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150 cidades de MG já flexibilizaram distanciamento social

Até hoje (7), 150 cidades de Minas Gerais já flexibilizaram as medidas de distanciamento social adotadas para combater a pandemia do novo coronavírus. As mudanças ocorreram após o governo federal anunciar nesta segunda-feira (6) novas orientações, que preveem a possibilidade de municípios e estados com sistemas de saúde com baixa ocupação deixarem as restrições menos rígidas.

A informação foi dada pelo governador do estado, Romeu Zema, em debate virtual sobre o enfrentamento à pandemia em Minas. Segundo ele, o governo local prepara uma nova normativa para orientar os prefeitos a decidir se manterão o distanciamento social mais restritivo ou se flexibilizarão e permitirão a abertura de mais atividades econômicas.

“Vamos criar critério para dar conforto maior aos prefeitos. Muitos fizeram indevidamente e muitos não fizeram por receio. Vamos considerar número de casos e número de leitos para que o prefeito tenha melhor decisão. Mas a medida vai ficar a cargo dele, nosso governo vai dar as diretrizes”, disse Zema.

Ele lembrou que o estado possui uma densidade menor, com 80% da população espalhada na grande maioria dos 853 municípios que ficam no interior. Assim, a dinâmica de expansão se dá de forma mais lenta do que em estados onde há maior concentração nas regiões metropolitanas.

Ontem, em atualização da situação da pandemia no estado, o secretário de saúde, Carlos Eduardo Amaral, reforçou a importância das medida de distanciamento social, como só sair de casa caso necessário, evitar aglomerações e manter-se longe pelo menos 2 metros de outras pessoas, além do uso de máscaras caseiras.

O governo publicou edital para a contratação de oferta de serviços de saúde. Entre as demandas está a disponibilização de dois mil leitos adultos e pediátricos por três meses, o que deve custar R$ 54 milhões.

Impactos econômicos

No debate virtual realizado hoje, Romeu Zema afirmou que a estimativa trabalhada pelo governo é de uma queda de 4% do Produto Interno Bruto do estado, o equivalente a R$ 7,5 bilhões em receitas.

Ele argumentou que para Minas Gerais e outros estados do Sul e Sudeste, as medidas anunciadas pelo governo federal, como garantia do repasse do Fundo de Participação dos Estados e adiamento de pagamento de dívidas, não funcionam, pois a maior parte da arrecadação vem do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Assim, o pleito desses estados vem sendo o de um apoio no sentido de compensar esses recursos que não entrarão nos caixas das administrações estaduais.

AB

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