita Federal.

Já as receitas extraordinárias foram compensadas pelas desonerações tributárias. Apenas em novembro, a redução de alíquotas do PIS/Confins (Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) sobre combustíveis resultou em uma desoneração de R$ 3,75 bilhões. No ano, chega a R$ 22,1 bilhões. Já a redução de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) custou R$ 1,9 bilhão à Receita no mês passado e R$ 15,3 bilhões no acumulado de janeiro a novembro.

“Sem considerar os fatores não recorrentes, haveria um crescimento real de 9,11% na arrecadação do período acumulado e de 6,78% no mês de novembro de 2022”, informou o órgão.

Outros destaques

Outro destaque da arrecadação de novembro foi a Receita Previdenciária, que alcançou R$ 45,81 bilhões, com acréscimo real de 3,87%, em razão do aumento real de 12,93% da massa salarial. No acumulado do ano, o resultado chega a R$ 488,29 bilhões, alta real de 5,98%. Esse último item pode ser explicado pelo aumento real de 7,9% da massa salarial e pelo aumento real de 13,85% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a novembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.

Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do IRPJ e da CSLL.

O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 7,02 bilhões no mês passado, com acréscimo real de 59,88%. De janeiro a novembro, o valor chega a R$ 76,83 bilhões, alta real de 62,03%. Os resultados podem ser explicados em razão da alta da taxa Selic (juros básicos da economia), que influenciou o recolhimento dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.

O IRRF – Rendimentos do Trabalho registrou arrecadação de R$ 15,70 milhões, representando crescimento real de 8,55%. O resultado deve-se aos acréscimos reais na arrecadação dos itens Rendimentos do Trabalho Assalariado (9,11%), Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público (6,51%) e Participação nos Lucros ou Resultados (35,99%).

Indicadores macroeconômicos

A Receita Federal apresentou, também, os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação, tanto no mês quanto no acumulado do ano. Entre eles, figuram a venda de serviços, com crescimento de 9,5% em outubro (fator gerador da arrecadação de novembro) e 8,81% no ano; e a massa salarial, que mantém crescimento significativo de 20,23% no mês (18,73% no ano), em relação ao mesmo mês de 2021.

Já o valor em dólar das importações teve queda de 2,27% em relação a outubro do ano passado e aumento de 22,39% no ano.

A produção industrial teve expansão de 1,36% em outubro, mas caiu 0,96% no acumulado do ano, comparado ao período de janeiro a outubro de 2021. Já a venda de bens teve alta de 0,3% no mês e redução de 0,83% no ano.

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

Agronegócio brasileiro exportou US$ 148 bilhões em 2022

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Foto: Jakub Brabec/Unsplash

O agronegócio brasileiro exportou, segundo os últimos dados do Ministério da Agricultura, US$ 148 bilhões, em 2022 e, segundo o chefe da assessoria especial de assuntos estratégicos da pasta, Guilherme Bastos é exportado aquilo que não é consumido no Brasil.

“Se há um problema de gente ainda com insegurança alimentar, é um problema de uma composição de uma malha de programas sociais que devem acessar essas pessoas, mas em termos de produção nós produzimos o suficiente para abastecer o mercado interno e também exportar. E se exportamos, é por alguma questão. Tem preço competitivo, que atrai o mercado internacional para comprar os nossos produtos, qualidade no produto, e com isso nós continuamos acessando e abrindo cada vez mais mercados”, disse Bastos. 

A China é o principal mercado dos produtos agropecuários brasileiros, respondendo por 1/3 das exportações, e, segundo Bastos, foram abertos mais de 200 mercados em mais de 50 países.

Bastos também comentou sobre a questão da sustentabilidade na agricultura brasileria. “O ministério tem trabalhado as ferramentas para que você possa promover essa rastreabilidade dentro das cadeias produtivas, estamos trabalhando também com indicadores socioambientais, para disponibilizar isso para a sociedade, para que as certificações possam ser facilitadas e habilitadas. Esse não é um processo… O pessoal esquece da dimensão continental não só do Brasil, como da nossa agropecuária, então é um processo que tem uma cadência.”

Ele destacou também o plano safra de R$ 340 bilhões que foi colocado à disposição da agropecuária brasileira, sendo 70% destinado para a agricultura familiar. “Isso é muito mal interpretado, [com as pessoas] achando que é recurso público. Desse volume, o que você tem de recurso público efetivamente colocado são R$ 12,4 bilhões, que é exatamente o volume de recurso que vai para pagar a diferença da taxa de juros do mercado com a taxa de juros acordada no Plano Safra”.

Agência Brasil

Metrô de BH é concedido à iniciativa privada por R$ 25,7 milhões

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Foto: Tom Smith/Unsplash

O Metrô de Belo Horizonte (MG) foi concedido no último dia 22 à iniciativa privada em leilão realizado na B3. A Comporte Participações, única empresa a fazer ofertas, pagou 33% mais do que o preço inicial de R$ 19,3 milhões, arrematando a empresa por R$ 25,7 milhões.

O contrato tem duração de 30 anos e prevê a modernização e ampliação da Linha 1 e a conclusão das obras da Linha 2, e a operação dos serviços de transporte de passageiros. O estudo que embasou a privatização, feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aponta para a necessidade de R$ 3,7 bilhões em investimentos, sendo que R$ 3,2 bilhões serão disponibilizados pelos governos federal (R$ 2,8 bilhões) e estadual (R$ 440 milhões). 

Utilizam o sistema de metrô da capital mineira cerca de 210 mil pessoas por dia. Com a construção da Linha 2 a previsão é que mais 50 mil passageiros passem a usar o sistema diariamente. 

A empresa vencedora da concessão, a Comporte Participações, tem controle e participação em diversas empresas de ônibus rodoviário e urbano no país.

Edição: Fábio Massalli – Agência Brasil

Inclusão digital: Pix bate recorde e supera 100 milhões de transações por dia

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Foto: David Dvoracek/Unsplash

Sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), o Pix bateu novo recorde no último dia 20. Pela primeira vez, a modalidade superou a marca de 100 milhões de transações em 24 horas.

Em um dia foram feitas 104,1 milhões de transferências via Pix para usuários finais. O volume coincidiu com a data limite para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário.

A alta demanda não comprometeu o funcionamento do Pix. Segundo o BC, os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia.

O recorde anterior tinha sido registrado em 30 de novembro, com 99,4 milhões de transações em apenas um dia. Naquela data, tinha acabado o prazo de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro.

Criado em novembro de 2020, o Pix acumula 143,3 milhões de usuários, dos quais 131,6 milhões são pessoas físicas e 11,7 milhões, pessoas jurídicas. Em setembro deste ano, o sistema superou a marca de R$ 1 trilhão movimentados por mês.

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

Por que a segurança digital será prioridade nas corporações em 2023?

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Foto: Mikhail Fesenko/Unsplash

A segurança digital terá prioridade nas corporações em 2023. É que o crescente número de casos envolvendo ciberataques, vazamentos de dados e sequestro de informações colocou as empresas em alerta e deixou as lideranças preocupadas, uma vez que toda decisão com base em dados exige segurança digital.

A consultoria Gartner revela que, nos próximos três anos, 70% dos CEOs exigirão uma cultura de resiliência organizacional para sobreviver às ameaças digitais, que ocorrem em meio a outros desafios, como eventos climáticos severos, distúrbios civis e instabilidades políticas.

Entre os casos que ganharam maior repercussão em 2022 no Brasil estão os ataques sofridos pela Record TV, que teve seu acervo de conteúdo sequestrado; ou pelo Banco de Brasília, no qual hackers exigiram bitcoins de resgate para que dados não fosses vazados; e pela Golden Cross, empresa do setor de saúde suplementar no Brasil.

Dessa maneira, a consolidação de plataformas de segurança digital ajudará as organizações a prosperarem em ambientes hostis e vulneráveis em 2023. “É bastante claro, portanto, que as empresas precisam investir em tecnologia para mitigar os riscos de terem a sua vulnerabilidade alcançada por partes interessadas, sendo elas internas e/ou externas”, analisa Fabrício Carneiro, Director of Business Unit, da NTT DATA Business Solutions, uma das maiores fornecedoras de soluções tecnológicas do mundo.

“A gente sabe que os casos que ganham maior repercussão geralmente são de ataques externos. Mas é muito importante que todas as organizações tenham capacidade de fazer um monitoramento de acessos externos e, ao mesmo tempo, tenham controle da integridade dos sistemas que usam internamente”, alerta. Segundo Carneiro, os CEOs buscam sistemas imunes, e isso exige que as organizações apliquem protocolos de segurança que observam as vulnerabilidades e sugerem correções para tais ameaças.

Como afastar riscos cibernéticos?

Aumentar a resistência às investidas de hackers é um dos caminhos a ser tomado. Atenta aos riscos, a NTT DATA Business Solutions trouxe ao Brasil uma nova solução: o software alemão SecurityBridge que se integra ao sistema SAP e garante sua segurança. Ele é capaz de evitar, por exemplo, que sistemas inteiros fiquem fora do ar.

A plataforma, que leva o nome da empresa originária SecurityBridge, é instalada por meio de um add-on certificado no próprio SAP. A configuração é simples e rápida e passa a monitorar e proteger todo o sistema. A interface é transparente, direta e mostra de maneira facilitada todas as informações relevantes de segurança cibernética da empresa.

Além disso, os alertas de segurança são enviados em tempo real, permitindo uma resposta imediata da equipe de segurança do cliente. Essa função de automação reduz, também, o trabalho manual do departamento SAP do cliente e permite maior confiabilidade e precisão operacional.

“Quem investe em uma tecnologia SAP já investe em um ambiente que tem várias boas práticas de segurança. Mas isso não basta, pois temos as vulnerabilidades que ficam expostas pelo uso do sistema ou ainda pela configuração em cada um dos nossos clientes”, explica. Carneiro destaca que cuidar dos ambientes em meio às ameaças é um constante desafio e, nesse contexto, o SecurityBridge atua como forte aliado.

Outras recomendações podem auxiliar as corporações a mitigar os riscos. Segundo Carneiro, as configurações dos sistemas usados devem ser sempre atualizadas conforme as orientações do fornecedor, e os testes de atualizações das ferramentas devem ser feitos de maneira frequente. Além disso, é necessário ficar alerta quando se executam customizações em sistemas, pois elas aumentam a exposição ao risco. “Agindo dessa forma, é possível tratar incidentes de maneira proativa sem esperar catástrofes geradas pelos ataques”, finaliza.

Fonte: DCiber

Caças suecos Gripen passam a incorporar a frota da FAB

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Foto: Saab/Divulgação

A Força Aérea Brasileira (FAB) incorporou, em uma cerimônia na Base Aérea de Anápolis (GO), a 50 km de Goiânia, os primeiros caças F-39 Gripen. Durante a cerimônia, dois caças F-39 Gripen realizaram um voo de demonstração, sendo pilotados pelo tenente-coronel Gustavo Pascotto, comandante do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), e pelo tenente-coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas. Na década de 1970, o 1º GDA, iniciou suas atividades com os Mirage III, de fabricação francesa, já aposentados.

A incorporação ocorre oito anos após a assinatura do contrato com a Força Aérea Brasileira (FAB). A principal missão para os caças brasileiros será de interceptadores aéreos. Segundo a FAB, as demais capacidades, como ataque ao solo, guerra eletrônica, entre outras, serão adicionadas em fases. Essa é a primeira leva de um total de 36 aeronaves que têm 4,5 metros de altura, 14 metros de comprimento e podem chegar a 2.400 km/h. 

O contrato de exportação da Suécia, de cerca R$ 20 bilhões, foi o maior com Suécia e também prevê a transferência de tecnologia para o Brasil. A FAB enviou diversos militares, entre pilotos, técnicos e engenheiros, para a Suécia, onde foi iniciado a fase de instrução em diversos aspectos do caça, indo da pilotagem ao conhecimento de projeto e produção.

Antes de entrarem em operação, também houve uma série de ensaios e validações realizadas pelo Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. “O início das atividades operacionais do Gripen pela Força Aérea Brasileira é um dia extremamente importante, não só porque marca o início de uma nova era operacional para a FAB, mas também porque é o resultado de anos de muito trabalho em conjunto com a Força Aérea e com nossos parceiros industriais brasileiros Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech e nossas próprias subsidiárias no Brasil” disse Micael Johansson, o presidente e CEO da fabricante sueca dos caças, a Saab.

O certificado militar, que permite iniciar as primeiras etapas de voo operacional, foi recebido pela Saab em novembro. O documento atesta que o Gripen E cumpriu todos os requisitos de aeronavegabilidade e segurança de voo estabelecidos pelas autoridades militares suecas e brasileiras.

“O Brasil tem agora um dos caças mais avançados do mundo. Além disso, o Programa Gripen traz consigo o mais extenso programa de transferência de tecnologia em andamento no Brasil e é, definitivamente, o maior já feito por qualquer empresa sueca. Ele traz para a indústria de defesa brasileira o conhecimento para desenvolver, produzir, testar e manter um avançado caça supersônico”, acrescentou Johansson.

Edição: Fábio Massalli – Agência Brasil

Base de Alcântara faz primeiro lançamento comercial

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ficou para esta terça-feira (20) o primeiro lançamento de foguete por uma empresa privada no Brasil. A operação estava prevista para hoje (19) no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, mas foi adiada por causa da previsão de chuva e ventos fortes.

A empresa sul-coreana Innospace lançará, a partir da base brasileira, o foguete Hanbit-TLV. Além de testar o funcionamento do equipamento, a missão leva ao espaço o Sistema de Navegação Inercial (Sisnav), desenvolvido por militares brasileiros com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.

A Finep apoiou o desenvolvimento do Sisnav com recursos de quase R$ 40 milhões, destinados à Força Aérea Brasileira (FAB), em projetos executados entre os anos de 2005 e 2016.

De acordo com a pasta, o Sisnav é um experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço, da Força Aérea Brasileira (FAB), dentro do projeto Sistema de Navegação e Controle (Sisnac). A tecnologia fará parte do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM).

“Com o lançamento, serão obtidos dados de voo que avaliam como o sistema se comportou em condições específicas de temperatura e pressão. Não haverá operação de resgate, pois os dados de voo serão coletados por telemetria. A carga útil pesa 20 quilos”, explicou o ministério, em comunicado. Será a primeira oportunidade de avaliar o comportamento da tecnologia em ambiente real de voo.

Todas as peças e equipamentos do foguete foram trazidos da Coreia do Sul e chegaram à cidade de Alcântara, no início de dezembro, cerca de 8 toneladas de componentes. “O sucesso da operação de lançamento vai demonstrar a capacidade nacional para lançamentos espaciais, gerar ganho de experiência para as equipes e inserção do país no mercado internacional”, destacou o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.

Acordo de Salvaguardas Tecnológicas

O uso do Centro de Lançamento de Alcântara por empresas privadas e a retomada do Programa Espacial Brasileiro foi possível após a aprovação, pelo Congresso Nacional, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos. A medida entrou em vigor em dezembro de 2019.

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

Políticas ruins podem abortar crescimento econômico

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Políticas de má qualidade podem abortar a chance de o Brasil crescer no médio e no longo prazo, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro rebateu o discurso de que o atual governo deixará uma “herança maldita”, e disse que o Brasil é “reconhecido internacionalmente” pela dimensão econômica.

Em evento de premiação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Guedes disse que a taxa Selic (juros básicos da economia) começará a cair em meados do próximo ano. Ele voltou a apostar que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 3% em 2023, estimativa mais otimista que a do mercado financeiro.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central (BC), os analistas de mercado preveem aumento de apenas 0,75% no PIB em 2023 e inflação oficial pelo IPCA de 5,08%.

Essa foi uma das últimas agendas oficiais de Guedes como ministro da Economia. Na próxima semana, ele entrará de férias e não deverá mais retornar ao cargo antes de 31 de dezembro.

Na avaliação do ministro, uma possível desaceleração da economia brasileira em 2023 está mais relacionada aos ciclos econômicos do que às políticas públicas executadas neste ano. Guedes voltou a citar que a economia brasileira fez, em 2022, uma recuperação em “V” (forte queda seguida de forte alta).

Guedes afirmou que, no próximo ano, ocorrerá um arrefecimento natural após esse tipo de retomada em “V”, rechaçando que essa desaceleração seja uma “herança maldita”. Também disse que os modelos técnicos costumam errar em momentos de mudança de regime.

“O Brasil vai crescer zero, vai ter recessão. Brasil cresce 5% e volta em ‘V’. Ah, agora é o ano seguinte. Vira a rolagem da desgraça. Agora o ano seguinte é dele. Aí diz que é herança maldita. Além de ser erro intelectual, fake news, e uma desculpa desonesta para o que estão encontrando, é uma burrice colossal”, comentou o ministro.

Alternância de poderes

O ministro negou que o país esteja quebrado e disse considerar “saudável” a alternância de poder. Ele, no entanto, criticou o que chamou de uso da máquina pública para manter-se no comando. “Mexer em regra para se perpetuar não é civilizatório”, disse Guedes, sem entrar em detalhes.

Guedes também criticou a tentativa de mudar a Lei das Estatais, reduzindo a quarentena para participantes de campanhas eleitorais e filiados a partidos políticos. Segundo ele, a “extrema-esquerda” e a “extrema-direita” são parecidas em relação ao “dirigismo econômico”. “Ambos gostam de mexer em empresas estatais”, criticou. Em relação ao governo atual, negou que as reduções de impostos neste ano tenham tido objetivo eleitoral. “Baixamos impostos porque controlamos gastos. Não é para reeleição”, comentou.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também participou do evento. Ele fez uma homenagem a seu avô, um dos fundadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Também presente ao evento, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que as reformas pró-mercado do governo atual assegurarão o crescimento para os mais pobres no futuro.

Edição: Aline Leal – Agência Brasil

Inflação desacelera em novembro em todas as faixas de renda

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a inflação de novembro ficou abaixo da registrada em outubro para todas as faixas de renda. Os dados  mostram que as maiores pressões inflacionárias foram provocadas por três grupos: alimentos e bebidas, transportes e habitação.

O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda é divulgado mensalmente. O levantamento considera seis categorias de renda domiciliar: muito baixa (menor que R$ 1.726,01), baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02), média-baixa (entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04), média (entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07), média-alta (entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14) e alta (maior que R$ 17.260,14).

Em novembro, as menores variações foram registradas para as famílias de renda alta (0,27%) e de renda muito baixa (0,33%). Em outubro, nas mesmas faixas, a inflação havia sido respectivamente de 1,14% e 0,51%.

Já as maiores variações foram observadas nas classes de renda média-alta (0,49%) e de renda média (0,46%). No entanto, mesmo nessas faixas, a inflação foi maior no mês de outubro, registrando respectivamente 0,64% e 0,61%.

No acumulado do ano, a menor variação é de 4,87% para as famílias de renda média-baixa. Já a maior, de 6,27%, foi observada para as famílias de renda alta. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado como índice oficial da inflação no país, registra uma variação de 5,13% desde o início do ano.

Alimentos e bebidas

No mês de novembro, os alimentos e bebidas pressionaram a inflação para todas as seis categorias. Além disso, com o reajuste dos aluguéis e das tarifas de energia elétrica, a habitação teve significativa influência na variação para as famílias de renda muito baixa. Para as quatro faixas de renda intermediárias, houve impacto do custo do transporte, que está associado à alta dos combustíveis. Já as famílias de renda mais alta foram pressionados pelos preços relacionados à saúde, envolvendo sobretudo aumentos nas mensalidades dos planos.

O levantamento também mostra que, entre os alimentos e bebidas, as altas mais relevantes foram registradas entre tubérculos (10,1%), cereais (0,97%), frutas (2,9%), farináceos (1,1%) e panificados (0,73%). De outro lado, houve queda nos preços dos leites e derivados (-3,3%) e das aves e ovos (-0,51%).

Edição: Maria Claudia – Agência Brasil